A tecnologia trouxe avanços incríveis em todos os segmentos, no setor de saneamento, mesmo engatinhando, já vem incorporando um novo perfil mais moderno no qual é possível com válvulas e atuadores corretos fazer controles mais precisos e evitar perdas de água, por exemplo. "Hoje uma companhia de saneamento tem a condição de fazer o monitoramento das redes de distribuições para enxergar problemas de perdas constantes de águas e, assim, com o uso de válvulas e atuadores corretamente selecionados, fazer controles precisos de pressões, vazões e níveis para evitar essas perdas" – destaca Daniel Zuliani, diretor comercial da Glass Bombas e Válvulas.
E as empresas fornecedoras de equipamentos e desses dispositivos contribuem muito para aumentar a automação e inovação tecnológica no setor de saneamento e tratamento de água e efluentes. O objetivo é fazer o setor avançar mesmo pela variedade e quantidade de opções tecnológicas atualmente existentes. O cliente hoje tem um leque de produtos disponíveis para fazer a seleção correta do que precisa para sua aplicação, neste caso, as válvulas e atuadores também.

Acessórios imprescindíveis
Uma válvula é um dispositivo que controla o fluxo de líquidos, gases e materiais em suspensões. Para atender à diversificada demanda de aplicações, é interessante entender que existe um número muito grande de diferentes configurações para as válvulas, que vão estar de acordo como serão utilizadas. Além disso, há uma variedade enorme de tamanhos, desde minúsculas peças até peças para usinas hidrelétricas.
São acessórios de fundamental importância e indispensáveis nas tubulações. "Merecem indicação, especificação e localização criteriosas por parte do projetista. Algumas garantem a segurança da instalação, outras propiciam manobras de direcionamento e controle do fluxo e outras permitem desmontagens para reparos ou substituição de elementos da instalação" – explica Zuliani. 
Atuadores de válvulas fazem uma operação automatizada de válvulas ao longo de um sistema de tubos, facilitando e agilizando o trabalho dos profissionais. "A utilização de válvulas de acionamento permite que os técnicos controlem um sistema de processo inteiro remotamente, limitando a exigência de interação humana direta" – afirma Zuliani. Também existem diferentes tipos de atuadores conforme mecanismos de funcionamento com a forma de atuador de válvula pneumático, elétrico ou hidráulico.

As válvulas atuadas são inovadoras. "Elas podem ser acionadas por vários sistemas até mesmo de um celular. As válvulas com atuadores operam a distância e são usadas para bloquear, conduzir ou controlar um fluido, podendo ser instaladas em todo o processo de tratamento, desde a captação até a distribuição" – ressalta Roberto Ramos, gerente comercial da Unival Válvulas e Conexões.
Os atuadores atendem a todas as aplicações onde se queira ter um controle a distância. "Seguindo o processo de manutenção correto e mantendo o ar de alimentação dos atuadores tratados, os equipamentos podem durar por vários ciclos" – indica Ramos.

Atuação em diversas etapas
Dentro de uma estação de tratamento de água, as válvulas estão sempre presentes com uma atuação constante nas diversas etapas. "Elas trabalham desde a captação de água de um rio, passando pelas elevatórias de água bruta, na dosagem do tratamento químico preliminar, na entrada dos floculadores e decantadores, nos filtros, até chegar ao reservatório de água tratada que será enviada à população pela rede de distribuição" – elenca Zuliani.
Dentro desses processos, como existem vários tipos de válvulas, cada uma atende uma aplicação diferente, entre elas, Zuliani cita:
Válvulas Borboletas – Para líquidos sem sólidos em suspensão.
Válvulas Esferas Excêntricas – Para líquidos com sólidos em suspensão.
Válvulas de Retenção.
Válvulas de Controle de Fluxo Anular – Para controle preciso de pressão, nível e vazão, tanto a montante da válvula quanto a jusante, o que evita perdas de água ao longo da rede de distribuição.
Válvulas Reguladoras de Pressão – Para aliviar a pressão de uma linha de abastecimento e evitar perdas excessivas de água.
Registros Gavetas – Para trabalhar com água sem sólidos em suspensão.
Quanto aos atuadores elétricos, com o avanço tecnológico, existem vários tipos de controle, Zuliani cita como exemplos:
Atuadores Standard – Compostos pelo conjunto mecânico, motor e sensores.
Atuadores Integrais – Com interface de comando local configurável eletronicamente sem a abertura do invólucro, são controlados por um computador.
Atuadores Modulantes – Versões integrais, para controle proporcional através de sinais analógicos (4 – 20 mA). Projetados para motorização de válvulas e dampers de controle e modulação de fluxo.
Atuadores Inteligentes – Incluem todos os recursos dos modelos integrais. Além disso, dispõem de unidade de processamento local, sensores eletrônicos e sistemas de autodiagnose. Podem ser conectados diretamente às redes de comunicação para controle remoto.
Com diversos sistemas de protocolos de comunicação, veja abaixo, todos eles, conforme Zuliani, controlados por fibra ótica, rádio, frequência, celulares, cabo coaxial etc.
• Profibus DP/ DVP1
• Modbus RTU
• Ethernet

Seleção correta
Podem ocorrer diversos problemas nas válvulas e atuadores em estações de tratamentos. Segundo Zuliani, na maioria das vezes, estes problemas acontecem pela má seleção/aplicação das válvulas. Ele aponta a seguir alguns deles:
• Incrustações na região de vedação;
• Entupimento da válvula;
• Travamento da válvula onde o operador e o atuador elétrico não conseguem realizar o movimento de abertura e fechamento;
• Desgastes das vedações, exigindo manutenções sequenciais;
• Vazamentos;
• Trinca dos eixos;
• Quebra dos obturadores;
• Dimensionamento incorreto dos atuadores elétricos.
Todos esses problemas poderiam ser evitados com a correta seleção do equipamento instalado nas linhas de tubulações. Por isso, é preciso fazer uma análise do dispositivo correto a ser usado em uma aplicação para evitar estes danos. "Caminhando em estações de tratamento, vemos muitas válvulas projetadas para uso em água limpa utilizadas em líquidos com sólidos em suspensão, como esgoto, água bruta etc. Quando, na verdade, o correto seria a seleção de válvulas específicas para isso, como, por exemplo, as válvulas esferas excêntricas para líquidos com sólidos em suspensão, que proporcionam uma passagem plena sem perda de carga e estanqueidade total" – adverte Zuliani.

Fazer a seleção dos materiais de construção das válvulas e atuadores elétricos também é outra análise de vital importância. "Determinados materiais não conseguem aguentar por muito tempo as ações das intempéries do dia a dia, causando desgastes dos componentes, corrosão e problemas com abrasão, dependendo do líquido bombeado" – aponta Zuliani.
As questões que levam a causar todos esses problemas, segundo Zuliani, são a falta de verba e a necessidade de otimização de custos. "Como as empresas de saneamento, devido à falta de verba, buscam sempre a otimização de custos, acabam procurando por opções mais baratas de válvulas e materiais, mesmo sabendo que, ao longo do tempo, isso ocasionará problemas de manutenção da linha, parada de abastecimento, entre outros" – alerta o diretor comercial da Glass.

Contato das empresas
aQuamec: www.aquamecbrasil.com.br
Glass Bombas e Válvulas: www.glassbombas.com.br
Unival Válvulas e Conexões: www.unival.com.br