Quanto mais atividades e pessoas no mundo, mais precisa decompor e reciclar resíduos

Essa equação é de difícil resolução? Parece que sim, devido à complexidade e condições multifatoriais, mas devagarinho o ser humano consegue equacioná-la. Quando formos olhar 50 anos atrás, por exemplo, o passado, vemos hoje e olharmos para o futuro


Quanto mais atividades e pessoas no mundo, mais precisa decompor e reciclar resíduos

Essa equação é de difícil resolução? Parece que sim, devido à complexidade e condições multifatoriais, mas devagarinho o ser humano consegue equacioná-la. Quando formos olhar 50 anos atrás, por exemplo, o passado, vemos hoje e olharmos para o futuro, notaremos que foi evoluindo. A equação está sendo solucionada. Os resíduos sólidos aumentaram de modo acelerado devido às intensas atividades industriais urbanas e à população mundial ter dobrado no século 20. Esse crescimento trouxe desequilíbrio, afetando as condições de vida do ser humano e do meio ambiente. 
As mudanças atuais contribuem para a melhoria da gestão de resíduos e a redução dos impactos negativos. “No entanto, ainda há muito a ser feito sobre a conscientização da sociedade e adoção de práticas mais sustentáveis pelas empresas – aponta Gelma Gonçalves dos Reis, diretor técnico da Ética Ambiental.
A gestão adequada e responsável de resíduos deve ser feita por meio de coleta, transporte, tratamento e destinação final. “A população e as empresas devem estar conscientes sobre diminuir a geração de resíduos, reutilizar e reciclar materiais a fim de minimizar os impactos negativos da decomposição de resíduos” – menciona Gelma Gonçalves dos Reis.
A decomposição dos resíduos representa hoje diversos perigos que causam uma série de problemas ambientais e de saúde humana:
Poluição do ar: o descarte e a decomposição incorretos de resíduos orgânicos emitem gases tóxicos, como dióxido de carbono, metano e amônia, que poluem o ar, afetando a saúde respiratória, e acentuam o aquecimento global e o efeito estufa.
Contaminação do solo: a decomposição de resíduos lança substâncias tóxicas no solo, como metais pesados e produtos químicos nocivos, que contaminam alimentos e prejudicam quem os consomem.
Contaminação da água: a decomposição de resíduos libera substâncias tóxicas que contaminam águas subterrâneas e superficiais, por metais ou toxinas, tornando essas fontes impróprias para consumo e uso de pessoas, animais e vegetais.
Propagação de doenças: a decomposição irregular de resíduos orgânicos atrai e aumenta vetores de doenças, como moscas, mosquitos, baratas e ratos, que transmitem doenças.
Acidentes ambientais: o acúmulo de resíduos em decomposição em lixões e aterros geram gases inflamáveis que podem causar incêndios.
Fontes: Ética Ambinental e Ambsolution.

Geração e descarte
Quanto maior a renda, maior o consumo e maior a produção de resíduos sólidos. Calcula-se que:
• O Brasil produz 230 mil toneladas/dia de resíduos sólidos urbanos;
• A coleta pública da cidade de São Paulo chega a 12 mil toneladas/dia. 
Dos resíduos sólidos domiciliares, estimativas mostram que:
• O brasileiro produz 0,5 kg/dia; 
• Cada habitante da cidade de São Paulo, 1,2 kg/dia.
Três modelos de disposição dos resíduos: 
• Lixões;
• Aterros controlados;
• Aterros sanitários.
Fonte: Prolab.
Os lixões são áreas para descarte onde os resíduos são lançados no solo, sem grandes planejamentos e cuidados nem qualquer medida protetiva. “Esse modelo atrai um sem-número de vetores e problemas aos que vivem no entorno, além de odores e contaminação do solo e da água” – alerta Antonio Siqueira, diretor técnico e comercial da Prolab Ambiental. 
Os aterros controlados são uma versão melhorada dos lixões. “Mas os aterros controlados têm limitações comparados aos aterros sanitários, que possuem boas condições protetivas ao meio ambiente e às pessoas que trabalham ou vivem no local. Uma boa alternativa econômica para os municípios quando sua implementação ocorre consorciada” – analisa Siqueira.

Resíduos em %
• 45,30% são resíduos orgânicos: sobras e perdas de alimentos, resíduos verdes e madeiras, principais componentes dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). 
• 33,60% de resíduos recicláveis secos:
• Plásticos (16,8%); 
• Papel/papelão (10,40%); 
• Vidros (2,70%);
• Metais (2,30%); 
• Embalagens multicamadas (1,40%); 
• 21,10% demais resíduos.
Fonte: Prolab.

Decomposição
O material orgânico é enviado aos lixões, aterros controlados ou aterros sanitários. Ao serem dispostos, entram em decomposição aeróbica e, depois, anaeróbica, a qual produz gases, como metano e dióxido de carbono, e o chorume, alta poluidor, quando penetra o solo e atinge a água. O chorume é o líquido diluído pelas águas das chuvas que percola do material em decomposição. 
Revestimentos de argila impermeável ou materiais sintéticos impedem a contaminação em locais de disposição mais adequados. Segundo o diretor da Prolab, esses revestimentos não diminuem o chorume, mas sua captação para posterior tratamento. Em adição à proteção e captação, é preciso instalar poços que monitoram ao redor do aterro para detectar contaminações do solo e água.
Locais de disposição menos criteriosos recebem os resíduos domiciliares e da indústria, comércio e prestação de serviços perigosos. Além do chorume, há a adição da lixiviação dos resíduos perigosos. “O que agrava a problemática é a crescente geração de resíduos devido aos hábitos de consumo e aumento da população” – pontua Siqueira.

Diferentes perigos   
Paralelo 
Passado - Presente - Futuro - Tendências

Os perigos da decomposição de resíduos evoluíram ao longo do tempo com o aumento da população e da atividade industrial. Veja a seguir um paralelo entre os perigos do passado, presente, futuro e tendências:
Passado: Sobre os perigos do lixo há 50 anos, a decomposição de resíduos era algo muito menos preocupante. No passado, o principal problema era a contaminação do solo e da água. Não havia consciência ambiental sobre os problemas que o lixo poderia causar. 
A gestão de resíduos era rudimentar, com a simples deposição dos resíduos em terrenos baldios e rios. Como o poder aquisitivo era muito menor, a geração de resíduos refletia o cenário econômico da época. 
Presente: A industrialização e o crescimento populacional aumentaram a quantidade de resíduos. Mais atenção passou a ser dada aos problemas da decomposição inadequada. Buscou-se desenvolver métodos mais eficazes para gerenciá-los. 
Hoje, os perigos da decomposição de resíduos se tornaram mais complexos e abrangentes. Além da contaminação do solo e da água, novos problemas surgiram, como a poluição do ar e a transmissão de doenças. 
Na gestão de resíduos, é preciso coletar, transportar, tratar e destinar os resíduos de forma adequada. Atualmente, a maioria dos países já possui leis cujo objetivo é avaliar as melhores formas de destinar resíduos da reciclagem, reutilização, decomposição, coprocessamento e outros. 
Futuro: No futuro, é provável que os perigos da decomposição de resíduos se tornem ainda mais desafiadores à medida que a população global cresça e a atividade industrial se expanda.
Diante de condições multifatoriais, os perigos sempre existem e em aceleração devido à crescente geração de resíduos por pessoa e ao aumento populacional, equação de difícil resolução. 
São esperadas cada vez mais tecnologias com soluções mais precisas para gerenciar resíduos, incluindo para destinação, como a Economia Circular, que diminui a dependência de matéria-prima virgem, priorizando insumos recicláveis e renováveis.     
Tendências: Tendências que podem influenciar a gestão de resíduos no futuro:
• Aumento de resíduos eletrônicos e plásticos; 
• Uso crescente de tecnologias digitais;
• Adaptação de processos às mudanças climáticas;
• Busca por soluções mais sustentáveis e inovadoras.
Fontes: Ética Ambiental, Prolab e Ambsolution.
As diferenças estão nas peculiaridades e nas variáveis de cada época conforme quadro abaixo:

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Mudanças
Com as novas leis ambientais, a competitividade no setor e a crescente preocupação com o meio ambiente, a gestão de resíduos passa por mudanças significativas:
• Com a pressão da sociedade e autoridades regulatórias, empresas investem em tecnologias mais avançadas para tratar e destinar os resíduos de modo mais seguro e sustentável;
• Empresas buscam melhorias na coleta e transporte de resíduos, visando reduzir impactos negativos na Saúde Pública e no meio ambiente. Adoção de rotas mais eficientes, uso de veículos mais sustentáveis e rastreamento e controle são algumas das medidas;
• Maior conscientização da sociedade pressiona empresas a práticas mais sustentáveis. O engajamento da sociedade em coleta seletiva, reciclagem e educação ambiental reduz resíduos e melhora o meio ambiente;
• A fiscalização e o monitoramento da gestão de resíduos se tornam mais rigorosos e eficientes. Empresas estão sujeitas a penalidades mais severas se descumprirem normas, levando-as a investir em conformidade regulatória.
Fonte: Ética Ambiental.

Muitos resíduos
O grande problema está na crescente quantidade de resíduos, no desperdício e embalagens plásticas e de vidro – principalmente, mas não só – que seguem para disposição final em lixões, aterros controlados e sanitários. “Se, por um lado, aumentam materiais orgânicos aterrados, com mais degradação e seus resultados, por outro lado, esses locais estão preenchidos com material sem precedentes nem decomposição apropriada, o que reduz a vida útil desses locais de disposição” – afirma o diretor da Prolab. 
A questão é reduzir a geração de resíduos quaisquer que sejam. A legislação ambiental estabeleceu a logística reversa para evitar o aterro para esses e outros resíduos (embalagens) e sua reintrodução no ciclo produtivo. “A logística reversa, um dos instrumentos da PNRS, está em implantação e crescimento de suas metas, mas o impacto positivo levará tempo” – avalia Siqueira.
Para Siqueira, há falta de critérios da indústria ao lançar suas embalagens, levando em conta apenas o consumo e esquecendo-se do seu resultado. “As embalagens de vidro de único uso para bebidas são enviadas aos aterros pelo baixo valor de comercialização como reciclável, apesar de sua maravilhosa reciclabilidade e dos danos para extração sílica” – adverte. ”Também as minúsculas garrafas plásticas de 200 ml para bebida precisam de quantidade de energia e matérias-primas desproporcionais ao seu conteúdo” – alerta Siqueira. 

Logística reversa
Outra mudança foi a diferença na forma como a decomposição de resíduos ocorre. “Primeiro, foi dada maior atenção para técnicas mais sustentáveis de decomposição, como a compostagem e a digestão anaeróbica. A compostagem recicla material orgânico, transformando lixo em adubo, benéfica por evitar acúmulo de matéria orgânica em aterro, reduzindo emissão de gases poluentes” – destaca Bruno Fontes, gerente comercial da Ambsolution Engenharia Ambiental. 
Na digestão anaeróbica, microrganismos degradam a matéria orgânica na ausência de gás oxigênio, gerando biogás, que é capturado, queimado e, por fim, usado na produção energética. Os resíduos depositados em aterros também emitem o biogás, só que, por não ser capturado, sobe para a atmosfera, agravando o efeito estufa.
A principal lei visando à mudança na forma de descarte dos resíduos foi a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – Lei Federal n° 12.305 de 2 de agosto de 2010, que objetiva a redução, a reutilização e a reciclagem dos resíduos. “Esta lei trouxe maior cuidado das empresas diante de ações sustentáveis, o que deu início à logística reversa, que coleta e restitui resíduos da produção para reaproveitar como insumos e matéria-prima em novo processo” – ilustra Fontes.

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Reciclagem
Segundo o Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (Nima), da PUC-Rio*, a Alemanha hoje é o país-referência em reciclagem no mundo. “Lá, as cidades coletam e tratam os resíduos orgânicos e as empresas privadas coletam e tratam os recicláveis. A cultura de reciclagem dos alemães é muito desenvolvida. A lei de reciclagem alemã, implementada em 1972, demonstra o pioneirismo do país em relação ao restante do mundo” – cita Márcio Benedicto, CEO da Ambsolution Engenharia Ambiental.
* Fonte: www.nima.puc-rio.br/2020/05/25/reciclagem-no-mundo

Antes e Depois da reciclagem no Brasil e no mundo
Antes -
Antes da reciclagem de resíduos ser conhecida, o cenário era de muito lixo e pouco aproveitava-se dos materiais recicláveis do lixo. O descarte de resíduos era feito em ferros-velhos, sucata metálica e lixões. 
O acúmulo inadequado dos resíduos gerava uma série de prejuízos ambientais, como poluições e perda de materiais que poderiam ser reutilizados. Os aterros sanitários ocupavam grandes áreas e causavam significativos impactos ao meio ambiente, além da emissão de gases de efeito estufa.
Depois - Com a reciclagem de resíduos, nos últimos anos, o quadro mudou tanto no Brasil quanto no mundo. 
A reciclagem reduz o volume de resíduos destinados aos aterros sanitários e preserva recursos naturais, reaproveitando materiais que seriam descartados. 
A reciclagem também melhora a qualidade de vida das pessoas e conserva o meio ambiente. Embora haja muito a ser feito para ampliá-la e torná-la mais eficiente e acessível a todos.
Após a PNRS, de 2010, esse cenário vem mudando: 
• Desde a Educação Básica, as crianças aprendem na escola sobre descarte correto de cada tipo de material;
• Até campanhas públicas de conscientização da população. No Brasil, cresceram as cooperativas e a valorização de materiais, consolidando a reciclagem.   
No Brasil - No Brasil, a reciclagem ainda enfrenta desafios, como a falta de infraestrutura  e de conscientização da população. Entretanto, houve avanços importantes, como a coleta seletiva em várias cidades, a criação de cooperativas de reciclagem e a adoção de tecnologias mais avançadas de reciclagem.    
No mundo - No mundo, a reciclagem é incentivada por diversos países e organizações para mitigar os impactos ambientais do consumo excessivo e reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
Algumas cidades e países implementam políticas de reciclagem obrigatória e criam incentivos para a indústria recicladora.
Fontes: Ética Ambiental e Ambsolution.

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Mineração reversa
Na opinião de Siqueira, o quadro O Grito, de Van Gogh, retrata esta realidade. “Assistimos ao aumento da falácia da existência da reciclagem ou da logística reversa, que cria minoria de pessoas/empresas que se beneficiam. E grande massa de pessoas que gravitam ao redor para ganhar algo para sobrevivência, tornando-se uma ‘uberização’ da reciclagem/logística reversa” – define indignado.
As condições existentes para a segregação. “Tratam catadores e cooperados como sub-humanos, considerando as condições insalubres e remuneração, incluindo a catação nos lixões nos locais mais pobres; as ‘periferias existenciais’ apontadas pelo Papa Francisco na sua Carta Encíclica Laudato Si’” – relaciona o diretor da Prolab Ambiental. Na Carta, o Papa critica o consumismo e o desenvolvimento irresponsável e apela para unificar ações globais no combate à degradação ambiental.
Além de segregar, muitas pessoas pelo mundo sobrevivem de extrair metais de eletrônicos nas piores condições. “Há mais de 1 bilhão de pessoas sem o mínimo para comer ou água de qualidade para beber. O consumo e o desperdício são desproporcionais e inadequados. No final das contas, para atender às metas de logística reversa e recuperar  matérias-primas, seremos obrigados a fazer a mineração reversa nos locais de disposição dos resíduos” – enfatiza Siqueira.

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Boas práticas
Existem diversos métodos e técnicas que facilitam e agilizam a decomposição de resíduos. Alguns dos mais comuns são:
Compostagem: resíduos orgânicos decompostos por microrganismos em ambiente controlado, produzindo composto rico em nutrientes usado como fertilizante.
Biodigestão: microrganismos decompõem resíduos orgânicos em ambiente anaeróbico, gerando biogás – mistura de metano e dióxido de carbono – utilizado como fonte de energia.
Pirólise: usa calor para decompor resíduos em ambiente sem oxigênio, produzindo bio-óleo, gás e carvão vegetal.
Reciclagem mecânica: separação e trituração de resíduos, seguida do uso de peneiras, imãs e correntes de ar para separar diferentes materiais que serão transformados em novos produtos.
Fonte: Ética Ambiental.
A tecnologia digital auxilia na gestão dos resíduos e otimiza os processos de reciclagem com coleta mais eficiente, rastreamento de resíduos e identificação de oportunidades de reciclagem. “Empresas usam sensores e dispositivos de Internet das Coisas (IoT) que monitoram o volume e a composição dos resíduos em tempo real, facilitando a tomada de decisões” – ressalta Reis.
A Ética Ambiental, que atua em gestão ambiental, contribui de diversas formas na gestão de resíduos. “Trabalhamos na elaboração de planos de gerenciamento de resíduos para o cliente, com orientações sobre como coletar, armazenar, transportar e destinar correto os resíduos” – explica Reis.
Identificar oportunidades de reciclagem reduz o volume de resíduos nos aterros sanitários e preserva o meio ambiente. Em treinamento e capacitação, a Ética Ambiental ensina sobre boas práticas de gestão de resíduos, segurança e saúde ocupacional. Além da implementação de tecnologias que facilitem e agilizem a decomposição dos resíduos, como compostagem, biodigestão, monitoramento e controle, garantindo destinação de resíduos correta de acordo com as normas ambientais.
Para Siqueira, da Prolab, mais que agilizar a decomposição, seria tomar duas providências: “Primeiro, diminuir a quantidade de resíduos para degeneração com o objetivo de melhorar as condições ambientais. Depois, reduzir de forma drástica o aterramento de resíduos com baixa degradabilidade, visto que a própria condição ambiente fará sua parte no processo sem grandes interferências humanas” – avalia. 
A interferência humana acelera o processo, como triturar as madeiras, podar árvores e recircular o chorume no local de acumulação dos resíduos. “O cálculo adequado das dimensões das células de recebimento e a velocidade e a forma de cobertura influenciam muito na degradação dos resíduos. A tecnologia melhora o controle e a manutenção dos aterros e aperfeiçoa os estudos para melhores práticas de gerenciamento dos resíduos” – exemplifica Siqueira. 

Classificação
Hoje em dia a correta separação e o adequado armazenamento facilitam e agilizam a decomposição de resíduos. “Quanto mais os resíduos estiverem segregados, mais fácil fica sua disposição de acordo com sua classificação” – esclarece Márcio Benedicto, da Ambsolution. 

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As tecnologias de tratamento zero waste (aterro zero) são aplicadas conforme a classificação de cada resíduo: 
• Fazem parte do Lixo Orgânico comidas, cascas de frutas e restos de alimentos industrializados enviados à compostagem, que transforma a matéria orgânica em adubos através de fungos e bactérias, ou para digestão anaeróbica, que utiliza microrganismos que degradam a matéria orgânica na ausência do gás oxigênio, gerando biogás;
• Os Resíduos Recicláveis, como papel, papelão e plástico, são separados em cooperativas e enviados às empresas que os transformam em matéria-prima, retornando-os para a indústria e reaproveitando-os na cadeia produtiva;
• Hoje, a tecnologia mais usada para destinar Resíduos Industriais Perigosos é a blendagem para coprocessamento. Nela, o resíduo é usado como combustível em processos produtivos;
• Para Resíduos Infectantes, chamados Resíduos de Saúde, é obrigatória a incineração, que destrói microrganismos que causam doenças e minimiza o volume de resíduos.
Fonte: Ambsolution.

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Plataforma
Existem plataformas digitais que conectam geradores de resíduos a recicladores e facilitam a negociação e a venda dos materiais recicláveis. Plataformas digitais rastreiam os resíduos em nível nacional pela emissão de Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR), das quais o gerador, o transportador e o destinador final fazem parte. O destinador é obrigado a registrar na plataforma digital que recebeu os resíduos e emitir o certificado de destinação final. 


Contato das empresas
Ambsolution:
www.ambsolution.com.br
Ética Ambiental: www.etica-ambiental.com.br 
Prolab Ambiental: www.prolab.eco.br

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