Editorial
Por Tae
Edição Nº 30 - abril/maio de 2016 - Ano 5
O Instituto Trata Brasil divulgou em março, o “Ranking do Saneamento nas 100 Maiores Cidades”, estudo que é realizado desde 2009 e tem por base os dados oficiais do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS)
Indicadores alarmantes
O Instituto Trata Brasil divulgou em março, o "Ranking do Saneamento nas 100 Maiores Cidades", estudo que é realizado desde 2009 e tem por base os dados oficiais do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS), com números informados pelas próprias empresas operadoras de água e esgotos dos municípios brasileiros ao Governo Federal.
Segundo o instituto, os indicadores de saneamento básico no Brasil continuam alarmantes, considerando ainda que a falta de saneamento está ligada à doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti, sendo também abordada pela Campanha da Fraternidade Ecumênica.
O estudo mostra que o tratamento de esgotos com relação ao volume de água consumida é o pior indicador, e apenas 19 municípios tratam mais de 80% de seus esgotos; 52% entre 20,1 e 79,9%; e 29 cidades tratam menos de 20%, sendo apontado como o principal problema a ser superado.
A perda média de água entre as 100 cidades – razão entre o que é produzido e efetivamente consumido – foi de 38,4%, acima dos 36,7% da média nacional registrada em 2014. Esse fator também gerou perda de arrecadação em média de 41,9% pela água que não é faturada. Em investimentos, as cidades investiram na média 23% da arrecadação geral em saneamento básico, um número considerado baixo frente aos desafios atuais.
Os dados do estudo realmente causam preocupação, considerando que o ranking abordou apenas os 100 maiores municípios num país que ainda tem mais de 35 milhões de brasileiros sem acesso aos serviços de água tratada, metade da população sem coleta de esgotos e apenas 40% dos esgotos são tratados.
Nas matérias dessa edição, trazemos a utilização de tubos de polietileno em sistemas de abastecimento de água e estudo de casos no Brasil; controle de idade do lodo; telemetria em sistemas de ETA e ETE; UV aplicada em tratamento de efluentes; captação da água da chuva como suporte ao abastecimento de água; e sistemas de drenagem.
Boa leitura e até a próxima edição.