Tecnologias emergentes focadas no enorme potencial do tratamento de água no Brasil

A água é como o Bombril: tem mil e uma utilidades. A água é versátil, se transforma e fica pronta para reúso. É uma maravilha da natureza, sim! E com ajuda do ser humano que desenvolveu tecnologias atende às muitas necessidades do mundo atual diante


Tecnologias emergentes focadas no enorme potencial do tratamento de água no Brasil

A água é como o Bombril: tem mil e uma utilidades. A água é versátil, se transforma e fica pronta para reúso. É uma maravilha da natureza, sim! E com ajuda do ser humano que desenvolveu tecnologias atende às muitas necessidades do mundo atual diante da seca e falta de água. E pensar que tem gente que não toma água potável e muito menos para sanear porque utilizamos água para beber, tomar banho, limpar a casa, cozinhar alimentos, nas indústrias, comércios etc. A água leva embora todo o resíduo que despejamos pelo ralo, fica toda suja e vira esgoto que desemboca nos rios hoje ainda poluídos, seguindo para os mares. O título da matéria “A beleza do tratamento da água”, Revista TAE nº 8, de agosto/setembro de 2012, traduz o que os tratamentos da água fazem para que a água se renove, fique apta de novo e possa ser reutilizada pelo ser humano. Um exemplo de resiliência para todos nós.   
E a todo momento surgem tecnologias emergentes que inovam os processos de tratamento de água diante dos desafios nacionais e globais de escassez de água, poluição, acesso de fontes de água não convencionais e demandas por sustentabilidade. “Cada uma delas tem seus pontos fortes e desafios de implementação. Hoje, várias tecnologias oferecem perspectivas mais eficientes, sustentáveis e de baixo custo para a purificação e a reutilização da água” – pontua Emílio Bellini, diretor da Alphenz. 

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As inovações tecnológicas com a desinfecção completa da água tratada garantem sua qualidade, reduzindo risco de doenças. O tratamento adequado e eficiente de efluentes municipais e industriais preserva os recursos hídricos e protege o meio ambiente. “O potencial de mercado do Brasil em 2024 é de US$ 61,5 bilhões e em 2029 chegará a US$ 85,3 bilhões. Em cinco anos, prevemos crescimento de 38,7%” – afirma Juraci Araujo, engenheiro da aQuamec. Segundo ele, o saneamento é o mercado mais promissor em tratamento de água. De acordo com o Financial Times1, as estimativas para investimentos globais em infraestrutura para água variam de US$ 6,7 trilhões até 2030 a US$ 22,6 trilhões até 2050.
O uso de Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) para otimizar operações de tratamento de água se torna comum. Redes online que monitoram com sensores para medição, aquisição, transferência dos resultados e ajustes dos sistemas em tempo real para gestão autônoma de todo o tratamento de águas e efluentes fazem parte das inovações tecnológicas emergentes. 

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Empresas investem em tecnologias com maior eficiência energética e operacional com foco em processos mais eficientes e sustentáveis. Aumentam a adoção de processos que minimizam os impactos ambientais e o desenvolvimento de produtos químicos mais avançados e menos prejudiciais ao meio ambiente. “Práticas de reúso ficam populares entre as empresas, motivadas por conservar recursos hídricos e por incentivos regulatórios e econômicos, porque reduzem a demanda por água doce e a quantidade de efluentes descartados no ambiente” – destaca Bellini, da Alphenz. 
Segundo Maiza Ferreira Santos, coordenadora de novos negócios da Cetrel, a escassez hídrica e maiores restrições legais para lançamento de efluentes associados aos requisitos da Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG) incentivam empresas líderes e impulsionam o mercado na busca de tecnologias que garantam melhor qualidade de água para reúso. “A eficiência energética, a redução do uso de produtos químicos e a preservação dos recursos naturais são temas constantes nos últimos anos” – menciona.

Transformação
No mercado de tratamento de água, as empresas hoje se transformam para buscar inovações. São muitas as novidades e as empresas precisam renovar suas tecnologias e equipamentos para atender às mais diversas necessidades. “Vemos surgir pesquisas em inovação, automação e Inteligência Artificial, por exemplo, para reúso de água. Avanços na comercialização de membranas autofiltrantes para reutilização da água, por exemplo, em irrigação, recarga de aquíferos e uso industrial, reduzindo a demanda por água potável” – destaca Juraci Araujo, da aQuamec.

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Muitas empresas estão investindo em tecnologias mais eficientes, processos sustentáveis e produtos químicos mais avançados e menos agressivos ao meio ambiente. “Incluindo a melhoria de processos existentes para reduzir o consumo de energia, o uso de materiais recicláveis ou biodegradáveis nos sistemas de tratamento e a integração de tecnologias digitais para monitoramento e controle” – cita Thalita Flávio da Silva, analista comercial da Gmar Ambiental.
As principais inovações tecnológicas para o setor produtivo da indústria, serviços e agronegócio são unidades e dispositivos cada vez mais funcionais, sustentáveis e capazes de entregar soluções customizadas de filtragem e tratamento de água. Para Alexandre Rocha, diretor técnico da Fusati, a água potável e tratada é uma necessidade humana e de quase todos os processos industriais e as tecnologias de vanguarda – sistemas digitais, automatizados e inteligentes – são ferramentas importantes para assegurá-la. “Customizar sistemas de tratamento de água conforme o tipo de fonte hídrica, os interesses de cada usuário/cliente, os recursos disponíveis e as práticas de sustentabilidade é um avanço na maneira como lidamos com a água nos dias de hoje” – enfatiza Rocha. 
A busca por excelência na área de tratamento e purificação da água equaliza todas essas frentes: 
• Tecnologia de ponta; 
• Utilização de insumos de alta performance; 
• Mitigação dos impactos ambientais. 
Hoje, as soluções mais modernas de tratamento de água são balizadas por esses parâmetros citados. “E o foco é no resultado, que é a oferta de água tratada, de qualidade superior e economicamente viável” – diz Rocha.  

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As empresas do setor estão, de fato, passando por uma transformação e não ficam somente preocupadas em adotar as novas tecnologias e processos para atender às necessidades atuais. “Essas transformações no setor refletem a importância da gestão sustentável da água para garantir a resiliência e a segurança hídrica a longo prazo. Empresas líderes estão na vanguarda com participação ativa em iniciativas globais de sustentabilidade, colaborações com instituições de pesquisa para inovação e compromissos com práticas corporativas responsáveis” – afirma Emílio Bellini, da Alphenz.
A Cetrel está engajada no uso de Machine Learning e Inteligência Artificial para aumentar a eficiência dos seus processos. “O foco é a predição de falhas em bombas e equipamentos críticos, visando a uma economia significativa nos custos de manutenção. Estima-se que implementá-las reduza em até 40% os custos com paradas para manutenção” – prevê Maiza.
Em paralelo, a empresa explora, em fase conceitual, uso de Big Data de automação industrial, Internet das Coisas e dados analíticos laboratoriais, aplicando modelos estatísticos para otimizar o consumo de energia e assegurar a qualidade do tratamento de efluentes. “Estes projetos integram dados operacionais obtidos por sensores e dispositivos, permitindo simulações avançadas e ajustes em tempo real das condições operacionais. O objetivo é garantir gestão mais eficiente dos recursos e manutenção da conformidade ambiental, especialmente em regiões remotas onde a IoT oferece soluções inovadoras para desafios logísticos e técnicos” – explica Maiza.

Diverso e eficaz
Na opinião de Thalita, da Gmar, com as tecnologias digitais e inovações, a avaliação das necessidades de um projeto, sua viabilidade econômica e os benefícios ambientais se tornam mais complexos devido à variedade de opções. “Por outro lado, estas mesmas tecnologias facilitam a análise por oferecerem maior precisão de dados e modelos de simulação avançados, permitindo aos fabricantes e clientes tomar decisões mais eficazes” – analisa. 

Tecnologias emergentes focadas no enorme potencial do tratamento de água no Brasil

As novas tecnologias oferecem recursos importantes para as diversas etapas do tratamento de água. “Para cada projeto, existe um tipo de tecnologia a ser aplicada. A viabilidade econômica e os benefícios ambientais devem ser levados em conta” – orienta Juraci Araujo, da aQuamec.
A introdução de novas tecnologias de tratamento de água, incluindo as soluções digitais, traz tanto desafios quanto oportunidades na avaliação do projeto. “Este panorama modifica de modo substancial o processo de avaliação, tornando-o simultaneamente mais complexo e mais acessível para fabricantes e clientes” – aponta Bellini, da Alphenz.
Por um lado, a complexidade aumenta devido à variedade de tecnologias, cada uma com suas vantagens, limitações e casos de uso. “A seleção da tecnologia mais apropriada requer compreensão das características únicas do projeto, incluindo a qualidade da água de entrada, os contaminantes presentes, as regulamentações ambientais aplicáveis e os objetivos de tratamento” – esclarece. 

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Segundo ele, a avaliação da viabilidade econômica torna-se mais complexa, porque é preciso considerar não apenas os custos iniciais de capital e operacionais, mas também eficiência energética, durabilidade, manutenção e potencial de recuperação de recursos. Da mesma forma, precisa ser avaliada a redução do impacto ambiental, incluindo a diminuição de produtos químicos, a geração de resíduos e o consumo de energia.
Por outro lado, as novas tecnologias facilitam a avaliação com vantagens que podem ser quantificadas e comparadas. Por exemplo, soluções digitais e baseadas em dados, como a Internet das Coisas (IoT) e sistemas de gestão com Inteligência Artificial (IA), oferecem insights em tempo real sobre o desempenho do sistema, eficiência de tratamento e qualidade da água. 
“O que permite otimização contínua dos processos de tratamento e gestão dos recursos, resultando em avaliação mais precisa da viabilidade econômica e dos benefícios ambientais” – enfatiza Bellini. Muitas das novas tecnologias são mais adaptáveis, o que simplifica a escolha para os clientes, trazendo soluções às suas necessidades de sustentabilidade e eficiência a longo prazo.
Enquanto a diversidade e a complexidade das novas tecnologias tornam a avaliação mais desafiadora, as ferramentas e os recursos para entender e quantificar seus benefícios ficam mais sofisticados e acessíveis. “Para fabricantes e clientes, a chave está na colaboração com especialistas no campo, análises baseadas em dados e considerar objetivos a longo prazo para que a seleção da tecnologia atenda às necessidades imediatas e futuras, maximizando os benefícios econômicos e ambientais” – destaca o diretor da Alphenz.
Existe uma linha crítica entre os equipamentos disponíveis para venda e as necessidades operacionais e ambientais do cliente. “Este limite intermediário entre fabricantes e clientes requer avaliação criteriosa de dados históricos de variação de processos, características de efluentes, vazões e aspectos ambientais, como as emissões geradas” – pontua Maiza, da Cetrel.
Empresas contratam consultorias para fazer este diagnóstico intermediário, contendo mapeamento de efluentes e suas caracterizações. “Manter os dados digitalizados com respostas imediatas e históricos dos controles dos processos garantirá respostas rápidas e mais precisas sobre o cenário que se quer projetar” – diz. 
A disponibilidade imediata de dados históricos que poderão ser usados agiliza todo o processo. “Será mais fácil avaliar as necessidades do projeto, definir rotas tecnológicas com maior controle e precisão e prever os parâmetros legais para descarte” – assegura Maiza.

Tecnologia certa
“O ideal é definir a tecnologia certa para cada tipo de demanda ou necessidade, seja ela complexa ou não” – orienta Rocha, da Fusati. Na opinião dele, as tecnologias de tratamento de água modernas e eficientes catalisam virtudes fundamentais: 

Tecnologias emergentes focadas no enorme potencial do tratamento de água no Brasil

• Versatilidade operacional diante das variadas propriedades físicas, químicas e biológicas de uma água bruta; 
• Precisão no atendimento de demandas específicas; 
• Otimização na gestão de insumos; 
• Processos sustentáveis; 
• Fornecimento de água tratada para a finalidade desejada, seja industrial, abastecimento da população, seja outra necessidade hídrica de grande escala.  
Existem inúmeras possibilidades de tratamento de água: 
• Desde a simples cloração para desinfecção ou proteção microbiológica, ação obrigatória para toda água de consumo humano, em conformidade com a Portaria nº 888, do Ministério da Saúde, que estabelece os parâmetros de potabilidade no Brasil;
• Até as tecnologias avançadas, que requerem maior investimento. 
Existem soluções de filtragem e tratamento de água para todas as necessidades no mercado:
• Desde processos de cloração, filtração em resinas e zeólita, por membranas e convencionais: coagulação, floculação, decantação e filtração;
• Até sistemas avançados com processos oxidativos, técnicas fotoquímicas e fotoeletroquímicas.  
Para residências, comércios, empresas e condomínios, a Fusati dispõe de Filtros Centrais montados em cilindros de aço inox, resistentes à corrosão, com quartzo, carvão ativado ou zeólita, que retêm parti´culas de 5 a 15 μm. Para processos industriais, a empresa fabrica e implanta Estações de Tratamento de Água (ETAs) compactas, pressurizadas e modulares conforme tipo de água e cada planta fabril. 

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Emergentes
Tecnologias emergentes para tratamento das águas e efluentes e as ferramentas digitais aprimoram os controles dos processos por meio de monitoramentos online e as suas interfaces.
As tecnologias emergentes incluem:
• Nanotecnologia usa partículas extremamente pequenas para remover contaminantes. Aplicada nas etapas de purificação das águas e efluentes, retém microssubstâncias com alta eficiência, produzindo água de qualidade superior;
• Nanofiltros, nanopartículas e nanomateriais capturam metais pesados, micropoluentes e patógenos que métodos tradicionais não conseguem filtrar e eliminar; 
• Nanofiltros separam micropartículas dissolvidas na água e espécies biológicas não removidas por tecnologias clássicas;
• Nanotecnologia permite criar sistemas de filtragem mais finos e precisos adaptados para diferentes tipos de impurezas;
• Nanotecnologia inclui nanopartículas, nanofibras e nanocompósitos em processos de filtragem e adsorção;
• Reúso de água ganha popularidade entre as empresas, motivadas tanto por conservar recursos hídricos quanto por incentivos regulatórios e econômicos, reduzindo demanda por água doce e quantidade de efluentes descartados no ambiente;
• Para produzir água de qualidade e de uso industrial, devido ao reúso dos efluentes e sem áreas para grandes estações de tratamento, as membranas são indicadas para reduzir patógenos e substâncias inorgânicas, como sais, metais e haletos; 

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• Ultrafiltração, osmose reversa, MBR, MBBR complementam tratamentos secundários convencionais na redução de matéria orgânica biodegradável;    • Sistemas avançados de filtragem, como filtros de carbono ativado aprimorados e membranas bioinspiradas;
• Biotecnologia com uso de microrganismos geneticamente modificados purificam a água e degradam contaminantes orgânicos específicos no tratamento de águas residuais industriais e agrícolas;
• Dessalinização por osmose reversa é eficaz em transformar água salgada em potável;
• Dessalinização, com osmose reversa por energia solar, é solução para regiões áridas e costeiras. Combina a eficiência energética da energia solar com a capacidade de osmose reversa de dessalinizar água do mar ou água salobra; 
• Recuperadores de energia tornam os processos mais eficientes energeticamente; 
• Eletrocoagulação e eletrodeionização utilizam corrente elétrica para tratar água contaminada e removem  metais pesados e partículas em suspensão, alternativa energética eficiente e ambiental comparada aos métodos químicos tradicionais; 
• Tratamentos eletroquímicos utilizam corrente elétrica para remover substâncias químicas dissolvidas na água pela transferência de elétrons;
• Eletrofloculação, eletrodiálise e oxidação eletroquímica reduzem compostos orgânicos e inorgânicos dissolvidos nos efluentes e uso de produtos químicos comparados aos métodos químicos clássicos. 
Fontes: Alphenz, Cetrel e Gmar.

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Inovações 
As últimas inovações em tecnologias são voltadas para sustentabilidade, eficiência energética e capacidade de tratar gama mais ampla de contaminantes, tornando os sistemas de tratamento de água mais eficientes, sustentáveis e adaptáveis à gestão de recursos hídricos.
Algumas das inovações recentes:
• Crescente adoção de processos de tratamento de água que minimizam os impactos ambientais e promovem a sustentabilidade; 
• Tecnologias de energia solar para potencializar sistemas de tratamento;
• Desenvolvimento de materiais mais eficientes e ecológicos para filtragem e purificação;
• Produtos químicos mais avançados incluem coagulantes e floculantes mais eficazes em concentrações mais baixas que minimizam os resíduos químicos do processo de tratamento; 
• Membranas de filtração permitem reutilizar a água para irrigação e recarga de aquíferos, por exemplo; 
• Novos materiais para as membranas, como o grafeno, aprimoram a osmose reversa. Devido à sua estrutura atômica única, o grafeno permite filtragem mais eficiente e menos dispendiosa energeticamente. Além de aumentar a viabilidade da dessalinização e tratamento de águas salobras; 
• Nereda, processo biológico que remove nutrientes e matéria orgânica, torna tratamento de águas residuais mais eficiente, sustentável e seguro;
• Desenvolvimento de tecnologias de captura e utilização de energia, como a recuperação de energia e a geração de biogás de lodos de tratamento de águas residuais. São inovações que transformam subprodutos e resíduos em recursos valiosos para a Economia Circular;
• A bioengenharia desenvolve biofilmes e microrganismos especializados para tratar de modo eficaz variedade de poluentes orgânicos e inorgânicos;
• Soluções biotecnológicas podem ser mais sustentáveis e econômicas comparadas com as abordagens químicas ou físicas tradicionais;
• Métodos de tratamento físico e biológico, como biofiltração e biorremediação, utilizam processos naturais para remover contaminantes da água, evitando o uso excessivo de produtos químicos.
Fontes: Alphenz, aQuamec e Gmar.

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Inteligentes
Tecnologias digitais e de informação:
• Sistemas inteligentes, como Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (AI), monitoram e controlam o processo de tratamento da água, otimizam sua eficiência e melhoram a qualidade da água tratada;
• Tecnologias digitais e de informação, como IoT e AI, integradas ao gerenciamento de sistemas de tratamento, predizem demandas e detectam antecipado falhas, reduzindo custos;
• A Inteligência Artificial otimiza o monitoramento e tratamento de qualidade da água e potencializa a performance da planta; 
• AI realiza gestão poderosa desde a coleta dos parâmetros físico-químicos e biológicos até a tomada de decisões para ajustes operacionais;
• AI transfere, analisa e associa os dados imediatos de controle de processo por aplicativos em celulares ou tablet;    
• A AI prevê demandas e falhas de tratamento e identifica áreas de risco e possíveis problemas para intervenções rápidas e eficientes;
• Sensores inteligentes monitoram a qualidade da água e aplicativos e plataformas online fornecem dados do desempenho da planta em tempo real;
• Sensores inteligentes, sistemas automatizados e IoT monitoram e controlam remoto o tratamento, otimizando uso de recursos e  facilitando a gestão;
• IoT, sensores e dispositivos monitoram parâmetros críticos e legais de controle das unidades de tratamento;  
• Uso de Machine Learning e Big Data aumenta a eficiência dos processos.
Fontes: Alphenz, aQuamec, Cetrel e Gmar.

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Custo-benefício
As ETAs compactas da Fusati transformam a água bruta de mananciais superficiais e poços artesianos em insumos para todo tipo de planta fabril – alimentos, medicamentos, cosméticos, químicos e outros. “A grande missão de uma ETA é ‘interpretar’ as propriedades da água disponível, tratá-la de forma eficiente e adequada e, ao final, disponibilizá-la para que os mais diversos processos fabris mantenham seus padrões de excelência e qualidade” – pondera Rocha.
É preciso avaliar o custo-benefício. “Tecnologias e processos muito avançados implicam altos custos, tornando-se inviáveis, dependendo da água a ser tratada. As ETAs ainda são a melhor opção de tratamento de água para o segmento industrial, setor de serviços, caso de hotéis, hospitais e outros, e aglomerados residenciais, como os condomínios” – ressalta o diretor técnico da Fusati.
A Cetrel atua com lodos ativados para tratar efluentes industriais do Polo Industrial de Camaçari, na Bahia, e avalia a biodegradabilidade dos efluentes pelo respirômetro, que mede a taxa de consumo de oxigênio do processo biológico junto do monitoramento do Carbono Orgânico Total e Nitrogênio Total. No gráfico da Figura abaixo, o respirograma exibe a biodegradabilidade e associa à cinética de lodos ativados, definindo a real demanda de oxigênio para degradar o material orgânico, nitrogenado e outras espécies que consomem o oxigênio, economizando energia elétrica. Cinética avalia as velocidades de reação. Fatores como concentração, pressão e temperatura afetam a velocidade de uma reação.
É uma ferramenta de gestão que permite interpretação gráfica dinâmica dos dados para antecipar ações de controle e evitar problemas operacionais no sistema de tratamento.

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Purificação 
Métodos mais avançados em purificação no tratamento de água:
• Oxidação avançada remove contaminantes recalcitrantes e microplásticos da água; 
• Técnicas avançadas de oxidação  combinam ozônio, peróxido de hidrogênio e luz ultravioleta (UV;
• Ozonização e ultravioleta para desinfecção e purificação das águas e efluentes destroem patógenos sem adição de produtos químicos, evitando formar subprodutos nocivos; 
• Peróxido de hidrogênio e UV degradam contaminantes orgânicos persistentes, como fármacos e produtos de cuidado pessoal, difíceis de remover por métodos convencionais;
• Ultravioleta destrói microrganismos, danificando seu DNA, impedindo a reprodução;
• Desinfecção com ozônio é eficaz contra vasta gama de microorganismos;
• Ozonização, muito utilizada na purificação e desinfecção das águas e efluentes, quebra compostos orgânicos e elimina bactérias;
• O ozônio, agente de oxidação química que utiliza o radical O3, gerado in loco, degrada substâncias orgânicas em compostos menores e redução contra organismos patógenos, diminuindo ou eliminando a quantidade de produtos químicos sem resíduos no processo;
• Avançam pesquisas de novos desinfetantes que oferecem eficácia antimicrobiana sem gerar subprodutos nocivos, melhoram a segurança da água tratada e reduzem o impacto ambiental;
• Adsorção por carvão ativado é eficaz na remoção de contaminantes orgânicos da água, como pesticidas, solventes e produtos farmacêuticos. Sua grande área de superfície porosa permite capturar e reter moléculas orgânicas;
• Potencial de produção do hidrogênio verde é enorme devido aos grandes mananciais de água no Brasil; 
• No tratamento de água para produzir hidrogênio verde, as moléculas de água são separadas por eletrólise. Nela, corrente elétrica passa pela água e separa os átomos de hidrogênio e oxigênio, formando os dois gases;
• Filtração com areia, zeolitas, carvão etc;
• Destilação por evaporação e condensação;
• Osmose reversa com membranas filtrantes removem íons, moléculas indesejadas, partículas maiores, sais, bactérias, vírus, Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) e outros poluentes da água;
• Osmose reversa por energia solar e processos que recuperam energia e recursos, como a extração de nutrientes de efluentes, reduzem o consumo de energia e maximizam a reciclagem de recursos; 
• Membrana de filtração e oxidação avançada removem contaminantes, permitindo reúso da água para diversos fins; 
• A desnitrificação biológica reduz a emissão de gases de efeito estufa;
• Troca iônica com resinas para abrandamento e desmineralização.
Fontes: Alphenz, aQuamec, Cetrel e Gmar.
“Quantificar, qualificar e eleger a tecnologia de tratamento mais avançada é bem subjetivo” – avalia Rocha, da Fusati. Existem métodos de purificação de água para diferentes tipos de necessidades: 
• Cada cliente precisa da qualidade de água adequada conforme setor e área de aplicação para suas finalidades com propriedades e características específicas;
• As águas subterrâneas, por exemplo, possuem elevados níveis de ferro. O uso de filtros com zeólita é muito mais conveniente e econômico para fazer o tratamento das águas subterrâneas do que a osmose reversa, que tem alto custo de manutenção das membranas; 
• Hoje, utilizar elementos filtrantes equipados com zeólita ou resinas é o mais recomendado para reter contaminantes específicos, caso de ferro e manganês.

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Abordagens 
Existem várias abordagens inovadoras que melhoram a qualidade e a segurança da água sendo desenvolvidas e implementadas para remoção mais efetiva de contaminantes complexos, entre eles, micropoluentes, metais pesados, compostos orgânicos persistentes e microrganismos patogênicos, muitos deles desafiadores para os métodos convencionais. 
Levando em conta que contaminantes específicos não são removidos pelos tratamentos convencionais secundários e não eram críticos conforme padrões legais para lançamentos nos corpos receptores, pode-se citar os sais dissolvidos, como sulfatos, cloretos e alguns metais, compostos orgânicos não biodegradáveis, os persistentes (POP) e alguns patógenos, que permanecem no efluente tratado final, dificultando ou impossibilitando o reúso. “A presença destas substâncias na água de reúso poderá causar danos irreversíveis aos equipamentos e permanecer por longos períodos nos corpos hídricos receptores, alterando sua qualidade. Os hormônios e outros contaminantes oriundos da indústria farmacêutica ainda são grandes desafios” – aponta Maiza. Novas abordagens para lidar com contaminantes específicos: 
• Técnicas avançadas de oxidação geram radicais livres altamente reativos que decompõem contaminantes complexos em compostos mais simples e menos nocivos;
• Na Fotocatálise, a luz solar ativa um catalisador que decompõe contaminantes;
• Fotocatálise, ozonização avançada e peroxidação com hidrogênio degradam poluentes orgânicos persistentes e micropoluentes; 
• Zeólitas ou nanomateriais capturam metais pesados ou produtos farmacêuticos;
• Reação Fenton, uso de coagulante à base de sais metálicos e peróxido de hidrogênio;
• Remoção de PFAS (PoliFluor Alquil Substances), aplicação de osmose reversa, unidades filtrantes por carvão ativado e troca iônica;
• Membrana avançada aplicada isolada ou em conjunto, dependendo da complexidade do efluente e da qualidade de água a ser produzida;
• Membranas comporão tratamento terciário caso já exista Estação de Tratamento de Efluentes ou projeto inicial, substituindo lodos ativados convencionais.  
Fontes: Alphenz, aQuamec, Cetrel e Gmar. 
 
Contato das empresas
Alphenz:
www.alphenz.com.br
aQuamec: www.aquamecbrasil.com.br 
Cetrel: www.cetrel.com.br
Fusati: www.fusati.com.br
Gmar Ambiental: www.gmarambiental.com.br 

 

Referências bibliográficas

MURRAY, Sarah. Investidores veem crescentes oportunidades em tecnologia da água. Financial Times. Nova York, 22 mar. 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/03/investidores-veem-crescentes-oportunidades-em-tecnologia-da-agua.shtml. Acesso em: 3 mai. 2024.

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