Watercel Ze: Uma Alternativa Para Eta Ou Ete
Por Engº Rafael Moimaz Di Serio
Edição Nº 42 - abril/maio de 2018 - Ano 7
Um fato relativamente comum em várias Estações de Tratamento de Água (ETA) e Esgoto (ETE) é a variação da qualidade de água bruta (ou efluente) ao longo do ano, devido aos período mais e menos chuvosos
Um fato relativamente comum em várias Estações de Tratamento de Água (ETA) e Esgoto (ETE) é a variação da qualidade de água bruta (ou efluente) ao longo do ano, devido aos período mais e menos chuvosos.
Em tratamento de água – tanto para consumo humano quanto para uso industrial – nota-se que os parâmetros oscilam de maneiras diferentes, devido à origem da captação da água bruta.
Quando a água provém de fontes subterrâneas as concentrações de metais e gases dissolvidos tendem a elevar em períodos secos e reduzir em períodos chuvosos (pois a infiltração da água da chuva dilui os elementos), já a turbidez não sofre grandes alterações.
Por outro lado quando a fonte provém de águas superficiais as concentrações de metais e gases dissolvidos também tendem a reduzir em períodos chuvosos e se elevar em períodos secos, mas a turbidez tende a elevar-se muito nos períodos chuvosos devido ao arraste de sedimentos para os rios e lagos vindos do entorno deles.
Segundo Janete Alarbuda e Linda Nishihara (revista de saúde publica, Vol. 22, nº2, Abril/1998) é possível encontrar amônia em águas subterrâneas ou superficiais, tendo sua origem de forma natural e em baixas concentrações – devido à sua fácil adsorção pelas partículas do solo ou à oxidação do nitrito e nitrato – e em altas concentrações – sendo esta com maior possibilidade da sua origem ser de fonte poluidora.
Para efluentes industriais estas variações podem ser justificadas quando a geração de determinado tipo de resíduo não é constante na unidade fabril, sendo necessário tratamento diferenciado.
Exemplos de variações de parâmetros
Podemos citar como exemplo de variação de turbidez em ETAs cuja captação da água é superficial (provindas de rios e córregos com nascentes oriundas da serra), onde a turbidez da água bruta normalmente gira em torno de 40 NTU mas em épocas com chuvas ela pode ultrapassar com facilidade 400 NTU – devido ao arraste de sedimentos das encostas para o leito do rio.
Em montadoras de veículos e empresas de galvanoplastia possuem diversos tipos de metais em sua linha produtiva, os quais serão encaminhados para a ETE da empresa como resíduos e, muitas vezes, a concentração destes metais é constante ao longo do tempo.
E quando há um pico na concentração de nitrogênio amoniacal ou presença de alguns metais pensados na ETA ou ETE, os quais não constavam no projeto inicial, o que fazer? Qual a melhor tecnologia a ser utilizar neste caso? E qual irá gerar um menor custo de implantação, operação e manutenção? A resposta está na própria natureza: Zeólita Clinoptilolita.
Zeólita Clinoptilolita e produtos derivados
A Zeólita Clinoptilolita é um Aluminosilicato, de origem sedimentar vulcânica. Devido ao arranjo molecular do silício e do alumínio, possui uma estrutura tetraédrica que permite o intercâmbio e aprisionamento de algumas moléculas; também possui a capacidade de realizar troca iônica entre cátions mono e bivalentes com o meio em que estão (internamente faz o intercâmbio com o sódio, cálcio, potássio e magnésio presentes na sua estrutura).
Utilizando este mineral como base a Celta Brasil desenvolveu o Watercel ZE, um produto em pó com granulometria de 325 mesh, utilizado na remoção de nitrogênio amoniacal (NH3) e metais pesados (Cromo, Chumbo, Níquel, Cádmio, Estanho, Mercúrio, Prata, Zinco e Cobalto) em águas e efluentes líquidos. Ele é dosado em suspensão, mantendo em agitação com o meio, sendo removido posteriormente por coagulação/floculação/decantação.
Seus benefícios no Tratamento são: alta seletividade ao nitrogênio amoniacal; remoção de metais pesados na forma iônica; facilitação na secagem do lodo; não lixivia os metais pesados removidos.
Aplicação
Ele possui grande tecnologia aplicada, onde a zeólita é micronizada, aumentando sua área superficial e, consequentemente, sua Capacidade de Troca Catiônica (CTC) – a qual é de 200mEq/g. É um ótimo produto utilizado tanto no tratamento contínuo de uma ETA ou ETE, quanto uma tecnologia à ser agregada quando a carga afluente da estação fuja do padrão (como por exemplo, um aumento significativo do nitrogênio amoniacal). Basicamente as etapas de utilização do Watercel ZE são:
1) Preparo de suspensão do Watercel ZE;
2) Dosagem do Watercel ZE;
3) Tempo de contato de 15 minutos;
4) Dosagem de coagulante/floculante;
5) Decantação ou flotação;
6) Retirada do clarificado;
7) Remoção do lodo de fundo.
O Watercel ZE é um produto muito fácil de adaptação em ETA e ETE por bateladas e contínuas. Vamos tomar como exemplo uma estação convencional de efluentes com metais pesados via precipitação, representado pelo esquema a seguir:
Para agregar um sistema já instalado a dosagem de Watercel ZE, basta instalar um tanque e bomba dosadora do produto na etapa – ou no tanque – após a floculação, dosando anteriormente ao coagulante. O produto irá remover os metais (neste exemplo) por troca iônica e, após determinado tempo estabelecido, deve-se efetuar a etapa de coagulação/floculação para se remover os sólidos presentes no efluente. A eficiência deste processo é superior ao tratamento convencional.
É a natureza dando a solução para o homem. Para maiores informações entre em contato com a Celta Brasil, que nosso departamento técnico irá esclarecer suas dúvidas.
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