De uma forma geral, utilizamos filtros industriais em todos processos de manufatura, inclusive o setor de saneamento. São equipamentos que promovem a separação dos gases/ar e líquidos como água, óleos e lubrificantes, removendo resíduos não desejados dos processos industriais. O principal objetivo de uma filtragem industrial é garantir a qualidade do sistema, protegendo o maquinário, a vida humana e o meio ambiente contra substâncias nocivas.
Independentemente do setor ou tipo de filtragem, é extremamente importante monitorar o funcionamento dos filtros, pois após um tempo de uso, os elementos filtrantes precisam ser trocados. Essa periodicidade depende do tipo de filtro ou do material que será filtrado. Normalmente, a troca deve ser realizada no prazo indicado pelo fabricante. 
Segundo Felipe A. Vitoratto, representante da Nova Era Ambiental, o processo industrial de filtração pode gerar subprodutos com impacto ambiental, desta forma, projetos que visam reutilização dos materiais filtrados (conceito de química verde), com alternativas que explorem o equilíbrio tecnológico e econômico são cada vez mais valorizados e demandados nas empresas que desenvolvem produtos e soluções no mercado de filtração industrial.
“Os processos de filtração se não forem bem projetados, executados e operados podem gerar perdas produtivas, subprodutos com impacto ambiental, paradas, desabastecimentos ou gargalos operacionais com impactos nas cadeias produtivas. Além disso, não podemos esquecer que a manutenção preventiva desses equipamentos é fundamental para o bom resultado do processo”, enfatiza.
Com as mudanças de mercado e uma realidade cada vez mais globalizada e digitalizada, reconhecer a importância da manutenção industrial é primordial para uma gestão de custos muito mais eficiente e, consequentemente, para construir e consolidar uma estratégia mais assertiva. Nesse contexto, a tecnologia é uma alidada, principalmente no quesito de gerenciamento de informações.
Ter um sistema de gestão de dados na manutenção traz inúmeros benefícios, entre eles obter níveis melhores de eficiência e um controle inteligente dos recursos financeiros investidos. Nesse sistema deve existir, mesmo que de maneira simples, um controle do histórico das manutenções, peças de reposição e materiais, orçamentos e histórico das quebras ou falhas, isso ajuda na capacidade de resolução de problemas.
Vitoratto explica que um bom sistema de filtração deve ser planejado na fase de projeto, prevendo automação, equipamentos reservas e sobressalentes, paradas preventivas, avaliando custos operacionais como gastos com energia elétrica, desgastes de peças e maquinários, produtos para operação do sistema, subprodutos dos processos, rejeitos operacionais, análise das tecnologias e materiais disponíveis, impacto ambiental e social.
Um projeto adequado garante eficiência e nível de manutenção mínima. O não uso ou até mesmo o uso de filtração não adequada ou sem manutenção preventiva para o processo industrial gera prejuízos diversos. “As melhores práticas para manutenções preventivas dos sistemas de filtragem começam na etapa de projeto. Um sistema eficiente considera programação de paradas operacionais e manutenções preventivas, o monitoramento e automação com alertas de falhas e controle de processo pode evitar prejuízos diversos” – afirma o representante da Nova Era Ambiental.
Em um cenário ideal, a manutenção preditiva não gera alterações na planta da indústria, apenas fornece ferramentas e informações para garantir a melhor gestão do setor de manutenção. De certa maneira, essa questão está ligada em todos os processos industriais de uma empresa, por isso, é primordial enfatizar a função estratégica dessa área potencializando as medidas de manutenção.
É importante sempre realizar avaliações periódicas e check ups rotineiros na fábrica e equipamentos e a manutenção preventiva recomendada pelos fabricantes, trocando peças desgastadas e elementos filtrantes com frequência programada, evita perdas de produção e garante manutenção mínima necessária.
De acordo com Vitoratto, recomenda-se realizar a manutenção e operação dos sistemas com empresas especializadas que sigam as normas técnicas e legislação, fazendo o acompanhamento com sistemas de gestão, se possível com automação (PLC) ou minimamente com um plano de manutenção (check list de atividades e inspeções diárias) com mão de obra qualificada e treinada.

Manutenção preventiva como investimento
Outro ponto importante da gestão de manutenção industrial é a chamada manutenção corretiva, que pode ser classificado de duas formas. A primeira delas é a não previsível, ou seja, aquela que não é planejada, e consequentemente a que gera mais gastos, uma vez que ela não foi prevista em orçamento e geralmente há a necessidade de consertos ou correções de máquinas defeituosas.
O ideal é ter esse tipo de manutenção o mínimo possível. Entretanto, mesmo em gestões bem planejadas, imprevistos acontecem, para isso é utilizada a manutenção preditiva. Trata-se do acompanhamento periódico das máquinas para indicar as condições reais de funcionamento dos equipamentos.
Os dados são coletados por meio de monitoramentos e inspeções em campo para antecipar eventuais problemas e eliminar desmontagens desnecessárias para inspeção, impedir aumento de danos, aumentar o grau de desempenho do equipamento e reduzir o trabalho de emergência não planejado. Através dela é possível evitar paralisações na produção ou comprometimento do orçamento de outras áreas para resolver esse problema.
A manutenção corretiva planejada, por sua vez, é composta por um plano previamente articulado de inspeção e monitoramento. 
Em alguns casos, ela pode até admitir a troca de peças ou utilização de máquinas até o esgotamento e perda total.
Diante de todas essas questões, é evidente que investir na manutenção preventiva focada em determinados períodos de intervalos definidos com tempo para a monitoração, reparo e correção das máquinas da fábrica é uma excelente aliada para evitar ocorrências desnecessárias, problemas e custos sem planejamento. “Embora cada setor e cada processo apresente diferentes tecnologias e demandas, produtos e requisitos de filtração, eles compartilham algumas necessidades comuns de filtração e manutenção como a eficiência na filtração garantindo a qualidade, mínimo de manutenção e desperdício com durabilidade e robustez nos sistemas e filtros industriais” – afirma Felipe A. Vitoratto.
Além disso, é possível afirmar que a manutenção preventiva pode trazer retorno sobre os investimentos para empresa. Com uma boa gestão de manutenção industrial são evitados gargalos em diferentes frentes, entre elas o ritmo de produção, equilíbrio orçamental, minimização de imprevistos e fluidez de processos. Todas essas melhorias, com certeza há melhor aplicação de recursos.
“Neste sentido, a manutenção preventiva com troca programada dos meios filtrantes e peças, com certeza, evita gastos com manutenções corretivas de elevado custo são muito importantes. Ao investir em sistemas de filtração industrial eficientes, projetados avaliando os custos de manutenção num horizontes de longo prazo para garantir melhor eficiências nos processos. 
Os fabricantes podem obter vantagem competitiva ao reduzir custo e elevar a qualidade, crescendo de forma sustentável em harmonia com meio ambiente” – completa Vitoratto.
O objetivo de grande parte das empresas é reduzir custos, em tempos de crise, essa situação é ainda mais evidente. A manutenção preventiva e planejada é uma aliada dos gestores nesse quesito. Por meio do gerenciamento das informações, é possível extrair todo o potencial de um sistema e traçar metas sobre dados realistas, e assim, garantir a eficiência dos resultados e o sucesso da companhia. 
 

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