Plásticos De Engenharia Para Saneamento

De acordo com especialista, desde que o projeto permita, este tipo de material é o preferido nas construções devido ao bom custo benefício


Plásticos De Engenharia Para Saneamento

 

Eles são versáteis e possuem uma ótima relação de custo benefício, por isso, os plásticos de engenharia para saneamento são cada vez mais utilizados em instalações que permitem seu uso. De acordo com André Gomes, engenheiro da GEA Sistemas de Resfriamento, os plásticos de engenharia podem ser encontrados em dois tipos de materiais: termoplásticos ou termorrígidos, cada um deles é desenhado de acordo com a necessidade da aplicação que vai receber o material. "Desenhados especificamente para uma série de aplicações que exigem diferentes características, design e propriedades para que sua utilização em determinada aplicação garanta os resultados esperados. Dependendo da química orgânica do polímero em questão, as propriedades dos plásticos são inúmeras e consequentemente suas aplicações", explica Gomes.
Os plásticos de engenharia para saneamento podem ser usados em tanques, tubulações e etc. A grande vantagem do uso deste material está em seu custo, que é muito inferior a peças feitas em metais ou tecidos. O único fator que define o uso deste material é a demanda de resistência que o projeto demanda. "Para a maioria das aplicações, devido ao custo os plásticos normalmente são preferidos a outros materiais, desde que as condições do projeto o permitam. Quando não, por questões de resistência mecânica, térmica, química, ou outros parâmetros, são então selecionados outros materiais", afirma o engenheiro da GEA. Para o diretor técnico da Nova Era Ambiental, Elso Vitoratto, além da vantagem financeira, esse tipo de filtragem gera um tratamento muito eficiente. "O principal ganho da utilização de biofiltros em estações de tratamento de efluente é a redução do tamanho de reatores e elevação da eficiência de tratamento".

Tipos de plásticos e aplicações
O primeiro deles é o módulo de decantação para tratamento de água. A peça é mecânica e quimicamente resistente, ela possui características próprias, como as lamelas, mas é produzida com as medidas e especificações exclusivas de cada projeto.
Os enchimento biológicos são divididos em três tipos: estruturados, randômico e estruturado com componentes internos para aplicações de transferência de massa. O enchimento estruturado é usado em diferentes sistemas de tratamento biológico que requerem a remoção de nutrientes em materiais com características químicas e pesos diferentes. "Esses enchimentos são produzidos em diferentes materiais e com diferentes pesos específicos, para que possam ser instalados em diferentes profundidades (de 1 a 15 metros, ou mais) em filtros percoladores, FBAS, filtros anóxicos, entre outros. Estes enchimentos de plástico são desenhados para que forneçam áreas superficiais de 70 m²/m³ (para aplicações de alta carga) até 400 m²/m³ (para remoção de nutrientes, separadores água e óleo, etc), com resistências mecânicas a medida de cada projeto (até 10 ton/m²), resistência UV e química (ácidos e alcalinos), e autoportantes (não requerem qualquer apoio ou sustentação lateral para que sejam empilhados até vários metros de altura)", explica Gomes.
Segundo o engenheiro da GEA, os enchimentos randômicos são destinados para sistemas de tratamento biológico que requerem remoção de nutrientes e carbonácea de cargas elevadas. Eles podem ter desenhos específicos a cada necessidade e são confeccionados em materiais como, PP, PEAD, PVC, entre outros. "A peça fornece áreas superficiais de até várias centenas de metros quadrados por metro cúbico."
Os enchimentos estruturados combinados com componentes internos para aplicações de transferência de massa são características similares aos enchimentos para remoção de nutrientes. No entanto, essas peças possuem características muito mais específicas. "Eles possuem sempre diferentes características e propriedades, resultado de diferentes composições químicas e processos de produção, de modo que garantam para cada tipo de aplicação toda a resistência mecânica e térmica exigidas, também a ácidos e bases, elasticidade para processos com sucção e ou vácuo, entre outras", afirma Gomes.

 

Plásticos De Engenharia Para Saneamento


O engenheiro da GEA diz que a escolha do equipamento que será instalado é totalmente dependente do tipo de aplicação em que será utilizado. "São selecionados em função do seu comportamento nas condições operacionais previstas no projeto. Ou seja, se trabalharmos com água à pressão, as tubulações (normalmente de PVC) deverão ser selecionadas conforme sua capacidade de resistência a tais pressões", explica Gomes. "Se desenharmos um filtro biológico anaeróbio submerso ou percoladores devemos utilizar plásticos de resistência mecânica apropriada à massa que estará aderida ao longo da profundidade do filtro; também de resistência térmica e UV, para exposição à luz solar, etc. Assim, os materiais normalmente mais utilizados são o PVC e o PP, mas devem possuir em sua composição os aditivos que assegurem a manutenção de suas propriedades ao longo de anos em operação. No entanto, para estes casos, o PP possui características que permitem uma maior resistência."
De acordo com Gomes, as diferentes características de cada plástico estão diretamente ligadas ao processo de produção do material. "Os plásticos possuem diferentes características e propriedades devido não só aos compostos que incorporam e em que concentrações, mas também ao processo de produção propriamente dito. Podem ser usadas diferentes matérias-primas para produzir plásticos com propriedades ou características mais apropriadas para determinadas aplicações." Todas essas diferenças são por conta das condições que cada aplicação exige do plástico de engenharia. Por isso, o engenheiro afirma que, antes da instalação das peças, o projeto deve ser muito bem estudado para que ele receba um material que realmente supra a necessidade imposta. "Para aplicações bem conhecidas, como distribuição de água, estão bem difundidos vários tipos de tubulações, cujas características são apropriadas para um leque relativamente abrangente de pressões. Assim, para cada projeto de distribuição de água, não é normalmente requerido o desenho de um novo produto, mas somente a seleção da tubulação que cumpre com pressão máxima de operação."
Dos filtros que levam esses enchimentos, segundo o diretor da Nova Era Ambiental, o mais utilizado é o filtro aerado submerso. "Os filtros biológicos aerados submersos são utilizados no tratamento de esgotos há mais de 50 anos. Inicialmente, utilizavam-se pedras, ripas de madeira e material cerâmico como materiais de enchimento", explica Vitoratto.
Neste tipo de filtro, quem trabalha no processo de saneamento são os microrganismos presentes no enchimento. "No filtro biológico aerado submerso a formação de biofilme apresenta elevada concentração de biomassa. A fixação dos microrganismos à superfície dos enchimentos plásticos (biofilme) é influenciada pela rugosidade do material. No biofilme, os compostos necessários para o desenvolvimento bacteriano como matéria orgânica, oxigênio e micronutrientes, são adsorvidos à superfície. Após a aderência, eles são transportados no biofilme por difusão, onde são metabolizados pela população de microrganismos, composta de: bactérias, protozoários, algas e fungos. Sendo assim, a matéria orgânica presente no esgoto é digerida pela população de microrganismos presentes no biofilme formado sobre o enchimento plástico".

Manutenção
Segundo Gomes, o nível de manutenção de um plásticos de engenharia está totalmente ligado ao projeto. Se a peça for aplicada para o objetivo certo, tudo fica mais simples. Para um filtro percolador, por exemplo, os plásticos são fabricados já considerando a profundidade e carga orgânica (resistência mecânica) para cada projeto. Desta forma, somente deverá ser realizada a manutenção do próprio processo, no caso de um filtro percolador é realizada uma lavagem perimetral, com frequência e duração calculadas", afirma.

 

Plásticos De Engenharia Para Saneamento

 

Vantagens e desvantagens do produto
Para o engenheiro da GEA, o termo vantagem e desvantagem deve ser medido de acordo com a fornecedora do produto. Ele explica que a grande desvantagem deste tipo de material é o dano posterior que pode causar ao meio ambiente. "A atual dependência por plásticos, não só para saneamento mas de uma forma global, é motivo de preocupação principalmente devido à produção (fonte de poluição e consumidor de diversos recursos naturais em grande escala), como também pelos resíduos gerados (sólidos, líquidos e gasosos), que nem sempre são alvo do tratamento mais adequado. Quando o são, é possível produzir plásticos (e reciclar ou reutilizar a maioria dos resíduos), gerando assim um mínimo de poluição. Também, a ACV deve ser previamente estudada e ponderada."
Segundo Gomes, a grande vantagem deste tipo de produto, é a versatilidade e os aperfeiçoamentos que essas peças vêm recebendo ao longo das últimas décadas, esses fatores fazem com que os plásticos sejam possíveis em vários tipos de sistemas de saneamento.

 

Contato das empresas:
GEA Sistemas de Resfriamento
: www.geasr.geagroup.com
Nova Era Ambiental: www.novaeraambiental.com.br

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