O Ferro e Manganês podem ser encontrados tanto em águas superficiais (rios, lagos, nascentes) quanto em águas subterrâneas (poços). Geralmente, deixam a água um sabor amargo e coloração amarelada e turva. Por isso, há um limite para esses elementos na água, garantindo que seja apropriada para uso. Uma das ações para remover esses itens é por meio da utilização de Zeólitas.
As Zeólitas são meios filtrantes que podem ser usados para retirada de metais pesados da água. É um produto natural composto por minerais de aluminossilicato hidratados para remoção de contaminantes e impurezas, é uma das ferramentas mais indicada para tratamento de água e efluentes. De acordo com Léa Arruda, representante da S Natural, existem vários tipos de Zeólitas, de acordo com cada necessidade, que se dividem em dois grupos: naturais e sintéticas. 
O primeiro tipo é extraído de minas e formado da erupção de vulcões que originam rochas metamórficas. O magma se solidifica e forma rochas que se desgastam sob ação do tempo em partículas gerando diferentes tipos de Zeólitas. São mais de 80 tipos de Zeólitas naturais: Clinoptilolita, Modernita, Escolecita, Analcima, entre outras. 
Já as Zeólitas sintéticas são fabricadas a partir de compostos químicos com pressão, temperatura e tempo de produção controlados, possuindo cavidades internas mais uniformes que as naturais e maior eficiência para algumas aplicações. Trata-se de Manganês de elevada pureza associado a outros materiais que agregam valor de catálise nos tratamentos de água. Nesse caso, existem mais de 150 tipos.
"A zeólita é um mineral aplicado em várias áreas, tais como tratamento de água e efluentes, purificadores de água, nutrição e produção animal, agricultura, medicinal e industrial. Para uma aplicação mais específica aplica-se um beneficiamento no mineral (físico, químico e/u térmico) ativando determinada propriedade/capacidade da zeólita" – completa Rafael Di Serio, gestor técnico da Celta Brasil.
Ele explica ainda, que no Brasil a zeólita é mais utilizada em tratamento de água e efluentes, seguido da nutrição e depois produção animal. No tratamento de água ela é utilizada para remoção de Turbidez e SDI, Ferro e Manganês, Nitrogênio Amoniacal, Metais Pesados como Cobre, Chumbo, Níquel, Cádmio, Zinco, Cromo, Estanho, Cobalto, Mercúrio e Prata. "Posso definir como principais vantagens de utilizar zeólita para fabricação de produtos para tratamento de água e efluentes a grande área superficial, a capacidade de troca catiônica e a baixa densidade"- completa.

O processo
Por ter grande volume de poros e age como uma "esponja" ou peneira molecular capaz de realizar trocas catiônicas e dispensa o uso de qualquer produto químico na sua ação, a zeólita é muito importante no tratamento de água para consumo humano e de processos industriais. Além disso, o processo de retrolavagem não gera rejeito nocivo ao meio ambiente.
Devido à sua alta seletividade iônica, baixa densidade, alta porosidade e grande área superficial, a Celta utiliza a Zeólita Clinoptilolita para potencializar a remoção de Ferro e Manganês. Durante o processo é adicionado uma camada de óxido de Manganês (MnOx) na superfície de cada grão, sendo esta a responsável por adsorver os íons de Ferro (Fe2+) e Manganês (Mn2+) .
Para esse tipo de processo a empresa oferece ao mercado o Watercel ZF, utilizado em vasos de pressão ou filtros abertos. "O Watercel ZF da Celta diferentemente da zeólita natural remove Ferro e Manganês por adsorção e por filtração, retendo o Ferro e Manganês oxidados na água, mas vale ressaltar que o produto sempre deve ser aplicado juntamente com um oxidante, que normalmente é utilizado o Cloro" – ressalta Di Serio.
Ele explica ainda que é vantajoso trabalhar com um filtro com Watercel ZF ao invés do tratamento convencional, pois o tempo e espaço é otimizado. "Em um tratamento convencional deve-se haver um tanque para contato e decantação do Ferro e Manganês para, posteriormente, passar lentamente (baixa taxa de filtração) por um filtro granular. Pode ser utilizado na remoção de Ferro e Manganês de águas subterrâneas, de água de reúso oriunda de esgoto urbano, como pré-tratamento de osmose reversa, tratamento de água para caldeiras e torres de resfriamento" – completa.
Trata-se de um sistema compacto, um diferencial em relação aos métodos convencionais de tratamento de Ferro e Manganês, como oxidação, decantação e filtração lenta. Trabalhando com um filtro bem dimensionado de Watercel ZF pode-se apenas clorar a água (próximo ao filtro) e passar a água pelo filtro com taxas relativamente mais elevadas.
A água ficará dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Saúde. O produto remove até 6,0 mg/L de Ferro e 2,0 mg/L de Manganês. No portfólio da linha de tratamento de água da Celta existe também a mídia granular Watercel SFM, a qual remove Ferro, Manganês e Arsênio, utilizando outra matéria prima como base, ao invés de zeólita.
Léa explica que de uma maneira geral, um dos pontos mais importantes nesse processo é a real eficiência da zeólita. "Quando respeitado os requisitos de aplicação do produto ele chega 100% de oxidação e/ou adsorção do Ferro e Manganês. Além disso, oferece baixo custo de implantação, não é necessária a utilização de regenerante, tempo de vida útil relativamente longo, de cinco anos" – destaca.

Contato das empresas
Celta Brasil: www.celtabrasil.com.br
S Natural: www.snatural.com.br