O portfólio de produtos e serviços que podem ser prestados por empresas de consultoria e engenharia para Estações de Tratamento de Água (ETAs) e Efluentes (ETEs) é grande. Segundo especialistas, os principais são elaboração de projetos, planejamento, implantação, monitoramento e gerenciamento de estações de tratamento. Distante do passado, com os atuais avanços tecnológicos e pessoal especializado e qualificado, o diferencial hoje é que todo esse trabalho pode ser feito de forma mais ágil e uptodate para o cliente, que tem a responsabilidade de acompanhar o que está sendo realizado.
Entre os avanços que este tipo de serviço agrega é que os clientes podem focar em seu negócio, deixando essas atividades que são inerentes ao processo para a empresa que faz o serviço. Ricardo Saad, diretor-geral e técnico da MRA Serviços Ambientais, alerta para que seja uma empresa confiável que realize os trabalhos. "As responsabilidades serão sempre do cliente. Não tem como delegar sem monitorar, saber os resultados e verificar as questões legais", adverte.
Outro benefício, segundo ele, é ter um projeto que reduza as cargas poluidoras antes do tratamento, pois as empresas reclamam que o tratamento de efluentes só traz despesa e não agrega valores. "Entretanto, com o levantamento industrial, identificação dos pontos críticos e mitigação e/ou eliminação da fonte geradora, essas despesas são reduzidas em todos os aspectos: investimento inicial, energia, consumos de produtos químicos e mão de obra", explica Saad. Conforme diz, o reúso da água existe há muitos anos, porém, com a crise hídrica, aumentou muito o número de projetos desse tipo, mas ainda falta consciência ambiental das pessoas.

Estações compactas e pré-fabricadas
As novidades hoje no mercado são o fornecimento de estações compactas projetadas e pré-fabricadas de acordo com a necessidade de cada cliente. A utilização dessas novas tecnologias de tratamento de água e efluentes sanitários traz diversos benefícios em relações a outros métodos mais convencionais. "As vantagens são a facilidade de deslocamento do equipamento, não haver necessidade de grandes áreas para a implantação, a alta eficiência no tratamento e o ótimo custo-benefício", compara Emanuel Campos dos Santos, diretor de projetos de engenharia de tratamento de águas e efluentes da Empatech. Ele cita que a empresa presta serviços para empresas públicas e privadas, fornecendo estas estações com materiais leves, como o caso da fibra e do polietileno.
O processo todo ficou mais ágil atualmente, o que permite ao cliente estar up-to-date do que ocorre. "Com mão de obra cada vez mais especializada e qualificada, estas instalações tendem a ser mais rápidas nos dias de hoje, com mais automação e possibilidades de comunicação com supervisórios dos empreendimentos, facilitando o acompanhamento do processo pelo cliente de uma central de controle já existente", afirma Gabriel Poydo, coordenador técnico do departamento ambiental da Planep Engenharia.

"A MRA não monta ou constrói estações de tratamento, foca no projeto e indica os fornecedores de equipamentos e pode fazer o gerenciamento das obras executadas", ressalta Saad. Segundo ele, todo esse trabalho, dependendo do tamanho do projeto, deve ter um projeto detalhado que define em cada área quais necessidades e será feito após o projeto básico.
"O gerenciamento da obra de implantação da ETE ou ETA faz sentido se a MRA desenvolveu o projeto básico e detalhado e escolhe juntamente com o cliente as empresas que realizarão as obras de implantação", esclarece. De acordo com Saad, a vantagem desse gerenciamento é que, durante a implantação, podem ser necessários ajustes de projeto, portanto, tendo a empresa que desenvolveu o projeto direto, esse ajuste não implica atraso nas obras e/ou montagens.

O que o cliente precisa saber
Para Saad, o cliente precisa saber escolher a empresa que fará o projeto e/ou as obras, se ela tem know-how, verificar os projetos executados e se tem sucesso neles. Muitas empresas que fornecem equipamentos oferecem o projeto direto. "No caso dos sistemas de tratamento de água, é mais padrão. Mas, mesmo assim, tem algumas características que devem ser avaliadas. No caso de efluentes, os projetos são específicos para cada empresa. Muitas vezes, as empresas não têm conhecimento sobre o assunto, portanto, uma boa consultoria ajuda a não ter prejuízos", indica.
Fica difícil definir um custo na implantação de ETEs ou ETAs porque depende da complexidade do projeto. "Todo projeto deve ser desenvolvido com um custo-benefício para o cliente. O investimento tem que trazer benefícios para o sistema dele", salienta Saad. Segundo ele, depende da empresa de engenharia que está desenvolvendo o projeto definir com o cliente as expectativas e trabalhar no menor custo de implantação de sistema, sem deixar de atender às necessidades do cliente.
Na opinião de Poydo, é importante que o cliente tenha bem definido os parâmetros do projeto. "A população atendida pela ETE ou ETA, características desse efluente ou da água que será tratada, local de descarte em caso de efluentes e qualidade requerida em caso de ETA", aponta. Ele concorda que os custos envolvidos para implantação de uma ETE ou ETA variam muito de acordo com a necessidade de cada cliente. "Parâmetros, como vazão, características da água ou efluente bruto e qualidade requerida impactam no tipo e porte dos equipamentos e tecnologias que serão aplicadas", avalia.
Segundo Poydo, o custo-benefício também é difícil de mensurar, uma vez que o atendimento dos requisitos legais por si só já é algo de extrema relevância. "Quando tratamos de Estações de Tratamento de Água para Reúso (ETAR), seja esse reúso de águas pluviais, cinzas ou efluentes industriais, o tempo de payback é muito curto, não passando de 24 meses e tendo casos com retorno em menos de 12 meses", prevê.

Na análise de Santos, sempre é importante buscar informações sobre a equipe técnica que irá realizar o projeto como também informações técnicas específicas da estação que se pretende implantar. "Em qualquer ramo de prestação de serviços e fornecimento de tecnologias de inovação, é de suma importância a contratação de um profissional da área, caso dos engenheiros sanitaristas e ambientais que atuam de forma direta no dimensionamento e na elaboração de projetos de ETAs e ETEs", recomenda.
Ele também corrobora de que o custo de implantação de estações compactas é muito relativo, variando de acordo com a tecnologia de tratamento a ser implantada e a qualidade da água ou do efluente tratado que se pretende. "A boa relação custo-benefício com estações compactas é obtida com a melhor solução técnica para cada situação em particular. Por isso, é importante na hora de escolher o profissional ou a equipe técnica que será responsável pelo projeto", orienta.

Know-how
Para o bom funcionamento das ETAs e ETEs, estas empresas colocam à disposição diversos tipos de serviços para fidelizar o cliente. A MRA oferece o gerenciamento ou operação dos sistemas. "Esse tipo de serviço normalmente é terceirizado, pois as empresas não têm um especialista. As empresas maiores especializam um profissional para desenvolver essas funções", define Saad.
Toda ETE e ETA necessita de um responsável técnico que estabelecerá as principais rotinas operacionais e de manutenção.
A Planep oferece estes serviços por meio de diversas modalidades de contrato. "Cada uma com um limite de escopo bem definido para atender exatamente onde o cliente não possui corpo técnico disponível ou entende ser melhor terceirizar o serviço", explica Poydo. A empresa atua na operação diária, consultoria técnica, manutenções preventivas e corretivas e monitoramento da qualidade dos efluentes, com amostragens no campo e ensaios da água bruta e tratada em laboratórios renomados e credenciados no Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Outra questão levantada é que não há como uma ETE ou ETA funcionarem de forma adequada e eficiente se não tiverem manutenções e monitoramento dos efluentes durante o seu funcionamento. "As manutenções do conjunto de tratamento consistem no controle e na conservação dos equipamentos mecânicos, elétricos e hidráulicos, corrigindo erros do sistema e realizando reparos em peças e equipamentos danificados", discorre Santos.
O monitoramento faz o controle da eficiência do tratamento e da qualidade das águas e efluentes brutos e tratados. "Os dados de monitoramento também são utilizados na dosagem de produtos inerentes ao tratamento e demais atividades operacionais, que variam de acordo com o tipo de cada estação", ressalta. A Empatech dispõe de equipe técnica especializada para realizar os monitoramentos e também treinamentos e capacitações para funcionários que porventura venham a fazer esses trabalhos nas estações.

Conheça um pouco do que cada empreza faz

Serviços de engenharia da MRA para ETAs e ETEs
Projetos – A empresa faz uma análise crítica do processo, identificando e definindo as premissas básicas, discutindo com o cliente e, em seguida, desenvolvendo o projeto. No caso dos efluentes, é realizado um levantamento industrial inicial que identifica e quantifica os efluentes por etapa do processo, visando mitigar ou eliminar na fonte a geração de efluentes líquidos.
Adequação – Muitas vezes, as empresas têm o sistema, mas não atendem aos padrões de potabilidade e/ou lançamento das legislações, sendo necessárias adequações.
A empresa levanta os principais pontos, identifica o problema ocorrido e faz um estudo de adequação. Para melhorar o sistema, pode ter investimentos a serem realizados.
Monitoramento das águas e dos efluentes – A empresa implanta e realiza o plano de automonitoramento, avaliando a eficácia e eficiência dos sistemas e orientando o cliente sobre os pontos críticos e necessidade de adequações do sistema.
Gerenciamento – Com know-how para administrar as unidades de tratamento, a empresa define os critérios de controle e mantém gerenciado todo o monitoramento e operação. Além disso, orienta em todos os aspectos os responsáveis pela operação, define as diretrizes junto com os órgãos competentes e apresenta os resultados periodicamente.
Operação – Além do gerenciamento, a empresa opera os sistemas, fornecendo mão de obra treinada e especializada para executar as tarefas.

Planep atua em todas as etapas
A Planep atua em todas as etapas do processo e faz desde os estudos básicos e elaboração de projeto executivo, passando pela construção civil e instalação hidráulica e eletromecânica dos equipamentos, até comissionamento, startup das plantas, operação e manutenção dos sistemas, monitoramento da qualidade do tratamento e consultoria técnica.
A empresa dispõe de tecnologias modernas que permitem a implantação de ETEs e ETAs em áreas menores, com equipamentos compactos e menor consumo energético. Atende clientes que possuem plantas antigas e necessitam de retrofit com o objetivo de redução do consumo energético ou aumento da capacidade com o menor aumento de área possível para o sistema.

Soluções, serviços e consultoria da Empatech
A empresa presta serviços para empresas públicas e privadas, fornecendo estações compactas de tratamento pré-fabricadas com materiais leves (fibra e do polietileno). A Empatech oferece soluções para condomínios residenciais, empreendimentos industriais e de serviços. Além de disponibilizar a estação, presta também serviços para a manutenção do equipamento e o monitoramento da qualidade da água e dos efluentes tratados. Atua ainda com consultoria para emissão de licenças e certificados ambientais junto aos órgãos competentes.

Contatos:
Empatech: www.empatech.com.br
MRA Serviços Ambientais: www.mraservicosambientais.com.br
Planep Engenharia: www.planep.com.br