Museu Água: o legado da AESabesp para São Paulo e o saneamento
Por Carla Legner
Edição Nº 64 - Dezembro de 2021/Janeiro de 2022 - Ano 11
Não é de hoje que escutamos falar sobre as mudanças climáticas, aquecimento global, efeito estufa e todos os eventos que envolvem esses fenômenos. O fato é que, as enchentes, o calor extremo e até crise de escassez hídrica são sinais claros
Não é de hoje que escutamos falar sobre as mudanças climáticas, aquecimento global, efeito estufa e todos os eventos que envolvem esses fenômenos. O fato é que, as enchentes, o calor extremo e até crise de escassez hídrica são sinais claros que o planeta está em estado de alerta. E não podemos esquecer dos impactos devastadores da pandemia de Covid-19.
Tudo isso traz a necessidade de aumentar a conscientização mundial sobre a importância de preservamos o meio ambiente e os recursos naturais. A educação é uma ferramenta fundamental nesse processo, ou seja, é muito importante falar diretamente com a sociedade, por meio da educação, da cultura e da arte.
E é nesse contexto que a AESAbesp - Associação dos Engenheiros da Sabesp criou a ideia do Museu da Água. “A associação tem uma forte vertente técnica com o fomento do desenvolvimento do setor, compartilhando conhecimento no Encontro Técnico e aproximando as tecnologias disponíveis nos Momentos de Tecnologia e na FENASAN. Por isso, no início da minha gestão me foi lançado um desafio de criar um projeto cultural que tivesse a mesma envergadura da FENASAN, e o desafio foi aceito” – conta Viviana Borges, presidente da AESAbesp.
O objetivo principal é promover ações pelo bem-estar, saúde e a preservação do meio ambiente. Segundo Viviana, o Museu Água quer mostrar para as pessoas como é importante e o quanto elas são afetadas pela água que está nas chuvas, nos esgotos, no organismo e, principalmente, a sua interação com a natureza.
Nesse sentido, o projeto vai contemplar um espaço interativo, com atividades para todas as idades, com exposições permanentes e temporárias, e mostras itinerantes pelas diversas regiões e outras cidades. “A AESabesp quer oferecer para São Paulo um lugar de experiências para o conhecimento das diversas formas da água, seus usos, sua interação com a natureza e sua importância para a população” – ressalta Viviana.
Ela destaca também que o Museu pretende estimular o interesse das pessoas pela história do saneamento, a criatividade e o envolvimento da sociedade para a preservação e uso racional da água, sem falar no fomento e apoio à pesquisas e estudos ligados à ciência, tecnologia e inovação, bem como de valorização do setor.
Com isso, a ideia é cultivar a preservação e a difusão cultural do saneamento ambiental, mostrando a tecnologia que há por trás da água da torneira, a evolução tecnológica para conscientização acerca do desenvolvimento e da importância do saneamento ambiental, articulando pesquisa, preservação e comunicação do patrimônio, além de promover a integração social e a cidadania.
“Precisamos fazer crescer a abrangência do saneamento e para isso conscientizar as pessoas, não somente falar entre nós técnicos. São Paulo tem uma vocação cultural que serve todo o país e visitantes de outros países, por isso nada melhor do que criar um espaço interativo integrado ao circuito cultural da cidade” – complementa Viviana.
O endereço já está definido, será um polo socioambiental e cultural na região do Parque do Ibirapuera, integrando-se ao Museu de Arte Contemporânea (MAC) e ao Instituto Biológico. Será construído numa área operacional que pertence a Sabesp - Centro de Reservação e Estação Elevatória de Água Tratada França Pinto.
O local possui uma bela área verde onde será possível aproveitar a praça de integração entre os três espaços culturais - MAC, Museu Água e o Instituto Biológico - a fim de ressaltar a preservação do passado e as instalações operacionais atuais com um olhar para o futuro. Para Viviana, será uma oportunidade de lazer e reflexão sobre a preservação dos recursos naturais tão preciosos para a vida.