Sustentabilidade no tratamento de efluentes
Por NHR Engenharia
Edição Nº 14 - agosto/setembro de 2013 - Ano 3
O sistema de tratamento de águas residuais utilizando plantas é um dos mais antigos que se tem conhecimento e dos mais eficientes, tendo em conta o grau de contaminação dos efluentes.
O sistema de tratamento de águas residuais utilizando plantas é um dos mais antigos que se tem conhecimento e dos mais eficientes, tendo em conta o grau de contaminação dos efluentes.
Trata-se da conjugação e da evolução de dois sistemas existentes em numerosos países e, sem dúvida, os mais comuns: os sistemas com lagoas (anaeróbicas, facultativas e de maturação) com o sistema wetlands ou pântanos artificiais.
Características mais importantes:
- Tratamento primário, secundário e terciário;
- Depuração de efluentes, chegando a uma eficiência de mais de 95%;
- Sem necessidade de gerenciamento de lodos;
- Sem maus odores nem ruídos;
- Suporta variações de fluxo (aumentos significativos na quantidade de efluente);
- Baixo ou nulo consumo de energia elétrica;
- Vida útil ilimitada;
- Obra civil simples e econômica;
- Integração paisagística;
- Manutenção reduzida a cuidados fitossanitários.
As plantas utilizadas são um tipo de macrófitas aquáticas denominadas Typhas e dentre elas a Typha dominguensis.
Esta espécie pode ser encontrada em todo o mundo, facilmente adaptável, resistente a índices moderados de salinidade e com uma característica especial de absorver metais pesados.
Estas plantas em estado adulto apresentaram melhores índices de adaptação e resistência à pragas do que as plantas cultivadas em estufas. O tapete biológico utilizando plantas adultas pode estar formado em aproximadamente três meses desde a sua implantação comparada aos nove ou dez meses que necessitam a planta jovem. Isto se deve ao sistema radicular se encontrar mais desenvolvido e a reprodução por rizoma se dar de imediato.
As macrófitas são constituídas por uma rede de tubos para receber ou emitir oxigênio. Durante o dia as raízes recebem oxigênio puro através da fotossíntese. À noite as raízes recebem oxigênio do ar (21%) bombeado ao longo dos tubos desde as folhas.
O processo de transferência de oxigênio para o interior da planta ocorre tanto nas folhas como nos caules. Pela superfície das raízes e rizomas é sempre ejetado oxigênio para o ambiente exterior.
A estrutura de aplicação (EDA) das plantas sobre as lagoas, o sistema de flutuação, desenvolvido e patenteado com nossa colaboração, se mostra eficaz tanto para plantio de mudas como de planta adulta.
Constitui-se de duas peças sendo uma estrutural (peça rede) e outra de acomodação da planta (peça cesto). Cada peça rede tem uma superfície de 0,53 m², com possibilidade de corte sem perder a flutuabilidade e não deixa espaços significativos entre elas, favorecendo a fixação de novas plantas e a rápida formação do tapete vegetal.
Os testes hidrodinâmicos têm sido satisfatórios, com baixa resistência ao fluxo e desprezível quando considerado juntamente com as raízes das plantas.
Ao conseguir flutuar as plantas em lagoas ou tanques, se potencializa o tratamento em aproximadamente 35% se comparado com um sistema de lagoas. Isto permite que se possa reduzir as superfícies dos sistemas.
Quanto à economia na implantação uma estação ecológica (ESEC) é 40% mais barata e o custo é 70% menor na manutenção. Isto é decisivo na hora de decidir que tipo de tratamento será utilizado.
Sintetizamos este sistema com o seguinte esquema:
Em cada peça rede podemos acomodar até vinte peças cesto, o que equivale a 40 plantas por metro quadrado. Esta densidade seria muito alta.
Em condições climáticas favoráveis utilizaríamos entre 16 e 20 plantas adultas obtendo a cobertura vegetal desejada em aproximadamente 3 meses. No caso de utilizar mudas às quais, devido as suas características, são mais frágeis, a densidade seria maior entre 24 a 30 mudas por metro quadrado e de 6 a 9 meses para obter os mesmo resultados.
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