Novidades

Confira as novidades no Mercado de Tratamento de Água e Efluentes


Poli/USP inaugura Laboratório de Controle de Processos Industriais
A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) inaugurou em São Paulo, o Laboratório de Controle de Processos Industriais. Vinculado ao Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle, é formado basicamente por duas plantas pilotos que deverão ser usadas para fins de pesquisa aplicada, sobretudo entre os alunos de doutorado, mestrado e iniciação científica da Poli.
Segundo o coordenador do Laboratório, o professor Claudio Garcia, a primeira planta simula o tratamento de efluentes industriais a partir de um processo de neutralização de pH, permitindo o estudo de algoritmos de controle e de modelos matemáticos relacionados ao comportamento dinâmico do processo.
Essa planta, que emprega softwares e sistemas de instrumentação e controle similares aos usados em refinarias da Petrobras, conta com uma grande variedade de instrumentos, incluindo medidores de vazão, nível, pH, pressão, temperatura e condutividade.
"Ela funciona de modo semelhante a uma planta real de tratamento de efluentes que colhe a água de um rio ou lago, utiliza essa água em seus processos que tornam a solução ácida e, antes de jogá-la novamente no lago ou no rio, tem que neutralizá-la com o auxílio de uma base. A planta piloto do laboratório fará basicamente esse trabalho de neutralização do pH da água", explica Garcia.
A segunda planta é voltada ao controle de vazão de água. "Essa segunda planta é formada essencialmente por duas válvulas de controle, com diferentes níveis de atrito, que buscam controlar a vazão de fluido em um circuito fechado de circulação de água", conta.
"As perturbações na vazão são causadas por uma terceira válvula de controle, que opera como um dispositivo de perturbação.
O objetivo dessa planta é estudar e avaliar algoritmos para quantificar e compensar o atrito em válvulas de controle", afirma Garcia.
A planta piloto permite, portanto, o estudo de como melhorar a operação de válvulas de controle que estejam submetidas a atrito excessivo, situação típica de válvulas muito antigas ou com problemas de manutenção. As válvulas de controle são amplamente empregadas em plantas de processo por indústrias químicas, petroquímicas, de papel e celulose, de tratamento de água e efluentes, alimentícias e farmacêuticas.
Esse tipo de análise, explica Garcia, interessa muito à indústria e "a nova planta piloto do laboratório da Poli possibilitará verificar como seria possível prolongar a operação de um processo em uma indústria com válvulas ruins, que já estão operando há muitos anos e que não podem ser substituídas até que haja uma parada total da planta para manutenção", finaliza Garcia.

 


 

CENU poupa quase 50% no consumo de água e energia elétrica com retrofit da central de ar condicionado
Inaugurado em 1992, o Condomínio Edifício Nações Unidas (CENU) é um dos primeiros empreendimentos comerciais da região do Brooklin. O CENU contava com chillers e bombas de água gelada (BAG) com comando manual, ou seja, um operador deveria decidir em função das condições do clima a partida de um ou mais chillers e bombas.
Em um prazo de três anos, o CENU substituiu a central de ar condicionado a água por uma nova a ar. Segundo Luciano Santos, gerente predial do CENU, com esse retrofit o empreendimento obteve economia variável de quase 50% no consumo de água e de energia elétrica, além de proporcionar eficiência e estabilidade na vazão de ar refrigerado para as unidades, bem como diminuir as despesas com peças de reposição e ou manutenção.
"Com o retrofit foi implementada a automação stand alone no sistema. Instalamos conversores de frequência FC 101 da Danfoss para acionamento das bombas de água gelada e utilizamos os mesmos conversores para efetuar a automação de toda a CAG, inclusive os chillers, utilizando-os como hardware PLC. Ainda colocamos uma IHM no frontal dos painéis comunicando com os conversores", explica Márcio Vinicius Costa, engenheiro da Star Center, responsável pela instalação.
O engenheiro destaca que com a adoção dos componentes da Danfoss houve uma confiabilidade maior na operação do sistema.

 



RWL Water Anuncia Acordo para Adquirir a Empresa Acquavit
RWL Water, sediada em Nova York, fornecedora mundial de soluções de tratamento de água, efluentes e conversão de resíduos em energia, chegou a um acordo para adquirir a Acquavit, uma empresa brasileira bem estabelecida de tratamento de água e efluentes. Com base em Jundiaí, no Estado de São Paulo, Brasil, a equipe da Acquavit conta com décadas de experiência em soluções de tratamento de água no país. Sujeitas ao cumprimento de certas condições habituais, espera-se que as negociações finalizem em janeiro de 2017.
A aquisição da empresa Acquavit, que passará a chamar-se RWL Water Brasil após a conclusão das negociações, reforça a estratégia da RWL Water de se expandir ainda mais no maior mercado da América do Sul, e ajudará a promover a experiência global da empresa que oferece soluções para tratamento de água, efluentes e reúso a clientes municipais e industriais. Em 2013 a RWL Water adquiriu na Argentina a empresa Unitek S.A. (agora conhecida como RWL Water Argentina) e vem ganhando vários contratos estratégicos em toda a América Latina desde a operação.
"Estamos muito emocionados frente a perspectiva de receber a Acquavit em nossa família. Esta aquisição é a prova da nossa confiança na economia brasileira e no crescimento potencial que virá no futuro. O Brasil está enfrentando questões significativas de falta de água, aumento de preços de energia elétrica e problemas com efluentes; portanto, é extremamente importante a contribuição da experiência mundial em dessalinização, recuperação e reúso e conversão de resíduos em energia provenientes de nossas outras unidades de negócios." – Presidente e CEO da RWL Water, Henry Charrabé.
"Existe uma lacuna no mercado brasileiro para tecnologias e projetos inovadores de reúso de água. Acreditamos que ao nos unirmos à RWL Water beneficiaremos enormemente a Acquavit e nossos clientes. A RWL Water está, sem chance de dúvidas, deixando sua marca no mundo todo; adquirindo estrategicamente empresas especializadas e novas tecnologias com a finalidade de aumentar as soluções de tratamento de água para o middle market. Estamos extremamente entusiasmados de nos juntar a equipe da RWL Water que está se expandindo no Brasil e no mundo." – Executivo e acionista da Acquavit, Alexandre Melo.
Após a conclusão das negociações, A RWL Water Brasil trabalhará em estreita colaboração com as demais empresas internacionais da RWL Water na Argentina, Estados Unidos, Itália e Israel para oferecer soluções de tratamento, incluindo sistemas modulares e descentralizados, para sua atual carteira de clientes no Brasil que deverá ser ampliada.

 


 

Documentário sobre saneamento básico revela um Brasil esquecido
Instituto Trata Brasil disponibiliza documentário, produzido pela Kurundu Filmes, sobre a infraestrutura mais atrasada no Brasil, o saneamento básico. A proposta é mostrar problemas reais enfrentados diariamente pela falta desse direito fundamental; ter uma água boa para beber e nossos esgotos coletados e tratados. O documentário apresenta entrevistas com moradores de regiões críticas de São Paulo e Porto Alegre, bem como personalidades que colaboram com o Instituto.
No filme é possível ter uma dimensão dos transtornos à saúde causados, como as mais de 400 mil internações anuais por diarréia, segundo o IBGE 2014, além da correlação da falta de saneamento básico com a proliferação do mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue, chikungunya e zika).
Os últimos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS - base 2015, divulgados na primeira semana de janeiro mostram um país ainda distante de cumprir suas metas básicas de levar água tratada, coleta e tratamento de esgotos a todos os brasileiros. Os novos números apontam que somente em 2015 a coleta de esgotos chegou a mais da metade da população - 50,3% da população com acesso, mas apenas 42,6% dos esgotos gerados no país são tratados. É diante desta situação que o instituto publica o documentário "A Realidade do Saneamento Básico no Brasil - documentário com os Embaixadores do Instituto Trata Brasil". O documentário está disponível na íntegra, no site do Instituto Trata Brasil.
Saiba mais: www.tratabrasil.org.br

 


 

Reúso de água ganha espaço para crescer no Brasil
Até pouco tempo atrás o termo água de reúso era pouco conhecido da população em geral. Mas bastou a escassez hídrica se tornar a grande preocupação no maior centro urbano do país para que assuntos como economia e reúso de água passassem a fazer parte da conversa de, pelo menos, 18 milhões de pessoas.
Entre vários aprendizados, a crise hídrica de São Paulo em 2014 mostrou a necessidade urgente de buscar alternativas à água potável. Ficou claro que o aproveitamento de águas pluviais e as tecnologias de reúso reduzem a demanda sobre os mananciais e, mesmo que as chuvas de 2015 e 2016 tenham apaziguado momentaneamente a questão, o debate permanece.
De lá para cá, o reúso de água apresentou crescimento tímido no país. Mesmo assim, a expectativa é que ele ganhe espaço nos próximos anos, principalmente na indústria. Isso porque o arcabouço legal para a água de reúso, um antigo entrave, começou a ser desenvolvido.
Muitos especialistas já haviam apontado que a falta de padrão nas legislações municipais e estaduais para que os investimentos em reúso de água fossem ampliados consistia na maior dificuldade para a implementação de novos projetos.

A favor do reúso
Hoje tramitam no Congresso Nacional projetos de lei em prol do reúso, com textos dedicados a subsídios para empresas, redução de custos e diminuição de impostos para equipamentos utilizados em reúso, por exemplo. Há ainda uma iniciativa do Ministério das Cidades de criar a Política Nacional de Reúso de Água.
As indústrias também estão se mexendo. Sabe-se que o reúso contribui para a redução da captação de água tratada, gera economia e minimiza riscos de futuros períodos de escassez. A própria Confederação Nacional das Indústrias (CNI) apresentou no ano passado propostas de alteração da Lei Federal de Saneamento Básico.
O objetivo das propostas é incentivar o investimento na construção de plantas que tratem os esgotos para produção de água e para garantir que os compradores de água de reúso recebam o recurso na qualidade, periodicidade e preço compatíveis com a demanda.
Como se vê, com o desenvolvimento de um arcabouço jurídico, cada vez mais, o caminho estará aberto para investimentos em infraestrutura por parte das empresas. No Grupo de Economia da Infraestrutura & Soluções Ambientais da FGV, especialistas têm estudado uma proposta para vincular a quantidade que uma empresa capta de água da natureza à parcela de reúso.
"Esse debate precisa avançar. A gente não pode esperar uma nova crise hídrica, como a que enfrentamos em São Paulo em 2014, para colocar esse assunto em pauta novamente", afirma Fernando Santos Reis, que presidiu a Odebrecht Ambiental nos últimos 9 anos.

Referência em reúso na indústria
O maior projeto de água de reúso para fins industriais do hemisfério Sul abastece o Polo Petroquímico de Capuava, em Mauá (SP), e outras empresas da região do ABC paulista. Batizado de Aquapolo, o empreendimento é fruto de uma sociedade formada entre a Odebrecht Ambiental e a Sabesp, e foi criado para atender, inicialmente, unidades fabris de cinco empresas do Polo Petroquímico da região: Braskem, Cabot, Oxicap, Oxiteno e White Martins.
Os números do Aquapolo são impressionantes. Além do aumento da oferta de água potável para a região metropolitana de São Paulo, o Aquapolo se mostrou uma solução economicamente viável e interessante para a indústria. Para se ter uma ideia do que o projeto representa em termos ambientais, as empresas contempladas deixaram de usar mensalmente 900 milhões de litros de água potável. A água de reúso para fins industriais custa, em média, 50% menos do que a água potável.
"Com o Aquapolo foi equacionado um enorme passivo ambiental e ainda foram obtidos ganhos econômicos em um insumo essencial. O sucesso do Aquapolo mostra que as soluções existem e, de fato, funcionam".
O projeto deu tão certo que cresceu. Inicialmente o Aquapolo atendia exclusivamente as empresas do Polo Petroquímico do ABC, mas hoje duas grandes indústrias da região já estão conectadas ao projeto e uma terceira está em implantação. Juntas elas consomem aproximadamente 53.000 m³/mês de água de reúso.

 


 

Em busca de maior eficiência energética no tratamento de água e esgoto
Água e energia têm uma relação simbiótica. Basicamente, é preciso muita água para produzir eletricidade e também de muita eletricidade para bombear, mover e agora, reciclar e reutilizar água. Por isso, muitas cidades começaram a se dar conta da necessidade de maior eficiência energética no saneamento. Não há nada melhor que juntar a geração de energia e água potável em plano só.
De acordo com o a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), naquele país, o tratamento de água e esgoto utilizam 75 bilhões de kWh de energia por ano, o suficiente para suprir 6,75 milhões de casas.
A EPA identificou a energia como o segundo maior item no orçamento das instalações municipais de água potável e de tratamento de esgoto, depois apenas dos custos de mão de obra. O consumo de energia por água potável e instalações de tratamento de águas residuais pode representar de 30% a 40% da fatura total de energia de um município.
"No Brasil, isso não é diferente. A energia elétrica é um dos principais insumos do processo de tratamento e distribuição de água", destaca Fernando Santos Reis, que presidiu a Odebrecht Ambiental nos últimos 9 anos. "Consequentemente, os custos da energia elétrica têm relação direta com a tarifa que é praticada nas cidades", completa.
Energia neutralizada:
Com esses dados não é de se estranhar que esteja acontecendo uma corrida pela eficiência energética ou de neutralidade energética em várias partes do mundo. Tanto que uma cidade na Dinamarca está prestes a se tornar a primeira no mundo a ter uma estação de tratamento de água totalmente alimentada pela eletricidade gerada a partir de efluentes domésticos e esgoto.
A estação de tratamento de águas residuais de Aarhus vai gerar mais de 150% da eletricidade necessária para operar a planta. A energia excedente pode ser usada para bombear água potável em todo o sistema, atendendo a 200 mil pessoas ou vendida de volta à rede elétrica.

Novas formas de eficiência
O que aconteceu na cidade dinamarquesa é apenas um exemplo de como os municípios estão buscando novas formas de atingir maior eficiência energética em suas plantas de tratamento de água e esgoto.
Em Paris, um projeto ambicioso está aquecendo piscinas públicas com o calor reciclado do esgoto e águas residuais. Com um revestimento de aço inoxidável no interior de tubos de esgoto, é possível recuperar entre quatro e oito graus de calor e impulsioná-lo a cerca de 50°C para uso em aquecedores ou como água quente. A tecnologia é semelhante à baixa temperatura da energia geotérmica, já amplamente utilizado em alguns países para aquecer casas individuais.

O mesmo rio gera energia e água
Na cidade Cachoeiro de Itapemirim, no Espirito Santo, uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) foi construída ao lado da principal Estação de Tratamento de Água (ETA). Com capacidade de produção de 2,8 MW, a PCH mantém a segurança energética para o abastecimento de água potável do município de 200 mil habitantes.
O projeto implementado pela Odebrecht Ambiental – empresa responsável pelo tratamento de esgoto da cidade – permite aproveitar o potencial de geração de energia do pequeno encachoeiramento do rio Itapemirim, na área central da cidade.
"Cachoeiro é um exemplo dessa tendência. Com a PCH, a Estação de Tratamento de água se tornou autossuficiente energeticamente e é, certamente, um dos componentes que fazem de Cachoeiro uma das cidades mais saneadas do Brasil", destaca Fernando Santos Reis.
Lá, a água não é represada para a geração de energia. Ela corre o curso normal do rio e o girar dos eixos com o passar da água é que gera eletricidade.

O que é o Juntos Pela Água
O Juntos pela Água criado durante a crise hídrica de 2015 e hoje, passado o período mais crítico da crise, ampliamos a pauta e passamos a discutir a preservação dos recursos hídricos e também o futuro das cidades, do consumo, da política, dos negócios, da saúde e de outros temas importantes.
O movimento Juntos Pela Água é apoiado pela Odebrecht Ambiental , que presta serviços privados de água e esgoto a cerca 17 milhões de brasileiros em quase 200 municípios do Brasil.
Fonte: Dino Divulgador de Notícias

 

Publicidade