Saneamento básico e a prevenção da dengue
O Brasil registrou um recorde de casos de dengue em 18 de março de 2024, com 1.889.206 casos prováveis da doença, o maior número desde o início da série histórica em 2000. Este aumento significativo supera os 1.688.688 casos prováveis em 2015. Até o momento da apuração, 561 mortes haviam sido confirmadas desde janeiro pelo Ministério da Saúde e 1.020 seguiam em investigação.
O saneamento básico desempenha um papel crucial na prevenção da dengue. A maneira mais eficiente de controle da doença é limitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que ocorre em locais com água parada, e a falta de infraestrutura adequada de saneamento pode levar ao acúmulo de água, criando o ambiente perfeito para o mosquito vetor da dengue.
A coleta regular de lixo é um aspecto importante do saneamento básico. Resíduos descartados de maneira inadequada podem acumular água da chuva, servindo como criadouros para os mosquitos. Além disso, o lixo pode bloquear os sistemas de drenagem, levando a mais água parada. O fornecimento de água potável também desempenha um papel importante, pois na ausência de água encanada, as pessoas podem armazenar água em casa, o que pode se tornar um ambiente propício aos mosquitos se não for armazenada corretamente.
A educação em saúde é um componente essencial do saneamento básico. Informar as comunidades sobre os riscos da dengue e como preveni-la pode incentivar práticas de saneamento como o descarte adequado do lixo e o armazenamento seguro da água.
Em conclusão, a situação no Brasil requer ações imediatas para controle e prevenção, e os investimentos e ações ligadas ao saneamento básico são essenciais nesse combate, resultando numa estratégia contínua de prevenção altamente eficaz, que aborda a questão na raiz e, assim, interrompe o ciclo de transmissão da doença. Portanto, é fundamental que todos os setores da sociedade, incluindo o governo, profissionais de saúde e a população em geral, trabalhem juntos para melhorar o saneamento e, assim, prevenir a propagação da dengue.
Nas matérias desta edição, trazemos como matéria de capa, os objetivos do desenvolvimento sustentável; água tratada no meio rural; cooperativas agropecuárias; desafios e soluções na gestão de efluentes industriais; efluentes são as novas fontes de água para o planeta e muito mais. Boa leitura e até a próxima edição!

Rogéria Sene Cortese Moura
Editora
 

Conselho Editorial:
Adriano de Paula Bonazio; André Luis Moura; Alex Alencar; Edgar Mascarenhas; Eric Rothberg; Fábio Campos; Gabriel Formagio Cortez; Jeffrey John Hanson; João Moura; João Carlos Mucciacito; José Alexandre Marques; Laíssa Cortez Moura; Lucas Cortese Moura; Marco Antônio Simon; Marcos Dantas de Oliveira; Patrick Galvin; Paul Gaston; Paulo Nascimento; Paulo Roberto Antunes; Robert Scarlett; Rogério Jardini; Tarcísio Costa e Valdir Montagnoli.
 

Colaboraram nessa edição:
André Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Filtration); Adriano de Paula Bonazio e Marco Antônio Simon (Abrafiltros); Lucas Cortese Moura (Iteb); Sidney Nakanishi (Clarifil); Octavio Brasil (CAS Tecnologia); Fernando Silva (PWTech); André Sabará (Grupo Sabará); Viviane Fernandes (Carioca Engenharia); Tarciso Matos (Veracel); Ricardo F Oliani (Abraps); Bert Kempeneers (MANN+HUMMEL); Alexandre Matthiensen (Embrapa Suínos e Aves); Julio Palhares (Embrapa Pecuária Sudeste); Leandro Niehues e Marcus Vallero (Veolia); Mario Ramacciotti (Xylem); (ABCON SINDCON); Emílio Bellini (Alphenz); Thiago Forteza de Oliveira (General Water); Thalita Flávio da Silva (Gmar Ambiental); Daniele Lomba (Petrobras); (Vale); Wilson Tadeu Lopes da Silva (Embrapa Instrumentação); Sibylle Muller (NeoAcqua); Prof. José Carlos Mierzwa (CIRRA); (Bentley Systems); Renee Chaveiro (Águas de Timon); Édison Carlos (Instituto Aegea) e Paulo Braga (MSF-Brasil).