Ete Goiânia Eleva Nível De Eficiência Do Tratamento De Esgoto Sanitário
Por Tae
Edição Nº 48 - abril/maio de 2019 - Ano 8
Passados mais de 14 anos da inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto Dr. Hélio Seixo de Britto (ETE Goiânia), houve um incremento significativo de vazão e mudanças nas características qualitativas do esgoto bruto que chega à unidade
Passados mais de 14 anos da inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto Dr. Hélio Seixo de Britto (ETE Goiânia), houve um incremento significativo de vazão e mudanças nas características qualitativas do esgoto bruto que chega à unidade. Com isso, dificultou-se ao longo do tempo a operação dos processos de coagulação e floculação, interferindo na obtenção dos resultados de eficiência de remoção de matéria orgânica (DBO) e sólidos suspensos totais (SST) previstos em projeto.
Para atingir melhorias e estabilidade operacional, foram necessárias algumas mudanças na forma de operar a ETE, o que ocorreu por meio de um estudo realizado pelos técnicos Fernanda Pimenta Freitas e Solimar Francisco Gonçalves, da P-SEG, com suporte técnico e orientação do biólogo Carlos Roberto dos Santos, da P-GAQ (Sutom). Com o propósito de otimizar o processo de tratamento e conseguir excelência nos resultados de eficiência dentro das metas propostas para a atual fase de tratamento da ETE, o trabalho contou com o apoio da P-SEG, P-GTE e SUMEG, e conseguiu engajar toda a equipe da ETE Goiânia (operadores de sistemas, técnicas industriais, agentes de sistemas e administrativos).
O estudo teve início com ensaios de jarros em laboratório para simular, em menor escala, os gradientes de velocidade da ETE. Foram considerados, além da vazão – como era feito na operação da ETE até então – também os sólidos suspensos de entrada do esgoto bruto, para variação da dosagem dos coagulantes. Avaliou-se a eficiência das dosagens testadas nos ensaios dos jarros por meio das análises de turbidez, sólidos suspensos totais e demanda bioquímica de oxigênio – DBO. Os resultados dos ensaios dos jarros, com remoção de sólidos suspensos totais entre 75 e 95%, foram reunidos em uma planilha e submetidos a análise de regressão.
A partir das equações de regressão, foi proposta uma nova tabela de dosagem para orientar o operador na dosagem correta de coagulante, em função dos dados de sólidos suspensos totais e da vazão de entrada do esgoto. Essa tabela orientadora de dosagem foi implementada na fase quimicamente assistida do tratamento da ETE Goiânia, com a realização de um mini-curso aos operadores da ETE para conhecimento e detalhamento do trabalho, buscando padronizar as ações de dosagem e o engajamento entre todos os membros da equipe.
Foram realizados, ainda, testes em planta a fim de verificar as questões práticas operacionais e a eficiência de remoção de DBO e SST. Os resultados alcançados foram além da meta estabelecida em projeto para remoção de 50% de DBO e 80% de SST com as dosagens da tabela elaborada, apresentando funcionalidade e melhorias práticas no processo do tratamento primário. Devido aos resultados favoráveis, a nova tabela de dosagem foi mantida na estação, com revisões sistemáticas, tornando-se a nova forma de trabalho operacional na ETE Goiânia.
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