Água deve escoar rápido pelos bueiros para evitar alagamentos e enchentes nas ruas

Toda espécie de resíduos é jogada pelos bueiros das cidades. Os mais comuns são papéis de bala, sacos e embalagens plásticas, garrafas PET e restos de comida. Com todo esse lixo, não há bueiro que não entupa e consiga dar vazão à água.


Água deve escoar rápido pelos bueiros para evitar alagamentos e enchentes nas ruas

Toda espécie de resíduos é jogada pelos bueiros das cidades. Os mais comuns são papéis de bala, sacos e embalagens plásticas, garrafas PET e restos de comida. Com todo esse lixo, não há bueiro que não entupa e consiga dar vazão à água. Os bueiros entopem por diversos motivos. Segundo Osmário Ferreira, secretário executivo de Limpeza Urbana (Selimp) da Prefeitura de São Paulo, na maioria das vezes, ocorre o acúmulo de lixo descartado de forma irregular nas ruas, além de folhas e galhos de árvores que caem naturalmente, sedimentos, como areia, terra etc. O fato é que os bueiros e todo o sistema de drenagem foram feitos e dimensionados para que a água escoa rápido para evitar enchentes. E o lixo barra o fluxo natural de escoamento da água pelo bueiro.
Os componentes de microdrenagem, como meios-fios, sarjetas, bocas de lobo, poços de visita e galerias pluviais, são dimensionados para chuvas com tempo de recorrência de 10 anos. “O sistema é projetado para escoar as águas de eventos hidrológicos que ocorrem uma vez a cada 10 anos, na pior situação. Em eventos de maior intensidade, com maiores tempos de recorrência, o sistema pode falhar, levando parte do escoamento sobre as vias e criando bolsões de água, o que causa transtornos à cidade” – explica Ana Caroline Pitzer, coordenadora de projetos do depto. de engenharia da AquaFluxus.
Em certas circunstâncias e por período limitado, segundo ela, alagamentos podem ser “aceitáveis” dadas as limitações do sistema. “Para garantir sua eficiência durante eventos de menor magnitude, para os quais foi dimensionado, a limpeza e a manutenção da rede de microdrenagem são cruciais” – alerta Ana Caroline.
Para o sistema de drenagem urbana funcionar adequadamente, liberar o fluxo da água da chuva e reduzir alagamentos, apenas a execução do serviço de Limpeza e Desobstrução de Bueiros, Bocas de Lobo e Bocas de Leão, que é um trabalho de extrema importância, não evita as enchentes. “São necessários o apoio e a conscientização da população para não descartar resíduos nas bocas de lobo, nos ramais e nas galerias de águas pluviais para que eles permaneçam limpos e desobstruídos” – enfatiza Osmário Ferreira.
Outra aliada para controle das enchentes são as árvores, que trazem muitos benefícios às cidades, e existe sistema hoje para preservá-las e protegê-las. Os sistemas de drenagem modernos escoam rápido a água e atenuam infiltração e ainda pode-se contar com a gestão inteligente das águas pluviais.

Água deve escoar rápido pelos bueiros para evitar alagamentos e enchentes nas ruas

Diferenças
Quando a água de córregos ou rios transbordam devido a chuvas intensas ocorrem as enchentes. Os sistemas de drenagem ficam menos eficientes com o tempo se não forem recalculados. O cálculo do período de retorno de uma enchente é feito por métodos estatísticos de hidrologia. Existem enchentes artificiais por erros de operações de comportas de barragens. Bueiros, barragens ou revitalização de rios fazem parte de obras para controle das enchentes.
Enchente: aumento da água no canal de drenagem devido à maior vazão, sem transbordar.
Inundação: a água transborda de um canal de drenagem e atinge a várzea.
Alagamento: acúmulo de água nas ruas por problemas de drenagem.
Fonte: Wikipedia.


Monitorados
Hoje, a Prefeitura de São Paulo monitora os bueiros, os poços de visita, as bocas de lobo e bocas de leão por geolocalização. Estas tecnologias mapeiam, cadastram e integram esses e demais componentes da infraestrutura de drenagem urbana ao Sistema de Gerenciamento de Zeladoria. “Por meio deste sistema, é possível supervisionar e administrar as operações de manutenção e limpeza. Além disso, consegue-se avaliar as condições gerais de funcionamento de todo o equipamento da rede de microdrenagem da cidade” – menciona William Alves de Araújo, analista de sistemas da Prefeitura de São Paulo.
O maior desafio da gestão das prefeituras é o monitoramento. “Há tecnologia para monitoramento e controle no mercado com sensores que medem o acúmulo de sedimentos e detritos e emitem sinal por aplicativo que alerta a necessidade de limpeza. No entanto, não conheço ainda nenhuma prefeitura utilizando tal tecnologia” – afirma Erick Vitorino, diretor da ACO Brasil.
Com o avanço das tecnologias digitais, o monitoramento e o controle das bocas de lobo é feito de forma mais eficiente. “Sensores detectam o nível da água nas vias e alertam sobre possíveis obstruções das bocas de lobo. Outros sensores detectam a quantidade de resíduos sólidos armazenados nos cestos acoplados às bocas de lobo e alertam remotos quando o volume ultrapassa os limites aceitáveis para o bom funcionamento” – comenta  a coordenadora de projetos da AquaFluxus.
Empresas especializadas oferecem bueiros inteligentes. “Algumas cidades no Brasil já começam a utilizar sensores de resíduos em bocas de lobo, como o Rio de Janeiro, que instalou dispositivos na região portuária há cerca de 10 anos. Essas tecnologias previnem alagamentos e reduzem os impactos das chuvas intensas na cidade, contribuindo para uma gestão mais inteligente e eficaz da drenagem urbana” – pontua Ana Caroline. 

Conexão
Os projetos de drenagem urbana ordenam os escoamentos das águas pluviais, ou seja, coletam e conduzem com segurança as águas das chuvas. As bocas de lobo conectam os escoamentos entre a superfície nas ruas e as redes subterrâneas. Entender como o sistema funciona e os cuidados para que opere eficaz evitam alagamentos.
As bocas de lobo são aberturas no meio-fio ou sarjetas, cobertas por grades ou grelhas, por onde a água passa e ficam retidos detritos sólidos, como folhas, galhos e lixo. As bocas de lobo captam as águas que escoam pelas sarjetas, conduzindo-as por condutos subterrâneos e/ou canais de drenagem até o sistema de águas pluviais, com galerias, redes de tubulação e reservatórios de armazenamento, evitando que atinjam as vias de tráfego e causem transtornos à população. 
Projetadas para o escoamento eficiente das águas pluviais, evitar seu acúmulo nas vias e reduzir alagamentos, deve-se realizar a limpeza e a manutenção das bocas de lobo regularmente, removendo detritos para sua desobstrução e funcionamento adequado.
Com os bueiros limpos, o escoamento da água é maior. “Quando os popularmente conhecidos como bueiros estão limpos, a água escoa livre para a tubulação de água pluvial dimensionada para absorver o volume de água daquela região” – explica Vitorino, da ACO Brasil.
“Mas se os bueiros estão obstruídos com lixo, diminuem o escoamento da água que chega pelas sarjetas ou canaletas de drenagem superficial e, durante uma chuva torrencial, acumulam água” – relaciona Vitorino. A água não escoada pelos bueiros provoca alagamentos, causando danos no pavimento, nas casas e nos comércios e gerando desconforto aos pedestres e ao tráfego de veículos.

Água deve escoar rápido pelos bueiros para evitar alagamentos e enchentes nas ruas

Prevenção  
Alagamentos trazem riscos à Segurança Pública, como acidentes de trânsito e dificuldade de locomoção para pedestres e veículos. Além disso, causam danos às vias públicas: erosão do solo, deterioram o asfalto e comprometem a infraestrutura urbana. As bocas de lobo são fundamentais para prevenir alagamentos.
Bocas de lobo limpas e funcionando bem fornecem ambiente mais seguro à comunidade. “O adequado funcionamento do sistema depende de bom dimensionamento. É preciso fazer a correta previsão do número e da localização das bocas de lobo para a passagem dos escoamentos superficiais para a rede de galerias, que tem maior capacidade hidráulica” – menciona Ana Caroline, da AquaFluxus.
Bocas de lobo limpas e desobstruídas conseguem captar a água das chuvas para as quais foram dimensionadas e conduzi-las às redes subterrâneas de drenagem urbana rápido e eficaz. “A limpeza das bocas de lobo remove detritos e obstruções que impedem o fluxo da água, reduzindo entupimentos e transbordamentos durante chuva intensa” – diz.
Manter as bocas de lobo limpas:
• Preserva as estruturas viárias;
• Garante o bom funcionamento do sistema de drenagem urbana; 
• Minimiza os impactos negativos das chuvas sobre as cidades. 
Fonte: AquaFluxus.
A limpeza das bocas de lobo não é a única medida para evitar os alagamentos. “Outros fatores influenciam a ocorrência de alagamentos, como a capacidade de escoamento dos sistemas de drenagem, o volume de chuva e o estado das galerias pluviais e condutos subterrâneos. É necessário esforço conjunto para a manutenção adequada de todo o sistema de drenagem. Além de planejamento urbano e medidas de gestão de águas pluviais eficazes para reduzir os riscos de inundação” – ressalta Ana Caroline.
É necessário também inspecionar se a macrodrenagem está bem dimensionada e em bom estado de funcionamento e a capacidade da tubulação que recebe a água do bueiro para o perfeito escoamento. “Se a tubulação de água pluvial, canal ou córrego que recebe toda essa água não conseguir conduzir até a jusante, todo o sistema irá colapsar. E mesmo com os bueiros limpos, pode acumular água nas ruas e provocar as enchentes. Além disso, é preciso verificar os pontos baixos na rua que causam poças d’água e a inclinação das sarjetas em direção ao bueiro” – pontua Erick Vitorino, diretor da ACO Brasil.
 

Gestão inteligente 
O AquaCell, também da Amanco Wavin, realiza a gestão inteligente das águas pluviais. Fácil de transportar e instalar, o sistema em polipropileno armazena água na área onde ela se precipita para depois ser absorvida dentro da estrutura das células AquaCell. Infiltra-se no solo ou pode ser retida antes de despejo no esgoto ou conservada para reúso na irrigação ou limpeza. Com capacidade para 275 litros de água, melhora a paisagem urbana, ajuda a manter o ciclo da água e reduz sobrecargas nos sistemas de saneamento


População  
A população descarta inadequado diversos tipos de resíduos e materiais, não direto nas bocas de lobo, mas nas vias públicas, desde pontas de cigarro até garrafas plásticas. Todo o tipo de lixo descartado nas ruas é arrastado até o sistema de drenagem durante a chuva, entupindo as bocas de lobo e reduzindo a capacidade hidráulica da rede. Resíduos naturais também causam esse problema, como folhas de árvores e sedimentos de solos expostos.
Na maioria das vezes, o lixo é jogado nas ruas e calçadas. “A água da chuva se encarrega de arrastá-lo até os bueiros. Evitar jogar lixo nas ruas parte da conscientização do cidadão, que deve ser estimulada nas escolas e por meio de campanhas publicitárias dos governos municipais” – aponta Vitorino.

Água deve escoar rápido pelos bueiros para evitar alagamentos e enchentes nas ruas

A população pode atuar ativamente descartando os resíduos de modo correto para evitar o entupimento das bocas de lobo: 
• Colocar o lixo domiciliar nos dias e horários em que a coleta é realizada;
• No exemplo de São Paulo, utilizar as 147 mil papeleiras instaladas pela cidade para descarte dos resíduos pelos pedestres em trânsito pelas vias e logradouros públicos; 
• Descartar o lixo em recipientes apropriados; 
• Evitar varrer detritos para as bocas de lobo;
• Participar de campanhas de conscientização sobre a importância de preservar o sistema de drenagem urbana. 
Fontes: ACO Brasil, AquaFluxus e Prefeitura de São Paulo.
Dois importantes instrumentos para as cidades podem ser aplicados. “É imprescindível que o Plano Municipal de Saneamento e o Plano Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos prevejam um bom Programa de Educação Ambiental para abordar essas questões” – cita Ana Caroline.

Água deve escoar rápido pelos bueiros para evitar alagamentos e enchentes nas ruas

Entupimento
Os bueiros entopem devido ao lixo jogado nas ruas e arraste de sedimentos. “Lixo e sedimentos sempre estarão presentes. O mais importante é se fazer a manutenção do bueiro e de todo o sistema de drenagem” – adverte Vitorino.
As bocas de lobo entopem devido ao acúmulo de folhas, galhos, plásticos, papel, garrafas, sacolas e outros detritos arrastados pela água da chuva que dificultam ou até impedem o escoamento da água. “Além desses resíduos, é comum que sedimentos, como areia, terra e lodo, se depositem no fundo das caixas acopladas às bocas de lobo ao longo do tempo. O acúmulo desses materiais forma camada que obstrui a passagem da água para os coletores” – explica Ana Caroline.
A falta de limpeza e de manutenção regular das bocas de lobo é fator crucial para o seu entupimento. “Quando não são limpas com frequência, os detritos e os materiais acumulados se compactam e dificultam ainda mais o escoamento da água. Para evitar entupimentos, é preciso realizar a limpeza e a manutenção periódica das bocas de lobo” – orienta Ana Caroline.
O entupimento crônico pode indicar falha no gerenciamento de resíduos sólidos, que estabelece as ações de limpeza e varrição das ruas. Segundo a coordenadora de Projetos da AquaFluxus, a dificuldade de definir o responsável pela limpeza das bocas de lobo é frequente, visto que quem responde pela varrição das ruas, muitas vezes, não tem como escopo essa limpeza, mas apenas a retirada do material sólido das ruas e calçadas.
Outro ato que compromete o funcionamento das bocas de lobo, segundo o secretário executivo do Selimp, é o despejo irregular de concreto, que, em certos casos, gera até mesmo o entupimento. Além disso, óleo de cozinha e gordura jogados na pia podem obstruir o fluxo da água, porque se solidificam e acumulam nas paredes do esgoto. “Em todos os casos citados, a Prefeitura de São Paulo atua na fiscalização e na autuação dos infratores, seja pessoa física ou jurídica” – afirma Osmário Ferreira.

Água deve escoar rápido pelos bueiros para evitar alagamentos e enchentes nas ruas

Drenagem rápida
Pátios de indústrias ou de centros logísticos e de distribuição com grande movimento e tráfego de veículos pesados precisam de drenagem rápida da água. Para a segurança de operadores e a estabilidade da estrutura, a ACO dispõe de sistemas de drenagem resistentes para classe de carga F900 e segurança em condições climáticas intensas. São canais de drenagem monolíticos, com grelha integrada, para instalação transversal de vias. Para estes locais, a ACO também dispõe de sistemas “2 em 1”, que combinam meio-fio e drenagem superficial para estacionamento e calçadas. A ACO possui ainda canais com grelha de ferro fundido e aço galvanizado com fixação que evita sua quebra ou que ela se solte. Seus sistemas de superfície ranhurada e com alta capacidade de armazenar água são para áreas de tráfego de veículos pesados e zonas de pedestre e veículos leves.


Cronograma
A frequência da limpeza das bocas de lobo varia:
• De acordo com o volume de chuvas;
• A quantidade de detritos acumulados; 
• A localização das bocas de lobo; 
• As características específicas de cada local, como a circulação de pessoas.
Fonte: AquaFluxus.
“Recomenda-se que as limpezas tenham programação regular com base em cronograma preestabelecido para garantir a eficiência do sistema de drenagem” – ressalta Ana Caroline. O cronograma deve ser previsto no Plano Municipal de Saneamento ou no Plano Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos.
A limpeza é manual, abre-se a tampa do bueiro e recolhe-se o lixo acumulado. “A limpeza dos bueiros deveria ser preventiva com programação ao longo do ano. Porém, o que se observa é uma limpeza corretiva, após o problema do entupimento ocorrer” – adverte Vitorino, da ACO Brasil. 
De acordo com Osmário Ferreira, da Prefeitura de São Paulo, a frequência da limpeza dos bueiros varia, de mensal a quadrimestral, conforme a região. Nas épocas de chuvas, a ação é intensificada nos pontos suscetíveis a alagamentos na cidade. 
Para garantir a segurança dos trabalhadores durante a execução dos serviços, o local da boca de lobo é isolado com sinalização. Com o auxílio de uma picareta, a tampa de concreto é removida. “A retirada dos resíduos acumulados é manual, utilizando-se pás, enxadas, picaretas, vassouras, alavancas, carrinho de mão, chave de ralo e outras ferramentas. Após a limpeza do bueiro e/ou da boca de lobo, os resíduos são removidos e enviados para destinação final adequada” – menciona Osmário Ferreira.
A destinação final dos resíduos coletados na limpeza e desobstrução de bueiros é em local ambientalmente adequado e licenciado. Alguns serviços indivisíveis não disponibilizam de análises de gravimetria, caso de bueiros, bocas de lobo e bocas de leão, que é a definição de cada tipo de resíduo e porcentagem em peso e volume em uma amostra. 

A vácuo e a jato
Para otimizar a desobstrução de bueiros e bocas de lobo e aumentar a produtividade do serviço, Osmário Ferreira cita que pode ser realizada também a limpeza automatizada com veículo hidrovácuo para a sucção dos resíduos.
Para a limpeza dos componentes da microdrenagem, equipes especializadas utilizam caminhões de sucção a vácuo e hidrojatos para remover os detritos acumulados. A frequência da limpeza é realizada conforme a demanda e as condições locais. “Além das bocas de lobo, é importante limpar os condutos e os canais de drenagem por onde a água é conduzida para que o escoamento seja desobstruído em todo o sistema de drenagem” – orienta Ana Caroline.
Fazer manutenções preventivas periódicas evita obstruções nas bocas de lobo e estruturas de drenagem urbana e garante durabilidade e bom funcionamento do sistema:
• Inspeção e reparo de danos estruturais; 
• Substituição de grelhas danificadas; 
• Aplicação de revestimentos protetores;
• Outras medidas.
Fonte: AquaFluxus.

Sem infiltração 
Produzido em polipropileno reciclado, o sistema de atenuação de infiltração de água pluvial Stormbrixx, da ACO, vem com peças empilháveis que simplificam e reduzem gastos em logística e instalação. Pode fazer parte de solução independente ou integrar sistema de drenagem de água pluvial sustentável. Voltado para a infiltração de água da superfície e armazenamento, o tamanho e a capacidade dos tanques são adaptáveis aos projetos. A estrutura de célula aberta permite acesso para inspeção por câmera e jateamento em todo o sistema. O tanque possui ainda ponto de inspeção, tubos e conexões, geotêxteis e geomembranas e câmara para inspeção e manutenção


Filtros
No mercado já podem ser encontrados inúmeros dispositivos que facilitam a limpeza e a manutenção das bocas de lobo. De acordo com Ana Caroline, esses dispositivos funcionam como filtros instalados no interior nas bocas de lobo. “Geralmente, são cestas perfuradas para a passagem da água que retêm os resíduos sólidos grosseiros. Devem ser limpos regularmente e sempre após chuvas mais intensas e sua utilização facilita e agiliza o processo de limpeza das bocas de lobo” – relaciona Ana Caroline.
Existem prefeituras que instalam grande cesto metálico onde o lixo fica retido. “Basta abrir a tampa de concreto, retirar o cesto e despejar os detritos no caminhão. Esse tipo de dispositivo ainda não é muito comum, mas ajudaria na limpeza. Se não for feita a manutenção periódica, o problema de acúmulo de água e enchente permanecerá” – discorre Vitorino.
Outro modo citado por Vitorino, da ACO Brasil, é coletar a água superficial pelas canaletas de concreto polímero que possuem grelha incorporada. “Tem-se maior extensão para a coleta da água e o lixo ficará acumulado espaçado ao longo da canaleta. O lixo, na sua maioria, não chegará à boca de lobo, porque ficará retido na grelha da canaleta de concreto polímero” – explica.
Na cidade de São Paulo, há bueiros que possuem telas para reter os resíduos, porém a medida é de decisão de cada subprefeitura regional.

Com árvores, menos enchentes    
As árvores deixam as cidades mais resilientes e habitáveis porque trazem muitos benefícios. O Tree Tank, da Amanco Wavin, oferece proposta sustentável para a infraestrutura de grandes centros urbanos e para a saúde e a segurança das pessoas. Além de diminuir ilhas de calor e prevenir queda de árvores em temporais e vendavais, o sistema mitiga riscos de enchentes, visto que até 20% do seu volume fica disponível para absorção e escoamento de águas pluviais. 
O TreeTank faz parte das ações sustentáveis da Amanco Wavin, uma das marcas da Orbia, fornecedora mundial de soluções inovadoras. “Além do manejo eficiente das árvores, soluções como o Tree Tank refletem nossa missão de construir cidades mais resilientes ao clima de forma sustentável e no longo prazo” – afirma Álvaro Almeida, gerente comercial de resiliência climática urbana (UCR) da Amanco Wavin. 

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Ar refrescante
As fortes chuvas, ventos e tempestades causam verdadeiros transtornos às cidades, incluindo quedas de árvores, que também se deve ao crescimento não planejado das plantas. As áreas verdes nas cidades regulam a temperatura, a irradiação solar, a umidade e a poluição do ar. A copa das árvores atua como barreira solar, intercepta os raios solares, impede o aquecimento da região e diminui as ilhas de calor urbanas. Quando aumenta a temperatura nas cidades, as árvores esfriam o clima em até 8 graus Celsius, absorvem até 150 kg de CO2 por ano e reduzem danos por inundações.

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Resiliência
A queda de árvores quando chuvas fortes caem pode colocar em risco o bem-estar da população. “As árvores são essenciais para a qualidade do ar e ajudam em problemas estruturais de uma região. Vai além da estética de áreas verdes em centros urbanos, o Tree Tank enfatiza o papel sustentável e estrutural das árvores” – enfatiza Almeida. 
O sistema protege e preserva as raízes e estimula o crescimento da árvore por meio de oxigênio e melhor absorção de nutrientes. “O substrato que envolve as raízes não precisa estar compactado e as raízes têm mais espaço para se desenvolver” – diz. Os módulos estruturam a área das raízes e criam espaço adequado e saudável ao seu desenvolvimento, mitigando o risco das raízes danificarem o asfalto e a calçada e interferirem na tubulação subterrânea.

Módulos
Os módulos são geocélulas feitas de plástico 100% reciclado. Leve, seguro e fácil de manusear, o Tree Tank reproduz o habitat natural da árvore na cidade. “Os módulos suportam a carga do piso, o peso das pessoas caminhando ou até mesmo carros passando acima das raízes das árvores” – destaca Almeida.
Para plantar no TreeTank, primeiro, leva-se em conta a espécie da árvore que será plantada. Cada espécie tem uma necessidade de espaço:
1. Abertura do espaço onde será plantada a árvore para instalar o TreeTank;
2. Instalação dos módulos e acessos para ventilação e entrada de água;
3. Preenchimento dos módulos com substrato;
4. Plantio da árvore;
5. Acabamento final do piso.
Em geral, depois de plantadas, as raízes das árvores não exigem manutenção. O TreeTank já é projetado para atender às necessidades da árvore em sua maturidade. Um plus são as entradas de ventilação e de água que colaboram com todo o desenvolvimento da árvore. 
 

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Contatos
ACO Brasil:
www.acodrenagem.com.br
Amanco Wavin: www.wavin.com
AquaFluxus: www.aquafluxus.com.br
Prefeitura de São Paulo: www.prefeitura.sp.gov.br

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