Softwares Revolucionam Forma De Gerenciar Estações De Tratamento
Por Cristiane Rubim
Edição Nº 43 - junho/julho de 2018 - Ano 8
Os softwares de gerenciamento de estações de tratamento de água e efluentes vêm fazer uma revolução na forma de administrar o tratamento. Pela tela, o operador acompanha toda a planta em uma miniatura da estação, de onde faz o diagnóstico
Os softwares de gerenciamento de estações de tratamento de água e efluentes vêm fazer uma revolução na forma de administrar o tratamento. Pela tela, o operador acompanha toda a planta em uma miniatura da estação, de onde faz o diagnóstico e pode tomar decisões e ações para agir com rapidez e segurança porque os dados fornecidos estão em tempo real. São diversas informações disponíveis sobre o andamento do tratamento na tela, permitindo monitorá-lo o tempo todo, o que garante mais segurança e confiabilidade a todo o processo. E as informações ficam disponíveis para quem está no campo também com acesso mobile.
Know-how
A Elipse Software é uma empresa que faz o monitoramento remoto de bombas, boosters, Estações de Tratamento de Água (ETAs) e Efluentes (ETEs) e elevatórias há mais de 20 anos. A Elipse cita, nesta matéria, o exemplo (ver em Case) dos softwares Elipse E3 e Elipse Mobile, que foram aplicados na Águas Guariroba, concessionária responsável pelo abastecimento e tratamento de água e esgoto em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Acesso mobile à central
Os softwares de gerenciamento de estações de tratamento de água e efluentes mudam o modo de administrar a estação de tratamento e impactam nos resultados. Quem está em campo tem acesso mobile às informações da central, podendo atuar com rapidez e precisão nas ocorrências da estação.
É o caso do software Elipse Mobile, que facilita o acesso às informações que antes só estavam nos centros de controle e agora ficam disponíveis para quem está no campo. "Antes a pessoa ia fazer uma manutenção e ligava para o centro para saber os valores das variáveis, hoje ele mesmo tem o acesso e ele mesmo pode verificar o resultado. Tudo fica registrado em um mesmo sistema" – explica Gustavo Salomão, gerente da Elipse-SP.
Resultados
Diversos resultados são alcançados com os novos softwares de gerenciamento. O uso dos softwares de gerenciamento aumenta a produtividade das equipes de campo e facilita a geração de relatórios e a tomada de decisão. "Utilizando o EPM, é possível correlacionar os dados de maneira rápida e simples, podendo detectar um consumo excessivo em algum ponto da rede, que pode ser um vazamento" – afirma Salomão.
Custo-benefício
O custo dos softwares de gerenciamento do tratamento depende muito do tamanho do projeto e da solução escolhida. "Mas o custo-benefício é excelente. A procura por soluções mais avançadas tem crescido, mas o investimento ainda é baixo comparado com o setor elétrico, por exemplo" – compara o gerente da Elipse-SP.
Interconectividade
Outro ponto relacionado ao tema gerenciamento que não pode ser deixado de lado é o avanço da tecnologia de interconectividade também neste setor. "A questão da Internet das Coisas (IoT) e da Internet Industrial das Coisas (IIoT) neste mercado é um realinhamento da nomenclatura e das novas tecnologias de comunicação" – avalia Salomão.
Case: Softwares da Elipse são utilizados nos processos de redução de perdas de água e eficientização energética da Águas Guariroba
A Águas Guariroba, que atua na distribuição de água e tratamento de esgoto em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, utiliza, desde o início da concessão, sistemas de gerenciamento remoto, o Elipse E3. A partir de 2014, passou a usar o Elipse Mobile, solução que acessa os dados do E3 via tablet ou smartphone, ambos softwares da Elipse Software.
O Elipse E3 ajuda as concessionárias a utilizar de forma mais eficiente os recursos naturais. No caso de Campo Grande, através de suas telas e comandos, a tecnologia controla, remotamente, os processos de captação, tratamento e distribuição de água, e também a coleta e tratamento de esgoto da cidade. O Elipse Mobile reforça ainda mais este controle.
Solução
Para exemplificar a mudança antes e depois do E3, o controle era feito por uma equipe de 12 colaboradores por turno. Hoje, em um único Centro de Controle Operacional (CCO), que fica na sede da empresa, em Campo Grande, apenas um colaborador consegue monitorar um total de duas captações superficiais (Guariroba e Lageado), 150 subterrâneas (poços), 104 reservatórios e outras unidades operacionais.
A Águas Guariroba utiliza quatro diferentes sistemas que usam o E3 para automatizar os processos de captação e distribuição de água e esgoto. "Na captação do rio Guariroba, fonte que representa 35% da água distribuída à população de Campo Grande, o software controla o atual status das bombas e monitora a vazão, pressão, corrente, tensão e potência de cada uma delas", informa o assessor de comunicação da Elipse, Augusto Ribeiro Mendes Filho.
Pelo Sistema de Monitoração Integrado da Águas Guariroba (SMIAG), desenvolvido pela própria concessionária através do E3, é possível os operadores monitorarem o tratamento e controlarem a captação e distribuição da água do rio Lageado, as captações subterrâneas, estações elevatórias de água bruta e tratada, frequência das bombas, pressões na rede e outras informações operacionais.
Contato da empresa:
Elipse: www.elipse.com.br