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Por Curadoria Revista TAE
Edição Nº 64 - Dezembro de 2021/Janeiro de 2022 - Ano 11
Confira as novidades do mercado de Tratamento de Água e Efluentes
Em meio à crise hídrica, cresce adesão a serviços sustentáveis
Franquia WOW Carro brilhando em 3 minutos atingiu a marca de 200 mil lavagens de veículos, economizando mais de 50 milhões de litros de água.
Algumas expressões populares utilizadas para identificar, há alguns anos, as pessoas que tinham por premissa economizar, como “unha de fome” ou “mão de vaca”, estão finalmente mudando. Hoje o verbo “poupar” é sinônimo de disciplina focada em objetivos e autossuficiência, em relação ao nosso próprio futuro e do meio que estamos inseridos.
Em suma, o consumo consciente nunca esteve tão em alta. Mas, infelizmente, nem tudo são flores neste cenário e, em meio à maior crise hídrica da história do Brasil, nos deparamos com a notícia que quase metade do total de municípios, com rede de distribuição, sofre com a falta de água e o consumo de H2O está 30 litros acima da média mundial recomendada. Os dados são da pesquisa Nacional de Saneamento, de 2020.
Neste cenário, ganham destaque serviços sustentáveis que têm como matéria-prima a água, mas que encontraram maneiras inteligentes de utilizar este bem tão precioso. Como a WOW Carro brilhando em 3 minutos, uma franqueadora de carwash com tecnologia italiana que está transformando a forma de lavar veículos de modo rápido no Brasil.
E a ideia de economizar tempo, dinheiro e água tem dado tão certo, que a empresa – que atende em quatro unidades no Paraná – está vendo a procura pelo serviço crescer muito nos últimos meses, registrando a marca, neste mês, de 200 mil lavagens de veículos desde o início da operação, há cerca de três anos – ampliando seu faturamento em 400%.
Na prática, a empresa promove a “lavagem ecológica”, proporcionando uma economia de mais de 250 litros de água por lavagem. É importante destacar que uma lavagem de automóvel convencional utiliza mais de 300 litros de água, como aponta a World Wide Fund for Nature, organização internacional que atua nas áreas de conservação, investigação e recuperação ambiental. A quantidade ultrapassa o consumo diário de uma pessoa (aproximadamente, 110 litros de água para atender às necessidades de consumo e higiene, de acordo com a Organização das Nações Unidas).
Felipe Boell, CEO da franqueadora de carwash, garante que o sucesso da busca pelo serviço de lavagem em poucos minutos se dá por causa da economia em três vertentes: da água, dinheiro e tempo. “Consumir com consciência expressa sabedoria. Afinal, trata-se de uma decisão tomada, com atenção e zelo, daquilo que compramos e usamos no nosso cotidiano. Sem dúvida, a pessoa que adota essa prática tende a ser mais racional, afinal, são atitudes conscientes que evitam o desperdício.”
Com um método de lavagem e limpeza de veículos bem eficiente, e feita de forma automática, a premissa da WOW é manter o automóvel sempre limpo, higienizado e bem conservado. “Utilizamos tecnologias de primeiro mundo, sendo que o cliente nem precisa sair do carro. Seguimos o que intitulamos de lavagem 4.0, com quatro conceitos primordiais: sem deixar a chave, sem perder tempo, sem contato humano e sem sair do carro, ou seja, oferecemos a segurança, a economia e a agilidade que todos precisam numa época em que o tempo e a saúde são primordiais em nossas vidas”, afirma Boell.
Comparação - A WOW atingiu, neste mês, a marca de 200 mil lavagens de carros. Em um lavacar convencional, esse número levaria no mínimo 20 anos para ser atingido. Com mais pessoas conscientes da importância de se economizar água, a expectativa é que os números cresçam rapidamente.
Atualmente, a empresa está aberta a novos franqueados e oferece desde o maquinário e implementação do projeto até a consultoria financeira, de mercado, de marketing e gestão de pessoas.
“Damos uma consultoria vitalícia que pode transformar qualquer pessoa com força de vontade em um verdadeiro empresário”, diz Felipe Boell, que também é administrador do Grupo Petrosol, que possui 35 anos de mercado e que faturou mais de R$ 1 bilhão nos últimos seis anos.
Para os novos clientes, a WOW tem um clube que dá acesso a vantagens, entre elas, a primeira lavagem gratuita. Basta um simples cadastro no site https://carrolimpoem3minutos.com.br/ e pronto, a pessoa já pode se dirigir a uma das unidades da franqueadora.
Fonte solar atinge marca histórica de 12 gigawatts no Brasil, celebra ABSOLAR
Desde 2012, setor já atraiu mais de R$ 60,6 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 360 mil empregos acumulados no País
O Brasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 12 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, em usinas de grande porte e em sistemas de pequeno e médio portes instalados em telhados, fachadas e terrenos.
De acordo com a entidade, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 60,6 bilhões em novos investimentos, R$ 15,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 360 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 13,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o avanço da energia solar no País, via grandes usinas e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população.
“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, comenta.
“Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia solar, basta um dia de instalação para transformar uma residência ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível. Já para uma usina solar de grande porte, são menos de 18 meses desde o leilão até o início da geração de energia elétrica. Assim, a solar é reconhecidamente campeã na rapidez de novas usinas de geração”, acrescenta Sauaia.
O Brasil possui 4,5 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte, o equivalente a 2,4% da matriz elétrica do País. Desde 2012, as grandes usinas solares já trouxeram ao Brasil mais de R$ 23,5 bilhões em novos investimentos e mais de 135 mil empregos acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação de R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos.
Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins).
No segmento de geração própria de energia, são 7,5 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a mais de
R$ 37,1 bilhões em investimentos e R$ 9,4 bilhões em arrecadação acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento.
Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia solar, a fonte solar ocupa, agora, o quinto lugar na matriz elétrica brasileira. A fonte solar já ultrapassou a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e outros fósseis, que representam 9,2 GW da matriz elétrica brasileira.
Para o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, além de competitiva e acessível, a energia solar é rápida de instalar e ajuda a aliviar o bolso dos consumidores, reduzindo em até 90% seus gastos com energia elétrica. “Energia elétrica competitiva e limpa é fundamental para o País recuperar a sua economia e conseguir crescer. A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades, novos empregos, renda aos cidadãos”, conclui Koloszuk.
O número de usuários do transporte público está em 60% dos níveis anteriores à pandemia
Mobilidade urbana: meios de locomoção depois da pandemia
As cidades, assim como os organismos vivos, estão em constante movimento e transformação. Desde alguns anos atrás, principalmente nos grandes centros urbanos, a locomoção é um tema importante nas agendas públicas. Encontrar a melhor forma de gestão do trânsito, planejar e investir para promover melhorias na mobilidade urbana é sempre um desafio.
Muito se estimulou a utilização de veículos mais amigáveis com o meio ambiente, há uma grande inversão nas últimas décadas para promover o uso de bicicletas e de carros elétricos que ao reduzir a poluição sonora e a emissão de gás de efeito estufa trazem benefícios ao meio ambiente, se comparados com os tradicionais veículos movidos por combustíveis fósseis.
Também se estava promovendo muito o uso de meios de transporte coletivos, como ônibus e trens, e o uso compartilhado dos meios. Estímulos que tiveram muita adesão por parte dos usuários, principalmente com o surgimento dos aplicativos como Uber, 99 e outros. Com isto, não só se colabora com o meio ambiente, também promove menor congestionamento do trânsito nas grandes cidades.
Mas, com a chegada da Covid-19 algumas dessas iniciativas ficaram paralisadas. Muitos dos entusiastas com a ideia de compartilhar os meios de transportes tiveram que repensar a ideia diante da possibilidade de contágio da doença; as pessoas que podem evitar as aglomerações e o uso de transportes públicos, evitam.
Meios de transportes preferidos antes da pandemia
Antes da pandemia, o transporte público (ônibus, lotação, BRT, metrô, trem e VLT) era utilizado por 40% dos pesquisados pela CoE BRT+, este centro fez uma pesquisa coletando dados nas principais cidades de alguns países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru).
Segundo a pesquisa, o automóvel particular era a segunda maior opção e em menor medida outros meios de transporte, como a bicicleta ou os carros por aplicativos.
Para exemplificar, em 2019 a pesquisa “Viver em São Paulo: Mobilidade Urbana” indicava que:
• 47% dos paulistas usavam o transporte coletivo;
• seguido por 20% que preferia usar o veículo próprio e;
• 12% que preferia o metrô, 5% usava aplicativos de transporte e;
• apenas 2% a bicicleta.
A pouca adesão à bicicleta na cidade era justificado devido à falta de segurança, de sinalização e de ciclovias que facilitassem a circulação entre as diferentes zonas da cidade. Itens que devem ser considerados para o planejamento da mobilidade urbana no futuro.
Em relação a quem usava seu carro próprio para se locomover, 8 de cada 10 motoristas indicavam que, diante de melhorias e mudanças no sistema público de transporte, trocariam o carro pelo ônibus ou o trem sem problemas.
Como mudaram as preferências pelos meios de transporte com a pandemia?
Além de grande parte das atividades presenciais terem sido substituídas pelo Home Office para propiciar o distanciamento e cumprir com as medidas sanitárias tomadas, muitos motivados pelo medo ao contágio do vírus e preocupados com a higiene do transporte público, optaram pelo uso do carro próprio ou aplicativos e evitando o uso dos meios coletivos, como ônibus ou trem.
Entre março e outubro do ano passado, 50% das pessoas que precisavam se locomover para ir a seus trabalhos ou estudar passaram a dispensar dessa necessidade e ficar em casa, segundo a pesquisa feita pela CoE BRT+.
Essa redução na necessidade de locomoção impactou principalmente o sistema de transporte público, visto que ônibus, BRT, lotação, metrô, trem e VLT são os meios que maiores quedas registram, até os primeiros meses do ano apenas 15% estavam utilizando estes meios. São Paulo é a cidade que registrou a maior queda, de 59% de usuários desses meios antes da pandemia passou para apenas 8%.
De acordo com o Anuário do Ônibus e da Mobilidade Urbana 2021 da Confederação Nacional do Transporte (CNT) comparando 2020 com o ano 2019, 2,94 bilhões de passageiros pararam de usar ônibus. Destacamos que os dados surgem de apenas 17 cidades e áreas metropolitanas no país.
Na mesma pesquisa da CoE BRT+ também foi verificada uma queda na frequência de uso, em todas as cidades que participaram supera 50%, mas o destaque também foi para São Paulo, onde a redução da frequência ficou acima de 80%.
Enquanto muitos deixavam de usar o transporte público porque não precisavam sair de casa, outros preferiram usar a bicicleta e quem possuía, o carro próprio. Também se manteve e em algumas cidades aumentou o uso de aplicativos de transporte, considerados mais seguros devido à higiene e por não estar tão exposto ao contágio durante a viagem.
Além das preferências dos usuários: impacto econômico no sistema de transporte público
Não é pela pandemia que o sistema de transporte público tem problemas. Desde 1995 a queda na demanda deste serviço vem aumentando, de acordo com a NTU, entre esse ano e 2019 a demanda tinha caído 45%. Se somarmos os efeitos da pandemia a situação econômica para as empresas fica bastante complicada.
Como consequência da situação, 18 empresas e 3 consórcios decretaram falência desde abril de 2020 até fevereiro deste ano, segundo a FGV CERI. Lembrando que a rede de transporte públicos é financiada pelas passagens que os cidadãos pagam. Exceto nos casos de Brasília e São Paulo, que são cidades que contam com o apoio do estado.
Entre os meses de abril e outubro do ano passado, o transporte coletivo registrou uma queda da metade dos passageiros em comparação com 2019. Apesar da recuperação, atualmente o número de usuários do transporte público está em 60% dos níveis anteriores à pandemia, essa queda tão grande na demanda gerou uma perda de mais de R$16 bilhões às empresas, contabilizando desde março de 2020 até o passado mês de julho, segundo informações da Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
O impacto das medidas tomadas durante a pandemia não fica por aí, as montadoras e indústrias relacionadas à fabricação de veículos de diferentes tipos têm sofrido paralisações e complicações para se financiar e enfrentar os custos e ao final, tudo isso impacta negativamente no bolso dos funcionários.
Ainda estamos vendo os impactos gerados pela pandemia, não há nada fixo, mas todos estamos tentando encontrar um novo ponto de equilíbrio. No que se refere aos meios de transporte, é possível identificar a tendência no aumento do uso das bicicletas e também o uso dos carros por aplicativos em detrimento do transporte público. Somente a partir do entendimento dos novos hábitos e padrões que se estão gerando será possível planejar a mobilidade urbana de forma eficaz.
Fonte: Editora Contadora Melisa Murialdo / Relatório OMT