Editorial
Por Tae
Edição Nº 32 - agosto/setembro de 2016 - Ano 6
A CNI - Confederação Nacional da Indústria, publicou em julho o estudo “O Financiamento do Investimento em Infraestrutura no Brasil”, que retrata as dificuldades e a necessidade de avanços em saneamento no Brasil
O saneamento na visão da CNI
A CNI - Confederação Nacional da Indústria, publicou em julho o estudo "O Financiamento do Investimento em Infraestrutura no Brasil", que retrata as dificuldades e a necessidade de avanços em saneamento no Brasil.
Segundo a CNI, saneamento foi o setor com o menor índice de investimentos em 2014 – R$ 11 bilhões, bem distante de transportes (R$ 52,3 bilhões), energia elétrica (R$ 37,4 bilhões) e telecomunicações (R$ 29,4 bilhões). No período de 2001 a 2014, os investimentos corresponderam a 0,19% do PIB, atrás de transportes (0,78%), energia elétrica (0,68%) e telecomunicações (0,56%), denotando uma tendência histórica de prioridades.
Entre os principais entraves estão gestão inadequada, desvios, burocracia, políticas públicas de financiamento e investimento, falta de projetos estruturados, instabilidade política e regulatória.
O estudo diz ainda que "as empresas estaduais (com a possível exceção da Sabesp e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), além da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e mais recentemente Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro – Cedae) terão dificuldades crescentes de responder ao aumento da cobertura e da qualidade dos serviços nos próximos anos. O maior envolvimento do setor privado, diretamente por meio de (sub)concessões ou parcerias público-privadas (PPPs), será um imperativo".
Entre as conclusões, aponta que "de maneira geral, o Brasil necessita não apenas investir mais, como também melhorar a eficiência com que os investimentos são realizados" e que "os programas de investimentos em infraestrutura demandarão soluções de natureza perene, inclusive e particularmente, no plano da mobilização de recursos".
Nas matérias dessa edição, abordamos a realização da 27ª edição da Fenasan, evento que acontece em agosto e movimenta o mercado de saneamento; efluente industrial versus efluente doméstico; bombas de alta capacidade que garantem abastecimento e tratamento de água e esgoto; cuidados em leitos de secagem requerem conhecimento do lodo gerado; odores no tratamento de efluentes; e muito mais.
Boa leitura e até a próxima edição.