Versáteis e digitais inteligentes, bombas dosadoras atuam nas fases do tratamento da água

As bombas dosadoras adicionam, regulam e controlam a injeção e a dosagem correta de produto químico no tratamento de água para torná-la própria para o consumo


As bombas dosadoras adicionam, regulam e controlam a injeção e a dosagem correta de produto químico no tratamento de água para torná-la própria para o consumo. Muito utilizadas no saneamento e em indústrias, onde o controle de qualidade é essencial, são confiáveis e robustas e aplicam a dosagem correta sem oscilações. Versáteis e hoje digitais inteligentes, participam de quase todos os passos do tratamento da água, ajustando parâmetros físicos, químicos e biológicos. Dosam coagulantes e floculantes, corrigem pH, dureza, entre outros. Para garantir seu correto funcionamento e dosagem, é preciso estar atento ao desgaste dos seus componentes. Usar uma bomba dosadora desregulada causa diversos problemas e representa riscos à saúde dos consumidores. 


Versáteis e digitais inteligentes, bombas dosadoras atuam nas fases do tratamento da água

Em todas as etapas
No tratamento de água, os sistemas de filtração removem impurezas, microrganismos e partículas, enquanto as dosadoras adicionam conteúdo na água, como produtos químicos, para torná-la apropriada ao consumo humano. Há aplicações para dosadoras praticamente em todos os passos do tratamento. Por exemplo, elas dosam coagulantes e floculantes, químicos para regenerar as membranas de filtração e desinfetam com agentes baseados em cloro e flúor, entre outros. 

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As dosadoras ajustam os parâmetros físicos, químicos e biológicos no tratamento de água: pH, dureza, atividade microbiológica etc. Anderson Cruz, gerente de vendas para a indústria da Grundfos Brasil, cita como exemplo que o pH é corrigido com a dosagem de ácidos sulfúrico, clorídrico etc. e bases (soda cáustica); e a atividade microbiológica, corrigida com biocidas, muitas vezes, baseados em cloro, como hipocloritos e dióxido de cloro.
Outros parâmetros são: a presença de Oxigênio, Gás Carbônico, Sulfeto de Hidrogênio e demais componentes que podem levar à corrosão de caldeiras. Contra os quais, segundo ele, são dosados sequestrantes, como a hidrazina – para a qual o uso de bomba dosadora de diafragma hermético é importante devido à sua toxicidade. 
Os parâmetros físicos, químicos e biológicos são analisados por amostras em laboratório ou com analisadores em linha, caso do Grundfos DID que a empresa comercializa. Com base nos dados das análises, as bombas dosadoras entram em operação para adicionar algum fluido que corrigirá o parâmetro dos valores lidos para os valores desejados. “Um pH alto básico pode ser corrigido para um pH próximo de neutro com a adição controlada de algum ácido, permitindo que biocidas atuem de modo mais eficiente” – esclarece Cruz.  
“Há dezenas de parâmetros possíveis para os quais uma bomba dosadora pode ser utilizada, sendo ajustada manual ou automaticamente, para dosar a quantidade exata de químicos e obter a qualidade desejada da água. Estas bombas possuem botões que ajustam o volume dosado localmente, alterando a frequência com a qual a bomba injeta o químico à linha e/ou o volume injetado”  – discorre Cruz.  

Regulagem e controle
A bomba dosadora regula e controla a injeção e dosagem do produto químico nos processos na quantidade certa. “Hoje o uso de sensores em muitos processos exige um equipamento que receba estes sinais e regule sua vazão de acordo com esta variação, como é a nossa bomba Midimax, que tem excelente custo-benefício” – destaca Carlos Gomes, coordenador comercial da Bomax. 
As aplicações das bombas dosadoras são bem amplas. “Uma boa bomba dosadora economiza produtos químicos devido à sua precisão, evita desperdícios e garante a dosagem correta após a regulagem” – afirma.
Outra vantagem é o bombeamento do produto químico feito em quantidades constantes ao longo do tempo, sem variações. “E também o controle de vazão com boa precisão e repetibilidade nas diversas aplicações possíveis, seja num processo de tratamento de efluente, seja num processo de injeção de matéria-prima na formulação de um produto qualquer” – diz Gomes.
Antes de comprá-la ou instalá-la, é necessário dimensionar a bomba dosadora ideal para cada aplicação. Conforme Carolina Santos, diretora de marketing da Hidrogeron, alguns dados são necessários: a vazão em litros por hora, a contrapressão e o produto químico que será dosado.

Tecnologias
Há algumas tecnologias de bombas de deslocamento positivo que podem ser utilizadas para dosagem, como, por exemplo, bombas de pistão, pneumáticas e peristálticas. 
A Grundfos trabalha com bombas dosadoras de diafragma de maior precisão e versatilidade de controle. Elas estão disponíveis nas versões com diafragma acionado mecanicamente; diafragma acionado hidraulicamente, para maiores pressões; e a principal linha da empresa, as digitais inteligentes. 
Algumas bombas inteligentes digitais, Linha Smart Digital, disponíveis no mercado são acionadas por solenoide, também conhecidas como eletromagnéticas. As da empresa são acionadas por motor de passo, proporcionando ajustes e precisão extremos.
As inteligentes digitais propiciam integrar com a instalação e sistemas de gerenciamento central por diversas interfaces, de sinais digitais e analógicos à Profibus, e pelos módulos de comunicação a sistemas de gerenciamento remoto com o Grundfos GRM da empresa. Assim, as bombas se adaptam automaticamente às demandas do sistema. Além disso, permitem acesso para monitoramento e gestão a distância – inclusive por dispositivos móveis – e estão aptas à Internet das Coisas (IoT) para o tratamento das águas.

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O fato é que existem diversas opções de bombas dosadoras no mercado. Da Bomax, destacam-se a Dosamax, bomba dosadora de diafragma com regulagem manual; e a Midimax, com comando por supervisório, acionamento externo on/off, controle manual ou automático por inversor de frequência incorporado, sinais 4 a 20mA, 0 a 20mA ou 0 10 VDC.
A Hidrogeron atua com dois tipos de bombas dosadoras eletromagnéticas: uma delas é a Manual, de fácil operação e ajuste da dosagem por potenciômetro; e a série Microprocessada, que conta com entrada 4-20mA que se integra com analisadores de cloro, flúor e pH, recebendo sinal dos dispositivos. Ela tem ajuste eletrônico e automação para autoajuste na dosagem de produtos químicos conforme programação. 

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Tanto a bomba dosadora Manual quanto a Microprocessada são instaladas na parede e possuem mangueira e válvula que succiona o produto químico que será dosado e injeta no ponto de aplicação, conforme foto a seguir.
“A adoção de bombas dosadoras e de analisadores garante maior controle de qualidade do processo de dosagem de produtos químicos, resultando em economia e segurança ao sistema de tratamento” – afirma Carolina.
Muito usadas no saneamento e em indústrias, onde o controle de qualidade é fundamental, as bombas dosadoras são confiáveis e robustas e aplicam a dosagem correta de produto químico sem oscilações. “Para situações operacionais onde há variação da vazão ao longo do dia, é recomendada a automação com bomba dosadora microprocessada e analisadores. Com isso, a dosagem de produto se autoajusta conforme a demanda” – indica a diretora de marketing da Hidrogeron. 

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Boa prática 
É preciso acompanhar e fazer as manutenções da bomba para que não ocorram problemas. Seguir as recomendações do fabricante é fundamental para qualquer tipo de bomba. Uma dica importante é sempre que instalar ou fizer manutenção/limpeza das bombas dosadoras e colocá-las para funcionar, consultar o manual do produto para aferir a correta dosagem conforme sua demanda. “A observação do desgaste dos componentes assegura o correto funcionamento e dosagem” – pontua Carolina. 
As bombas dosadoras eletromagnéticas Manuais ou Microprocessadas, por exemplo, segundo ela, demandam manutenções simples e periódicas, que envolvem limpeza e checagem de desgaste dos componentes: válvulas, conexões, diafragma, mangueira e cabeçote. “Utilizar uma bomba dosadora desregulada acarreta desperdício, falta ou excesso de produto químico no sistema, dependendo do que está sendo dosado, o que representa riscos à saúde dos consumidores” – adverte Carolina.
A bomba pode deixar de operar a qualquer momento por estar sem manutenção ou consumo excessivo dos químicos dosados, elevando os custos de tratamento e comprometendo o processo. “Com a bomba desregulada ou indisponível, não se obtém a qualidade desejada da água, provocando situações críticas. Como permitir que a água contaminada siga para o consumo humano ou a produção de alimentos e bebidas ou ainda a corrosão de equipamentos e instalações, levando à sua deterioração e a acidentes” – aponta Cruz, da Grundfos Brasil.  

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Para a regulagem das bombas dosadoras, deve-se verificar sua calibração. “No caso das bombas mecânicas e eletromagnéticas, faz-se uso de buretas de calibração. Já algumas dosadoras inteligentes têm sensores embutidos que permitem sua autocalibração” – explica Cruz. A bureta é um instrumento cilíndrico na vertical com suporte que possui uma escala e tem uma torneira de precisão para dispensa de volumes.
Na rotina de manutenção, considera-se um período de tempo para substituir peças típicas de desgaste, como diafragmas e válvulas de sucção e descarga. Segundo Cruz, no caso de bombas dosadoras mecânicas, há substituição de óleo de lubrificação e outros fluidos hidráulicos. Enquanto as bombas dosadoras digitais, a própria bomba avisa o operador pelo seu display ou tecnologia de monitoramento remoto escolhida de que é o momento de substituir algum equipamento, prolongando o tempo entre paradas.
Além de aumento de custos e desperdício de produtos químicos, entre outros, ocorrem problemas de processos errados e retrabalhos. Para evitá-los, conforme Gomes, da Bomax, é essencial a implantação de uma boa prática de manutenção. “Recomendamos fazer um bom plano de manutenção preventiva com cronogramas de paradas para a troca de diafragmas e ajustes mecânicos” – orienta. 
 

Contato das empresas
Bomax:
www.bomax.com.br
Grundfos Brasil: www.grundfos.com.br
Hidrogeron: www.hidrogeron.com
 

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