A agroindústria é responsável pelas atividades relacionadas à transformação de matérias-primas agropecuárias provenientes da agricultura, pecuária, aquicultura ou silvicultura.  Além disso, todas as empresas que fornecem insumos, medicamentos, maquinários e as instituições financeiras também estão relacionadas com o agronegócio.
Podemos citar ainda o comércio, seja varejista ou atacadista, que lida com os produtos voltados para o meio rural. Armazenamento, logística, distribuição e até o marketing dessas atividades comerciais também estão agrupados nesse setor. Assim, fica evidente que vários setores da economia estão relacionados ao agronegócio, o que mostra sua força e importância socioeconômica.
Apesar de grande parte da matéria-prima ser ligada ao setor alimentício, ele não é o único que recebe insumos, existem duas categorias: alimentar e não alimentar. A primeira é responsável pelo processo em que a matéria-prima é obtida, manuseada, armazenada, processada, comercializada e distribuída, com foco na alimentação. Podemos citar: Carnes; Laticínios; Açúcar; Cereais; e Enlatados.
Já a categoria não-alimentar, por sua vez, corresponde à transformação ou reutilização de produtos que não servem para o consumo alimentar da população, como a produção de roupas, couro, sapatos, energia, biodiesel, etanol, entre outros itens.
Quando falamos de Brasil, o país, com sua enorme extensão territorial e toda a grande quantidade de recursos naturais é um dos grandes protagonistas do agronegócio mundial. Além disso, representa uma grande fatia do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, responsável pelo beneficiamento, transformação de produtos e no processamento de matérias-primas provenientes da agropecuária, promovendo a integração do meio rural com a economia de mercado. 
E não podemos esquecer que os esforços em pesquisa tem contribuído para a melhoria da qualidade dos produtos agroindustriais, oferecendo soluções tecnológicas inovadoras e de grande impacto, como a biofortificação de alimentos, processo utilizado para aumentar o conteúdo nutricional de micronutrientes por meio de técnicas de melhoramento convencional de plantas ou da biotecnologia. 
É importante ressaltar que estamos falando de um setor bastante importante para a sociedade mundial, pois envolve uma cadeia de produção alimentar que interliga vários setores, como a agricultura, a pecuária e a indústria, além do comércio que consome seus produtos. O emprego de tecnologia é intenso, não sendo restrito ao campo rural, estando também presente no campo industrial.

Setores do agronegócio
Quando falamos sobre o setor agropecuário é muito comum associá-lo a grandes áreas de plantio ou a criação de gado. No entanto, os tipos de agroindústria e suas frentes de atuação são bastante variadas e há diferentes processos que, a princípio,  parecem  isolados, mas estão relacionados ao agro de alguma forma. 
Indústria frigorífica: A principal característica da indústria frigorífica é a industrialização de carnes no geral com processos como abate, processamento e armazenamento, ou todos. Podem ainda, ser realizados apenas o armazenamento e a logística de produtos que precisam de refrigeração controlada, além de carnes e seus derivados. 
Indústria de laticínios: A indústria de laticínios é focada na produção de alimentos que têm como base o leite. Sua principal finalidade é a fabricação de iogurtes, queijos naturais, cremosos e processados. Por se caracterizar pelo manejo de um produto altamente perecível, esse tipo de indústria deve ser mantida sob vigilância e deve haver uma análise constante dos processos.
Indústria de ração animal: A indústria de ração animal é focada na produção de alimentos tanto para animais da pecuária quanto aqueles de estimação. Por meio de um processo voltado para a fabricação de um produto de qualidade e com o melhor custo-benefício, o objetivo desse setor é garantir um alimento seguro e nutricionalmente equilibrado.
Indústria sucroenergética: Caracteriza-se por ser um ramo da agroindústria que se responsabiliza pela produção de açúcar, álcool e outros derivados da cana-de-açúcar, como etanol e solventes. Para se ter uma ideia, hoje, o Brasil  está entre os maiores produtores e exportadores mundiais de açúcar e biocombustíveis. 
Indústria têxtil: É uma grande área da agroindústria que trabalha com a transformação de fibras em fios. Uma das suas principais matérias-primas é o algodão. Vale destacar que o petróleo, responsável pela origem de uma série de fibras usadas por esse tipo de indústria também é bastante utilizado, além outras matérias da agropecuária, como couro e lã.
Indústrias de máquinas e equipamentos para agricultura: Também podem ser mencionadas as indústrias de máquinas e equipamentos, que ajudam a solucionar questões ligadas ao plantio, ao manejo e à preparação de uma área de atividade agrícola.  O principal objetivo delas é reduzir custos com mão de obra, bem como otimizar o tempo gasto nas atividades, potencializando a produtividade. 
Indústria de extração vegetal: Foca a extração de produtos vegetais como madeira, óleos, frutos, borracha, entre outros. 
Inovação digital e Tecnologia: Esse é um daqueles setores que de cara não imaginamos estar associado ao agro, mas está diretamente relacionado a esse mercado. O uso da tecnologia tem tornado os processos na lavoura mais eficientes. Por meio de inovações tecnológicas é possível reduzir custos, aumentar a produtividade e garantir mais rentabilidade para o negócio rural. Na prática, os agricultores utilizam dessas alternativas para otimizar toda a cadeia de produção, desde o planejamento até o transporte.
É importante deixar claro que devido a sua complexidade e diversas cadeias produtivas envolvidas, podemos dizer que o agronegócio abrange os três setores da economia: primário, secundário e terciário. O primário está relacionado à produção rural, tanto agrícola quanto na pecuária. 
O segundo setor está ligado às agroindústrias, grandes fazendas que plantam e processam a matéria-prima em escala industrial, como as grandes fazendas produtoras de laranja que já produzem o suco engarrafado, pronto para ser vendido/consumido.
Daí chegamos ao terceiro setor, o de comércio. A distribuição e venda dos produtos rurais movimentam bilhões pelo mundo, tornando a atividade altamente lucrativa, lembrando que a complexidade do agronegócio faz com que seja uma atividade econômica que envolve praticamente todas as etapas da economia. 
Primeiro temos os médios e grandes proprietários rurais com suas variadas atividades: criação de gado, plantação de lavouras, frutos, extração vegetal, entre outros. Em seguida, há o envolvimento das indústrias que atuam nessa área com as máquinas rurais (tratores, equipamentos de irrigação, aração, colheitadeiras) e com fertilizantes, adubos, agrotóxicos, sementes geneticamente modificadas (transgênicas) e insumos.
No fim da linha produtiva, mas não menos importante, temos as atividades comerciais, com o armazenamento, distribuição e venda dos produtos rurais para os consumidores finais, estando esses consumidores nas escalas local, regional, nacional e/ou mundial. Vale ressaltar que, apesar de estar no ciclo do agronegócio, o setor de comércio não é agronegócio, mas sim integra uma grande cadeia produtiva.
O fato é que a agroindústria tem um papel crucial na economia do país, apesar de haver necessidades de avanço para que o segmento continue crescendo. Por outro lado, uma das principais necessidades continua sendo investimentos eficientes e que permitam tornar a gestão mais efetiva. 

Agrishow: maior evento do setor da América Latina
Diante de todo esse contexto, crescimento e oportunidades, não é atoa que existe um evento exclusivo para o setor, a Agrishow. Este ano, a 29ª edição da feira, considerada o maior da América Latina,  foi realizada entre os dias 29 de abril a 03 de maio, em Ribeirão Preto (SP), e reuniu produtores rurais, profissionais do campo, indústrias, empresas, fornecedores de serviços e tecnologias, institutos de pesquisas, órgãos governamentais, instituições financeiras e startups.
De acordo com os organizadores, estiveram presentes mais de 800 marcas de 7 sete países, que apresentaram as últimas novidades em tecnologia, inovação e tendências para o agronegócio. Este ano, o evento alcançou mais de 13 bilhões em intenções de negócios e em termos de visitação, a edição de 2024 recebeu um total de 195 mil pessoas.
As soluções trazidas pelos expositores buscam sanar demandas dos produtores rurais para questões que vão desde o aumento de produtividade até a otimização da gestão das propriedades rurais. A Tecnologia e sustentabilidade foram os principais destaques do evento.
Além disso, outras atrações contemplaram a feira, entre elas a Agrishow Labs, uma jornada de conteúdo estratégico, dentro da Arena de Tecnologia e Inovação, totalmente dedicada a startups do agronegócio. Ao todo participaram cerca de 40 startups, o dobro da última edição.
Ademais, a Agrishow Pra Elas foi um ponto de encontro das mulheres, trazendo palestras e entrevistas com lideranças femininas nas mais diversas frentes do agro nacional. Andressa Biata (pecuarista e embaixadora digital da Agrishow) foi a anfitriã deste espaço.  
O evento reservou ainda um espaço para a exposição “Memória do Campo”, que contou como foi a evolução dos tratores clássicos desde a década de 1950. Os visitantes puderam conhecer raridades preservadas e em funcionamento, como os primeiros tratores vindos para o Brasil dos Estados Unidos e da Europa, dando início a uma grande transformação no setor, dando lugar, gradativamente, à tração animal e a força do trabalhador rural. 
Em paralelo, e pela primeira vez, houve  a divulgação do resultado do setor no primeiro trimestre de 2024, feito pela ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). Os dados fazem parte da pesquisa Indicadores Conjunturais da entidade. 
De acordo com o documento, houve queda de 21,3% na receita líquida total nos primeiros três meses do ano, que somou R$56,6 bilhões no período. Dentre os segmentos, o pior desempenho foi no agrícola, indústria de transformação e infraestrutura e indústria de base.
No mercado doméstico, o setor acumulou queda de forma geral de 21,9%, mas com estabilidade na receita de vendas de componentes para bens de capital e crescimento nas de máquinas para logística e construção civil.
A expectativa é de que ao longo do ano, esses setores e mais os de infraestrutura e a indústria de transformação registrem resultados melhores, contribuindo para aumento dos investimentos em 2024. Segundo o documento, fatores como eleições municipais, obras relacionadas ao PAC e políticas públicas recentemente anunciadas têm o potencial de direcionar o país a um novo ciclo de investimentos.
O primeiro trimestre do ano também foi marcado por queda das exportações, com destaque para os setores de máquinas para agricultura, que viu o resultado encolher 23%, e máquinas para logística e construção civil, cuja retração foi de 15%. Juntos, esses dois segmentos representam mais de 40% do total exportado pela indústria brasileira de máquinas e equipamentos.
Em relação às importações, o mês de março registrou crescimento nas vendas. No mês de março, foram importados US$2,4 bilhões em máquinas e equipamentos, contra US$ 2,1 bi em fevereiro de 2024.  No ano, as importações foram equivalentes a US$ 6,9 bilhões, um crescimento de 6,1% em relação ao primeiro trimestre de 2023.
Também uma novidade na Agrishow, o IBGE, apresentou dados sobre o Censo Agropecuário 2026.
O último Censo foi divulgado em 2017, ocasião em que foram identificados cerca de 5,1 milhões de estabelecimentos que se adequavam às atividades agropecuária, florestal ou aquícolas.
Conforme dados da Nasa e compartilhados pelo IBGE, a produção mundial agrícola equivale a 1,9 bilhão de hectares. O Brasil ocupa o 5º lugar no mundo, com 3,4% desse montante, perdendo apenas para a Índia (9,6%), Estados Unidos (9%), China (8,8%) e Rússia (8,3%).
Com as informações apresentadas, o objetivo da instituição é firmar acordos futuros de cooperação técnica para aprimorar a realização do Censo, colhendo melhor as estatísticas que possam retratar a realidade do campo. Esse é o décimo segundo levantamento, que compreende 100 anos de estatísticas sobre a agropecuária e as florestas brasileiras. Vale destacar ainda que o IBGE está formando comitês técnicos consultivos com grupos de especialistas das áreas, além da construção de  um conselho de orientação. O início da preparação está previsto para janeiro de 2025.

Um pouco das novidades
Vista como uma vitrine de inovações tecnológicas, a Agrishow apresentou soluções que vão desde modernos maquinários até robôs programados com inteligência artificial e outras novidades destinadas a atender às mais diversas demandas do agronegócio, todos os tipos de culturas, safras, máquinas e tamanhos de propriedades.

Hydac
A Hydac apresentou soluções inovadoras em diversos campos. O destaque foi para sua linha de eletrificação, que inclui conjuntos elétricos para controle de dosagem, sistemas auxiliares diversos e soluções de trem de força de alta potência para máquinas autopropelidas, integrando hardware e software para otimizar a eficiência operacional. 
Vale lembrar que a empresa também oferece soluções em agricultura de precisão, desenvolvendo software para otimizar práticas agrícolas com inteligência artificial e automação, tornando a agricultura mais eficiente e sustentável.

Grupo Bosch 
O Grupo Bosch, que neste ano comemora 70 anos no Brasil, trouxe soluções tecnológicas para fabricantes de máquinas agrícolas, produtores e fazendeiros, em toda a cadeia produtiva, fortalecendo o uso da tecnologia para gerar mais economia e produtividade no campo.
Um dos lançamentos durante o evento foi Bosch Digital Agro, uma plataforma conectada que permite a monitorização e controle remoto das máquinas agrícolas. Com tecnologia avançada, essa solução estabelece uma comunicação bidirecional com as máquinas, permitindo a obtenção e o envio de informações em tempo real para otimizar as operações no campo.
O Bosch Spreader foi outra novidade. Esta inovação tecnológica foi desenvolvida para otimizar o controle da distribuição de fertilizante a lanço em taxas fixas ou variáveis, o que proporciona melhor distribuição de insumo e possibilita um aumento de produtividade.
Outro lançamento foi o ONE SMART SPRAY, uma solução desenvolvida em parceria com a BASF que permite a aplicação seletiva de herbicidas, detectando a presença de plantas daninhas em tempo real e pulverizando apenas onde é necessário. A tecnologia baseada em câmeras com redes neurais e inteligência artificial já pode ser adquirida e permite campos limpos de ervas daninhas com o máximo de economia, levando eficiência e sustentabilidade ao produtor.
Acelerando a transformação digital em máquinas agrícolas, a Bosch Rexroth levou para a Agrishow o BODAS – Bosch Rexroth Digital Application Solutions, uma plataforma que oferece soluções em eletronificação com hardware, conectividade, além de desenvolvimento de software. Tudo isso permite que o usuário personalize e adapte os sistemas de acionamento e controle de acordo com suas necessidades, atendendo e otimizando os requisitos específicos de suas máquinas e processos.
Para a eletrificação das máquinas no campo, foi possível conhecer a linha de componentes elétricos eLION com soluções que oferecem desempenho elevado, eficiência energética e baixas emissões, contribuindo para a mobilidade sustentável.
Pela primeira vez juntas, a HydraForce, recém-adquirida globalmente pela Bosch Rexroth para ampliar a oferta de hidráulica, esteve no mesmo espaço apresentando as Válvulas cartucho mecânicas e elétricas e circuitos integrados hidráulicos e os Blocos de comando manifold, reconhecidos pela sua durabilidade, precisão e desempenho confiável. 
A Rede Bosch Diesel também esteve presente divulgando toda a linha de produtos e serviços que garantem sua liderança mundial em Sistema de Injeção a Diesel e como suas oficinas estão prontas para oferecer serviços também para os sistemas agrícolas.
A divisão de reposição automotiva, por sua vez, levou conectividade com as Soluções para Montadoras e Concessionários no atendimento pós-vendas nas áreas de diagnóstico, gestão de ferramental e equipamentos das oficinas, treinamentos, reparação de equipamentos agrícolas e serviços customizados, disponíveis para ajudar na eficiência das oficinas de concessionárias, seja em equipamentos, treinamentos ou diagnósticos.

New Holland
A New Holland apresentou no evento o T4 Electric Power, primeiro trator totalmente elétrico do setor. Com 75 cv de potência, da série T4, a máquina é movida com três baterias, que geram um total de 100 Kwh, suficientes para operar durante seis a oito horas ininterruptas. 
O equipamento conta ainda com nove câmeras acopladas, que permitem gravações para avaliação de possíveis falhas nas lavouras. Três dessas câmeras são frontais e capazes de escanear o corpo das pessoas. Caso o operador precise descer para fazer um trabalho manual em série, o trator o reconhece e o segue sozinho. E se uma pessoa diferente da que foi escaneada, um animal ou objeto atravessarem na frente, ele para automaticamente. 
Houve também o lançamento do T6.180 Methane Power, movido a biometano, o T6.140 e o pulverizador Guardian SP310F.  A colheitadeira CR 10.90 Intellisense™ e o trator T9 Model Year também foram destaques. A nova linha de plantadeiras PL4000 e soluções de Agricultura Digital completaram a apresentação. 
A New Holland anunciou ainda a entrada no mercado nacional de drones de pulverização. A previsão é que passe a oferecer dois modelos a partir de outubro: um de 30 litros e outro de 70 – este o maior do país em capacidade de carga. Além da disseminação de líquidos, o equipamento é preparado para trabalhar com sólidos – sementes e fertilizantes. 

Casale
A Casale celebrou seu 60º aniversário na Agrishow 2024 com uma série de novidades. Destacaram-se o lançamento da misturadora de ração total Vertimix 35AC e a Ilha Casale Connect, uma solução de telemetria para manutenções preventivas. 
A Vertimix 35AC é voltada para o pecuarista que quer trazer tecnologia e produtividade para sua operação. O equipamento funciona com baixo consumo de potência em sistema com uma rosca, projetada para trabalhar com fardos ou rolos de feno, ração e/ou silagem. 
A solução conta ainda com um sistema exclusivo e independente de auto carregamento de silagem, para total precisão na pesagem, e permite a mistura do conteúdo volumoso de forma homogênea e em menor tempo e consumo de potência do mercado.  
Sua capacidade de carga média é de 1.575 kg, considerando uma dieta de densidade de 450 kg/m³, e sua caçamba garante a mínima variação de pesagem durante o desensilamento de material do silo. 
A ilha dedicada à Telemetria, por sua vez, utiliza tecnologia que viabiliza o monitoramento em tempo real de máquinas em campo, evita paradas não planejadas e permite que os clientes prevejam manutenções e otimizem suas operações com alta precisão. Na esteira dessa solução, vale destacar ainda o recém-inaugurado Centro de Distribuição da Casale. 
Com capacidade para 80 mil peças, o objetivo da primeira fase do CD é a expedição de peças para clientes da empresa em todo o Brasil em até 48 horas. Em conjunto, a proposta da Casale é fazer com que a operação do pecuarista nunca pare.
Além de novas tecnologias, a empresa apresentou cerca de 30 produtos dentro do seu portfólio de equipamentos, incluindo misturadores de ração total e distribuidores de esterco. A Agrishow também lançou com exclusividade o livro “Pegadas”, de Celso Casale, um dos fundadores da feira e precursor da inovação na pecuária brasileira.

Cummins
Quem passou pelo estande da Cummins Brasil foi surpreendido com muitas novidades. A empresa celebrou a sua entrada no setor de tratores com o lançamento do cárter estrutural, sistema fundamental no projeto monobloco deste equipamento, para os motores off-highway de 4.5 litros. 
Esse equipamento traz design robusto e sua estrutura foi desenvolvida levando em consideração as características peculiares dos tratores por meio de análises virtuais, além de testes de bancada.O sistema integrado ao motor de 4.5 litros será montado diretamente aos outros sistemas formando uma estrutura unificada que compõe o chassi do tipo monobloco, característico dos tratores.? 
Integrado ao plano de sustentabilidade para redução das emissões e a visão em elevar a participação dos biocombustíveis para uma transição energética imediata, a Cummins apresentou também um novo produto em desenvolvimento: o grupo gerador com motorização eletrônica QSB 7 a etanol.
Ademais, destacamos ainda mais duas novidades da Cummins-Meritor. Ambas chegaram para ampliar a linha de eixos fora de estrada que já contempla o MS-230 Off-Highway, lançado na edição de 2023 da Agrishow, para pulverizadores e colheitadeiras na configuração 4x2. 
Os novos eixos rígidos (MOR) e direcionável (MOX) são produzidos nos EUA e trazem a expertise da líder na fabricação de eixos e sistemas de drivetrain em atender às condições severas das aplicações. O eixo direcionável MOX conta com capacidade entre 7 t e 18 t, enquanto o eixo rígido suporta cargas entre 9 t e 25 t de PTBC – Peso Total Bruto Combinado.
Altamente flexíveis, as novidades podem ser aplicadas em equipamentos como tratores, nas versões 4x4 ou 4x2 com caixa de transferência, na dianteira ou traseira do veículo. Podem ser configurados em dupla ou simples velocidade, além de incluir a tecnologia da Cummins-Meritor de redução planetária no cubo. 
Vale acrescentar que esta inovação eleva a possibilidade de oferecer configurações diversas das relações de coroa e pinhão, disponíveis no diferencial. Com isso, é possível adaptar os equipamentos às condições distintas de torque e velocidade para o uso no campo, por exemplo. 

Mobil 
Durante os cinco dias de evento, os lubrificantes Mobil™ apresentou aos visitantes, clientes e parceiros suas mais recentes tecnologias e produtos desenvolvidos especialmente para garantir máxima eficiência e desempenho em todas as etapas das operações agrícolas. 
Um dos destaques é a Linha Mobil Delvac™ Extreme, um óleo semissintético de alto desempenho projetado para enfrentar desafios severos, com uma formulação que supera em 50% os aditivos exigidos pela norma CK-4. Além disso, sua durabilidade prolongada oferece uma performance excepcional mesmo em condições extremas de uso, proporcionando eficiência e confiabilidade aos agricultores. 
Outra importante iniciativa, desenvolvida pelo time de engenheiros da Moove, é a plataforma “Moove Engineering Solutions” que oferece uma variedade de serviços que ajudam os clientes a tomar decisões mais inteligentes. A ferramenta utiliza dados precisos, incluindo análises detalhadas do óleo usado nas máquinas, para oferecer soluções personalizadas de monitoramento remoto. 
O nosso objetivo é sempre fazer relacionamento, criar novos contatos com produtores rurais,  que tem interesse em melhorar a performance de seus equipamentos e, é claro, apresentar lançamentos. O CK-4, por exemplo, oferece uma safra de até 750 horas sem realizar troca, ou seja, trazendo economia para o produtor, na parada, na gestão de pessoas e mais segurança” - contou Renata Vitiello, coordenadora de marketing B2B dos lubrificantes Mobil™.

Braskem
A Braskem esteve na feira com várias inovações. Uma delas foi o sistema de irrigação por gotejamento que permite irrigar as culturas com mais assertividade, o que diminui o desperdício de água. 
Sua ação proporciona ainda a redução dos custos por tonelada produzida e os riscos operacionais, o que viabiliza o plantio em ambientes com solos desfavoráveis. Além disso, o gotejamento pode ser utilizado em diversas culturas, desde hortifrutis até cana-de-açúcar ou grãos. 
Outro destaque do estande foi filme plástico para silo-fardo (Wrap). O produto tem alta aderência e protege a silagem de pré-secado que será utilizada na alimentação do gado de leite e corte. Tal solução consegue manter o valor nutricional do alimento por até 12 meses e é de fácil transporte/movimentação. Outra vantagem é que não gera custos com armazenagem, já que pode ficar diretamente no campo. 
A Braskem também apresentou inovações em “big bags” e sacarias, ambas produzidas com conteúdo reciclado, sendo destinadas para fertilizantes. As sacarias do tipo “form, fill & seal” e as valvuladas, produzidas pela FFS Filmes, marcaram presença e são produzidas em polietileno com 20% de resina reciclada pós-consumo, sendo oriundas de embalagens flexíveis. Elas são ideais para o armazenamento dos fertilizantes industriais, o que garante os requisitos mecânicos para o transporte seguro dos produtos.  
Estima-se que a resina utilizada nesta sacaria reduza em 11% a emissão de CO2, quando comparado com a mesma solução de origem fóssil. Outro atributo da embalagem é ser monomaterial, facilitando a reciclagem.  
Além das sacarias, também foram expostas as “big bags” de ráfia produzidas com polipropileno reciclado pós-consumo da Wenew. Elas são indicadas para o armazenamento e transporte de fertilizantes e adubos, sendo validadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). 
“Mais um ano que a Agrishow trouxe muita gente em  busca por mais conhecimento sobre tecnologia e soluções para agropecuária, para entender as necessidades do setor, como aumentar a produção e ter melhores resultados. E nesse sentido que a Braskem veio para consolidar ainda mais a relação dos clientes com a gente. Esse é nosso papel, fomentar a plasticultura apresentando nossos projetos e reforçar que a Braskem é uma empresa do agro” - destacou Beatriz Mazziero, especialista em desenvolvimento de mercado para o agronegócio da Braskem.

Solinftec
A Solinftec, líder em inteligência artificial para o agronegócio, mostrou durante o evento os primeiros resultados obtidos com seu robô Solix em lavouras e canaviais brasileiros durante a Agrishow 2024. O Solix resultou em reduções no uso de herbicidas em grãos e cana-de-açúcar, proporcionando um incremento médio de 10 sacos por hectare na produtividade. 
Com sua capacidade de identificar, monitorar e tratar pragas, o equipamento oferece uma abordagem avançada e eficaz para os desafios agrícolas. Operando em diversos estados brasileiros e nos EUA, se mostrou uma ferramenta promissora para revolucionar as práticas agrícolas, impulsionando ganhos produtivos e ambientais.

Franklin Electric
A Franklin Electric exibiu as principais marcas de motobombas do mercado para o setor agrícola. As marcas Schneider Motobombas, Bombas Leão e Pioneer Pump apresentaram soluções abrangentes para bombeamento de água em diferentes contextos, como aplicações agrícolas, residenciais, prediais, industriais, de mineração e abastecimento. 
Cada marca destacou modelos específicos projetados para atender às demandas variadas, desde motobombas de superfície e submersas até sistemas de pressurização e para poços tubulares profundos. Vale destacar que os produtos são desenvolvidos com tecnologias avançadas e materiais duráveis, visando otimizar o consumo de água.

Tigre
O Grupo Tigre marcou presença na Agrishow com dois lançamentos: TigreMax Agro, linha de Tubos de PVC-O que proporciona leveza e resistência no campo, e a linha de crédito em parceria com o Banco do Brasil. 
O lançamento do TigreMax Agro marca uma im portante etapa para o Grupo. Trata-se de uma solução tecnológica, que visa um cuidado com o meio ambiente e traz mais economia de energia e água. Aliado ao lançamento, a companhia anuncia uma parceria estratégica com o Banco do Brasil por meio do convênio BB Agro. A linha de crédito está disponível para pessoa física e jurídica e é para aquisição dos produtos Tigre.  
Além das novidades, os visitantes da Agrishow puderam conhecer de perto outras soluções do Grupo para o agro, como Unifam, solução eficiente em tratamento de efluentes, além das linhas PEAD, Irriga LF PN80, linha de registro VS, EP, ES e Aspersores. Pós lançamentos, a companhia espera aumentar seu faturamento em 25% nos próximos dois anos, no setor de irrigação. 
 

Contato das empresas
Braskem: www.braskem.com.br
Casale: www.casale.com.br
Cummins: www.cummins.com 
Franklin Electric: www.franklin-electric.com
Grupo Bosch: www.bosch.com.br
Hydac: www.hydac.com
Mobil: www.moovelub.com
New Holland: www.newholland.com.br
Solinftec: www.solinftec.com 
Tigre: www.tigre.com.br