Editorial
Por Tae
Edição Nº 28 - dezembro de 2015/janeiro de 2016 - Ano 5
Nesta última edição do ano, 2015 vai chegando ao fim em meio a dificuldades sociais, políticas e econômicas, mas acima de tudo um ano que ficará marcado por importantes alertas para que nos preparemos melhor e tenhamos atenção redobrada com as causas ambi
O valor do meio ambiente
Nesta última edição do ano, 2015 vai chegando ao fim em meio a dificuldades sociais, políticas e econômicas, mas acima de tudo um ano que ficará marcado por importantes alertas para que nos preparemos melhor e tenhamos atenção redobrada com as causas ambientais. A preocupante estiagem em diversos Estados e a recente tragédia do rompimento da barragem de Fundão, administrada pela mineradora Samarco – empresa de propriedade da Vale e a anglo-australiana BHP, nos mostram que temos muito ainda a aprender e que não devemos sobrepujar a natureza. Esses dois fatores somados afetaram a vida de milhares de pessoas, com danos e prejuízos ambientais incalculáveis. Especialmente no caso da barragem, alguns talvez até irreversíveis, uma vez que os especialistas divergem se o Rio Doce e as áreas afetadas serão passíveis de recuperação.
A única coisa que se sabe até o momento é que se for possível, certamente será um processo que levará mais de uma década.
Os governos de Minas Gerais, Espírito Santo e o governo federal estão se articulando para discutir medidas conjuntas e a forma de responsabilizar a Samarco pelos prejuízos. Fala-se em somas que ultrapassam R$ 1 bilhão e a cada dia novas estimativas de danos e sanções são anunciadas abarcando as esferas administrativa (multa), civil (indenizações) e penal (crimes). O principal objetivo é ressarcir as famílias atingidas e buscar recuperar o meio ambiente no que for possível, nesse que vai se configurando como um dos maiores desastres ambientais da história do país.
Mas para aqueles que perderam entes queridos, as pessoas que vivenciaram a tragédia e terão suas vidas marcadas pelos difíceis momentos que enfrentaram, os moradores que moravam no entorno e eram abastecidos pelas águas do Rio Doce – que também já era vítima da estiagem – será que haverá um ressarcimento justo, pois é sabido que nenhum dinheiro compensará de fato a perda de vidas e a devastação da fauna e flora na região. Independente do montante, o que aprendemos com isso é que se deve dar ao meio ambiente o seu devido valor e tomar ações preventivas necessárias para evitar novos desastres, que só mostram o quanto somos pequenos e dependentes do perfeito equilíbrio da natureza.
Registramos aqui aos nossos leitores, colaboradores, anunciantes, familiares e amigos, os votos de boas festas, saúde, paz e que tenhamos um 2016 próspero em realizações. Até o próximo ano e boa leitura!
Rogéria Sene Cortez Moura
Editora