Poluentes atmosféricos são gases e partículas sólidas (poeiras, pós e fumos) provenientes das atividades humanas e de fenômenos naturais dispersos no ar atmosférico, resultando em efeitos prejudiciais à saúde humana, danos nos recursos vivos e nos ecossistemas, assim como nos bens materiais, além de prejudicar os valores estéticos e outras utilizações do ambiente.
Classificam-se nessa categoria os gases e partículas expelidos por veículos e indústrias, e também aqueles oriundos da degradação da matéria orgânica, vulcanismos e outros fenômenos naturais. Incluem-se ainda nesta lista as substâncias formadas pela reação de certos poluentes com a radiação advinda do sol.
O nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de substâncias poluentes presentes no ar. Devido a sua grande variedade é difícil a tarefa de estabelecer uma classificação, mas de acordo com Carlos Scarton, Application Professional – Lab Weighting | Lab Water | Liquid Handling, da Sartorius do Brasil, esses poluentes são geralmente denominados como primários ou secundários. 
No primeiro caso, são os contaminantes diretamente emitidos pelas fontes para o ambiente, como os gases dos automóveis: monóxido de carbono, fuligem, óxidos de nitrogênio, óxidos de enxofre, hidrocarbonetos, aldeídos e outros.
Já os Poluentes secundários resultam de reações dos poluentes primários com substâncias presentes na camada baixa da atmosfera e frações da radiação solar, como, por exemplo, a decomposição de óxidos de nitrogênio pela radiação ultravioleta oriunda do sol na formação de ozônio e nitratos de peroxiacetila.
Essa denominação é com base em estudos feitos por entidades e institutos internacionais como American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH®), pela International Organization for Standardization (ISO) e pelo Comité Européen de Normalisation (CEN), assim como no Brasil a Fundacentro. Todos demonstram que materiais particulados suspensos no ar, provenientes de vários processos ou condições de trabalho, representam sério risco à saúde de trabalhadores e a população em geral, quando se apresentam em concentrações elevadas em ambientes sem controle.
“Além disso, são intitulados dessa forma para distinguir a ação humana direta da indireta. 
Os primários são os contaminantes diretamente emitidos no ambiente, como no caso dos gases dos automóveis, e os secundários resultam de reações dos poluentes primários na atmosfera” – complementa Ricardo Marks, executivo de contas LS&E da MANN+HUMMEL.

Riscos à saúde 
É evidente que, com tantos poluentes e contaminantes, esse material particulado oferece diversos riscos e perigos para o meio ambiente e para a saúde humana, cujo grau de incidência e de periculosidade depende do nível de poluição, assim como dos poluentes envolvidos. 
Os problemas com maior expressão são ao nível do sistema respiratório e cardiovascular. 
Estudos recentes mostram que crianças sujeitas a níveis elevados de poluição atmosférica têm maior prevalência de sintomas respiratórios e sofrem uma diminuição da capacidade pulmonar. “Além disso, a exposição por tempo prolongado pode provocar doenças respiratórias graves e dependendo das complicações e do tipo de contaminação até a morte” – enfatiza Scarton. 
Os impactos ao nível do meio ambiente podem ser a uma escala local, regional ou global, dependendo do tipo de poluição e das características ambientais. Entre eles podemos destacar: aquecimento (efeito estufa) e escurecimento global, chuvas ácidas e redução da camada de ozônio. 
Para evitar e minimizar esses riscos é realizada a Microfiltração. De maneira geral, trata-se de um processo onde as pressões aplicadas são consideradas baixas (10-100 psig) e é utilizada para a separação de materiais em suspensão, colóides, vírus e bactérias. 
A microfiltração retém sólidos suspensos com partículas grandes, deixando passar sólidos suspensos com partículas muito pequenas e material dissolvido. 
Por causa da tecnologia de aspiração e filtração é possível retirar uma grande quantidade de poluentes. A essência dessa tecnologia é um filtro combinado que contém uma camada altamente eficaz para partículas e camadas de carvão ativado que adsorve compostos voláteis, como os nitratos. Através de sua superfície, essa mídia extremamente porosa é muito eficiente na absorção desses itens.
Marks explica que o processo consiste no uso de um ventilador que aspira o ar a um volume pré-determinado. Esse ar poluído passa através do filtro combinado, que retém partículas e compostos voláteis e recircula o ar purificado. O processo se repete inúmeras vezes e colabora para uma melhora significativa na qualidade do ar no entorno do equipamento. 
“Quando comparamos, a filtração pode se dar apenas nas etapas mais preliminares e ser eficiente com partículas mais pesadas. Entretanto, altas concentrações de partículas com diâmetro menor que 2,5 micra (PM2.5) são reconhecidas como mais nocivas à saúde humana e, por isso, a microfiltração é mais indicada para o controle de poluição” - destaca o executivo da MANN+HUMMEL. Como resultado temos a melhoria significativa na qualidade do ar ambiente e, por consequência, nos índices de saúde da população do entorno.

Novas tecnologias e mercado em crescimento
Segundo Marks, devido às mudanças climáticas, o mercado ligado a esse setor está em grande crescimento e em busca de novas tecnologias. Ele destaca que as principais novidades remetem a equipamentos para neutralização de gás carbônico na atmosfera, visando o controle do aquecimento global.
Nesse contexto, a Sartorius possui micro e ultra micro balanças que são utilizadas para a aplicação de medidas de massa em membranas filtrantes utilizadas nos testes de medição de aerodispersóides e de emissão de poluentes de motores. As balanças possuem precisão de 0,0000001g e 0,000001g atendendo plenamente aos requisitos das Normas Nacionais e Internacionais.
“Além disso, possuem aplicativo que auxilia no armazenamento dos dados de pesagem e automaticamente calcula resultados e elabora um relatório padronizado, possibilita também o envio de dados para planilhas pré-existentes para o armazenamento das informações. Disponibiliza também acessórios para eliminação de carga estática que normalmente são encontrados neste tipo de ensaios” – destaca Scarton.

Tratamento de água e efluentes
A Microfiltração pode ser utilizada em diversos setores, sendo também bastante proeminente no tratamento de águas e efluentes. O processo remove sólidos em suspensão, bactérias e absorve também parte dos contaminantes virais da água a ser tratada, reduzindo a quantidade de poluentes, vírus, bactérias e material orgânico.
A utilização é feita por meio físico de separação em oposição a uma alternativa química. Nesse sentido, tanto a filtração como a desinfecção ocorrem numa única etapa. No tratamento de efluentes, por sua vez, são utilizadas para remover a turbidez, mas também para fornecer tratamento para desinfecção. 
O processo é realizado por Membranas - barreiras feitas com alta tecnologia com poros entre 0,1 a 10µm. Elas permitem a passagem seletiva de materiais de acordo com seu tamanho, formato e características. Além disso, possuem várias configurações e são selecionadas de acordo com as necessidades especificas de cada aplicação. O tamanho dos poros é importante porque determina o tamanho das partículas e microrganismos que podem atravessar a barreira.
O sistema de microfiltração é desenhado para remoção e retenção de todas as partículas maiores que o tamanho controlado do poro da superfície da membrana entre 0,05 e 0,3µm. As membranas utilizadas são porosas, com diâmetro variando de 0,05 até 
3 mm, e os sistemas operam com pressões variando de 0,3 a 1,7 bar. 
Processos baseados em membranas de Microfiltração são considerados como uma boa solução, justamente por serem processos de baixo consumo energético e que proporcionam um tratamento eficiente. 

Contato das empresas
Mann+Hummel: www.mann-hummel.com
Sartorius: www.sartorius.com