Água deve escoar rápido pelos bueiros para evitar alagamentos e enchentes nas ruas
Por Cristiane Rubim
Edição Nº 79 - Junho/Julho de 2024 - Ano 14
Toda espécie de resíduos é jogada pelos bueiros das cidades. Os mais comuns são papéis de bala, sacos e embalagens plásticas, garrafas PET e restos de comida. Com todo esse lixo, não há bueiro que não entupa e consiga dar vazão à água.
Toda espécie de resíduos é jogada pelos bueiros das cidades. Os mais comuns são papéis de bala, sacos e embalagens plásticas, garrafas PET e restos de comida. Com todo esse lixo, não há bueiro que não entupa e consiga dar vazão à água. Os bueiros entopem por diversos motivos. Segundo Osmário Ferreira, secretário executivo de Limpeza Urbana (Selimp) da Prefeitura de São Paulo, na maioria das vezes, ocorre o acúmulo de lixo descartado de forma irregular nas ruas, além de folhas e galhos de árvores que caem naturalmente, sedimentos, como areia, terra etc. O fato é que os bueiros e todo o sistema de drenagem foram feitos e dimensionados para que a água escoa rápido para evitar enchentes. E o lixo barra o fluxo natural de escoamento da água pelo bueiro.
Os componentes de microdrenagem, como meios-fios, sarjetas, bocas de lobo, poços de visita e galerias pluviais, são dimensionados para chuvas com tempo de recorrência de 10 anos. “O sistema é projetado para escoar as águas de eventos hidrológicos que ocorrem uma vez a cada 10 anos, na pior situação. Em eventos de maior intensidade, com maiores tempos de recorrência, o sistema pode falhar, levando parte do escoamento sobre as vias e criando bolsões de água, o que causa transtornos à cidade” – explica Ana Caroline Pitzer, coordenadora de projetos do depto. de engenharia da AquaFluxus.
Em certas circunstâncias e por período limitado, segundo ela, alagamentos podem ser “aceitáveis” dadas as limitações do sistema. “Para garantir sua eficiência durante eventos de menor magnitude, para os quais foi dimensionado, a limpeza e a manutenção da rede de microdrenagem são cruciais” – alerta Ana Caroline.
Para o sistema de drenagem urbana funcionar adequadamente, liberar o fluxo da água da chuva e reduzir alagamentos, apenas a execução do serviço de Limpeza e Desobstrução de Bueiros, Bocas de Lobo e Bocas de Leão, que é um trabalho de extrema importância, não evita as enchentes. “São necessários o apoio e a conscientização da população para não descartar resíduos nas bocas de lobo, nos ramais e nas galerias de águas pluviais para que eles permaneçam limpos e desobstruídos” – enfatiza Osmário Ferreira.
Outra aliada para controle das enchentes são as árvores, que trazem muitos benefícios às cidades, e existe sistema hoje para preservá-las e protegê-las. Os sistemas de drenagem modernos escoam rápido a água e atenuam infiltração e ainda pode-se contar com a gestão inteligente das águas pluviais.
Diferenças |
Monitorados
Hoje, a Prefeitura de São Paulo monitora os bueiros, os poços de visita, as bocas de lobo e bocas de leão por geolocalização. Estas tecnologias mapeiam, cadastram e integram esses e demais componentes da infraestrutura de drenagem urbana ao Sistema de Gerenciamento de Zeladoria. “Por meio deste sistema, é possível supervisionar e administrar as operações de manutenção e limpeza. Além disso, consegue-se avaliar as condições gerais de funcionamento de todo o equipamento da rede de microdrenagem da cidade” – menciona William Alves de Araújo, analista de sistemas da Prefeitura de São Paulo.
O maior desafio da gestão das prefeituras é o monitoramento. “Há tecnologia para monitoramento e controle no mercado com sensores que medem o acúmulo de sedimentos e detritos e emitem sinal por aplicativo que alerta a necessidade de limpeza. No entanto, não conheço ainda nenhuma prefeitura utilizando tal tecnologia” – afirma Erick Vitorino, diretor da ACO Brasil.
Com o avanço das tecnologias digitais, o monitoramento e o controle das bocas de lobo é feito de forma mais eficiente. “Sensores detectam o nível da água nas vias e alertam sobre possíveis obstruções das bocas de lobo. Outros sensores detectam a quantidade de resíduos sólidos armazenados nos cestos acoplados às bocas de lobo e alertam remotos quando o volume ultrapassa os limites aceitáveis para o bom funcionamento” – comenta a coordenadora de projetos da AquaFluxus.
Empresas especializadas oferecem bueiros inteligentes. “Algumas cidades no Brasil já começam a utilizar sensores de resíduos em bocas de lobo, como o Rio de Janeiro, que instalou dispositivos na região portuária há cerca de 10 anos. Essas tecnologias previnem alagamentos e reduzem os impactos das chuvas intensas na cidade, contribuindo para uma gestão mais inteligente e eficaz da drenagem urbana” – pontua Ana Caroline.
Conexão
Os projetos de drenagem urbana ordenam os escoamentos das águas pluviais, ou seja, coletam e conduzem com segurança as águas das chuvas. As bocas de lobo conectam os escoamentos entre a superfície nas ruas e as redes subterrâneas. Entender como o sistema funciona e os cuidados para que opere eficaz evitam alagamentos.
As bocas de lobo são aberturas no meio-fio ou sarjetas, cobertas por grades ou grelhas, por onde a água passa e ficam retidos detritos sólidos, como folhas, galhos e lixo. As bocas de lobo captam as águas que escoam pelas sarjetas, conduzindo-as por condutos subterrâneos e/ou canais de drenagem até o sistema de águas pluviais, com galerias, redes de tubulação e reservatórios de armazenamento, evitando que atinjam as vias de tráfego e causem transtornos à população.
Projetadas para o escoamento eficiente das águas pluviais, evitar seu acúmulo nas vias e reduzir alagamentos, deve-se realizar a limpeza e a manutenção das bocas de lobo regularmente, removendo detritos para sua desobstrução e funcionamento adequado.
Com os bueiros limpos, o escoamento da água é maior. “Quando os popularmente conhecidos como bueiros estão limpos, a água escoa livre para a tubulação de água pluvial dimensionada para absorver o volume de água daquela região” – explica Vitorino, da ACO Brasil.
“Mas se os bueiros estão obstruídos com lixo, diminuem o escoamento da água que chega pelas sarjetas ou canaletas de drenagem superficial e, durante uma chuva torrencial, acumulam água” – relaciona Vitorino. A água não escoada pelos bueiros provoca alagamentos, causando danos no pavimento, nas casas e nos comércios e gerando desconforto aos pedestres e ao tráfego de veículos.
Prevenção
Alagamentos trazem riscos à Segurança Pública, como acidentes de trânsito e dificuldade de locomoção para pedestres e veículos. Além disso, causam danos às vias públicas: erosão do solo, deterioram o asfalto e comprometem a infraestrutura urbana. As bocas de lobo são fundamentais para prevenir alagamentos.
Bocas de lobo limpas e funcionando bem fornecem ambiente mais seguro à comunidade. “O adequado funcionamento do sistema depende de bom dimensionamento. É preciso fazer a correta previsão do número e da localização das bocas de lobo para a passagem dos escoamentos superficiais para a rede de galerias, que tem maior capacidade hidráulica” – menciona Ana Caroline, da AquaFluxus.
Bocas de lobo limpas e desobstruídas conseguem captar a água das chuvas para as quais foram dimensionadas e conduzi-las às redes subterrâneas de drenagem urbana rápido e eficaz. “A limpeza das bocas de lobo remove detritos e obstruções que impedem o fluxo da água, reduzindo entupimentos e transbordamentos durante chuva intensa” – diz.
Manter as bocas de lobo limpas:
• Preserva as estruturas viárias;
• Garante o bom funcionamento do sistema de drenagem urbana;
• Minimiza os impactos negativos das chuvas sobre as cidades.
Fonte: AquaFluxus.
A limpeza das bocas de lobo não é a única medida para evitar os alagamentos. “Outros fatores influenciam a ocorrência de alagamentos, como a capacidade de escoamento dos sistemas de drenagem, o volume de chuva e o estado das galerias pluviais e condutos subterrâneos. É necessário esforço conjunto para a manutenção adequada de todo o sistema de drenagem. Além de planejamento urbano e medidas de gestão de águas pluviais eficazes para reduzir os riscos de inundação” – ressalta Ana Caroline.
É necessário também inspecionar se a macrodrenagem está bem dimensionada e em bom estado de funcionamento e a capacidade da tubulação que recebe a água do bueiro para o perfeito escoamento. “Se a tubulação de água pluvial, canal ou córrego que recebe toda essa água não conseguir conduzir até a jusante, todo o sistema irá colapsar. E mesmo com os bueiros limpos, pode acumular água nas ruas e provocar as enchentes. Além disso, é preciso verificar os pontos baixos na rua que causam poças d’água e a inclinação das sarjetas em direção ao bueiro” – pontua Erick Vitorino, diretor da ACO Brasil.
Gestão inteligente |
População
A população descarta inadequado diversos tipos de resíduos e materiais, não direto nas bocas de lobo, mas nas vias públicas, desde pontas de cigarro até garrafas plásticas. Todo o tipo de lixo descartado nas ruas é arrastado até o sistema de drenagem durante a chuva, entupindo as bocas de lobo e reduzindo a capacidade hidráulica da rede. Resíduos naturais também causam esse problema, como folhas de árvores e sedimentos de solos expostos.
Na maioria das vezes, o lixo é jogado nas ruas e calçadas. “A água da chuva se encarrega de arrastá-lo até os bueiros. Evitar jogar lixo nas ruas parte da conscientização do cidadão, que deve ser estimulada nas escolas e por meio de campanhas publicitárias dos governos municipais” – aponta Vitorino.
A população pode atuar ativamente descartando os resíduos de modo correto para evitar o entupimento das bocas de lobo:
• Colocar o lixo domiciliar nos dias e horários em que a coleta é realizada;
• No exemplo de São Paulo, utilizar as 147 mil papeleiras instaladas pela cidade para descarte dos resíduos pelos pedestres em trânsito pelas vias e logradouros públicos;
• Descartar o lixo em recipientes apropriados;
• Evitar varrer detritos para as bocas de lobo;
• Participar de campanhas de conscientização sobre a importância de preservar o sistema de drenagem urbana.
Fontes: ACO Brasil, AquaFluxus e Prefeitura de São Paulo.
Dois importantes instrumentos para as cidades podem ser aplicados. “É imprescindível que o Plano Municipal de Saneamento e o Plano Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos prevejam um bom Programa de Educação Ambiental para abordar essas questões” – cita Ana Caroline.
Entupimento
Os bueiros entopem devido ao lixo jogado nas ruas e arraste de sedimentos. “Lixo e sedimentos sempre estarão presentes. O mais importante é se fazer a manutenção do bueiro e de todo o sistema de drenagem” – adverte Vitorino.
As bocas de lobo entopem devido ao acúmulo de folhas, galhos, plásticos, papel, garrafas, sacolas e outros detritos arrastados pela água da chuva que dificultam ou até impedem o escoamento da água. “Além desses resíduos, é comum que sedimentos, como areia, terra e lodo, se depositem no fundo das caixas acopladas às bocas de lobo ao longo do tempo. O acúmulo desses materiais forma camada que obstrui a passagem da água para os coletores” – explica Ana Caroline.
A falta de limpeza e de manutenção regular das bocas de lobo é fator crucial para o seu entupimento. “Quando não são limpas com frequência, os detritos e os materiais acumulados se compactam e dificultam ainda mais o escoamento da água. Para evitar entupimentos, é preciso realizar a limpeza e a manutenção periódica das bocas de lobo” – orienta Ana Caroline.
O entupimento crônico pode indicar falha no gerenciamento de resíduos sólidos, que estabelece as ações de limpeza e varrição das ruas. Segundo a coordenadora de Projetos da AquaFluxus, a dificuldade de definir o responsável pela limpeza das bocas de lobo é frequente, visto que quem responde pela varrição das ruas, muitas vezes, não tem como escopo essa limpeza, mas apenas a retirada do material sólido das ruas e calçadas.
Outro ato que compromete o funcionamento das bocas de lobo, segundo o secretário executivo do Selimp, é o despejo irregular de concreto, que, em certos casos, gera até mesmo o entupimento. Além disso, óleo de cozinha e gordura jogados na pia podem obstruir o fluxo da água, porque se solidificam e acumulam nas paredes do esgoto. “Em todos os casos citados, a Prefeitura de São Paulo atua na fiscalização e na autuação dos infratores, seja pessoa física ou jurídica” – afirma Osmário Ferreira.
Drenagem rápida |
Cronograma
A frequência da limpeza das bocas de lobo varia:
• De acordo com o volume de chuvas;
• A quantidade de detritos acumulados;
• A localização das bocas de lobo;
• As características específicas de cada local, como a circulação de pessoas.
Fonte: AquaFluxus.
“Recomenda-se que as limpezas tenham programação regular com base em cronograma preestabelecido para garantir a eficiência do sistema de drenagem” – ressalta Ana Caroline. O cronograma deve ser previsto no Plano Municipal de Saneamento ou no Plano Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos.
A limpeza é manual, abre-se a tampa do bueiro e recolhe-se o lixo acumulado. “A limpeza dos bueiros deveria ser preventiva com programação ao longo do ano. Porém, o que se observa é uma limpeza corretiva, após o problema do entupimento ocorrer” – adverte Vitorino, da ACO Brasil.
De acordo com Osmário Ferreira, da Prefeitura de São Paulo, a frequência da limpeza dos bueiros varia, de mensal a quadrimestral, conforme a região. Nas épocas de chuvas, a ação é intensificada nos pontos suscetíveis a alagamentos na cidade.
Para garantir a segurança dos trabalhadores durante a execução dos serviços, o local da boca de lobo é isolado com sinalização. Com o auxílio de uma picareta, a tampa de concreto é removida. “A retirada dos resíduos acumulados é manual, utilizando-se pás, enxadas, picaretas, vassouras, alavancas, carrinho de mão, chave de ralo e outras ferramentas. Após a limpeza do bueiro e/ou da boca de lobo, os resíduos são removidos e enviados para destinação final adequada” – menciona Osmário Ferreira.
A destinação final dos resíduos coletados na limpeza e desobstrução de bueiros é em local ambientalmente adequado e licenciado. Alguns serviços indivisíveis não disponibilizam de análises de gravimetria, caso de bueiros, bocas de lobo e bocas de leão, que é a definição de cada tipo de resíduo e porcentagem em peso e volume em uma amostra.
A vácuo e a jato
Para otimizar a desobstrução de bueiros e bocas de lobo e aumentar a produtividade do serviço, Osmário Ferreira cita que pode ser realizada também a limpeza automatizada com veículo hidrovácuo para a sucção dos resíduos.
Para a limpeza dos componentes da microdrenagem, equipes especializadas utilizam caminhões de sucção a vácuo e hidrojatos para remover os detritos acumulados. A frequência da limpeza é realizada conforme a demanda e as condições locais. “Além das bocas de lobo, é importante limpar os condutos e os canais de drenagem por onde a água é conduzida para que o escoamento seja desobstruído em todo o sistema de drenagem” – orienta Ana Caroline.
Fazer manutenções preventivas periódicas evita obstruções nas bocas de lobo e estruturas de drenagem urbana e garante durabilidade e bom funcionamento do sistema:
• Inspeção e reparo de danos estruturais;
• Substituição de grelhas danificadas;
• Aplicação de revestimentos protetores;
• Outras medidas.
Fonte: AquaFluxus.
Sem infiltração |
Filtros
No mercado já podem ser encontrados inúmeros dispositivos que facilitam a limpeza e a manutenção das bocas de lobo. De acordo com Ana Caroline, esses dispositivos funcionam como filtros instalados no interior nas bocas de lobo. “Geralmente, são cestas perfuradas para a passagem da água que retêm os resíduos sólidos grosseiros. Devem ser limpos regularmente e sempre após chuvas mais intensas e sua utilização facilita e agiliza o processo de limpeza das bocas de lobo” – relaciona Ana Caroline.
Existem prefeituras que instalam grande cesto metálico onde o lixo fica retido. “Basta abrir a tampa de concreto, retirar o cesto e despejar os detritos no caminhão. Esse tipo de dispositivo ainda não é muito comum, mas ajudaria na limpeza. Se não for feita a manutenção periódica, o problema de acúmulo de água e enchente permanecerá” – discorre Vitorino.
Outro modo citado por Vitorino, da ACO Brasil, é coletar a água superficial pelas canaletas de concreto polímero que possuem grelha incorporada. “Tem-se maior extensão para a coleta da água e o lixo ficará acumulado espaçado ao longo da canaleta. O lixo, na sua maioria, não chegará à boca de lobo, porque ficará retido na grelha da canaleta de concreto polímero” – explica.
Na cidade de São Paulo, há bueiros que possuem telas para reter os resíduos, porém a medida é de decisão de cada subprefeitura regional.
Com árvores, menos enchentes
As árvores deixam as cidades mais resilientes e habitáveis porque trazem muitos benefícios. O Tree Tank, da Amanco Wavin, oferece proposta sustentável para a infraestrutura de grandes centros urbanos e para a saúde e a segurança das pessoas. Além de diminuir ilhas de calor e prevenir queda de árvores em temporais e vendavais, o sistema mitiga riscos de enchentes, visto que até 20% do seu volume fica disponível para absorção e escoamento de águas pluviais.
O TreeTank faz parte das ações sustentáveis da Amanco Wavin, uma das marcas da Orbia, fornecedora mundial de soluções inovadoras. “Além do manejo eficiente das árvores, soluções como o Tree Tank refletem nossa missão de construir cidades mais resilientes ao clima de forma sustentável e no longo prazo” – afirma Álvaro Almeida, gerente comercial de resiliência climática urbana (UCR) da Amanco Wavin.
Ar refrescante
As fortes chuvas, ventos e tempestades causam verdadeiros transtornos às cidades, incluindo quedas de árvores, que também se deve ao crescimento não planejado das plantas. As áreas verdes nas cidades regulam a temperatura, a irradiação solar, a umidade e a poluição do ar. A copa das árvores atua como barreira solar, intercepta os raios solares, impede o aquecimento da região e diminui as ilhas de calor urbanas. Quando aumenta a temperatura nas cidades, as árvores esfriam o clima em até 8 graus Celsius, absorvem até 150 kg de CO2 por ano e reduzem danos por inundações.
Resiliência
A queda de árvores quando chuvas fortes caem pode colocar em risco o bem-estar da população. “As árvores são essenciais para a qualidade do ar e ajudam em problemas estruturais de uma região. Vai além da estética de áreas verdes em centros urbanos, o Tree Tank enfatiza o papel sustentável e estrutural das árvores” – enfatiza Almeida.
O sistema protege e preserva as raízes e estimula o crescimento da árvore por meio de oxigênio e melhor absorção de nutrientes. “O substrato que envolve as raízes não precisa estar compactado e as raízes têm mais espaço para se desenvolver” – diz. Os módulos estruturam a área das raízes e criam espaço adequado e saudável ao seu desenvolvimento, mitigando o risco das raízes danificarem o asfalto e a calçada e interferirem na tubulação subterrânea.
Módulos
Os módulos são geocélulas feitas de plástico 100% reciclado. Leve, seguro e fácil de manusear, o Tree Tank reproduz o habitat natural da árvore na cidade. “Os módulos suportam a carga do piso, o peso das pessoas caminhando ou até mesmo carros passando acima das raízes das árvores” – destaca Almeida.
Para plantar no TreeTank, primeiro, leva-se em conta a espécie da árvore que será plantada. Cada espécie tem uma necessidade de espaço:
1. Abertura do espaço onde será plantada a árvore para instalar o TreeTank;
2. Instalação dos módulos e acessos para ventilação e entrada de água;
3. Preenchimento dos módulos com substrato;
4. Plantio da árvore;
5. Acabamento final do piso.
Em geral, depois de plantadas, as raízes das árvores não exigem manutenção. O TreeTank já é projetado para atender às necessidades da árvore em sua maturidade. Um plus são as entradas de ventilação e de água que colaboram com todo o desenvolvimento da árvore.
Contatos
ACO Brasil: www.acodrenagem.com.br
Amanco Wavin: www.wavin.com
AquaFluxus: www.aquafluxus.com.br
Prefeitura de São Paulo: www.prefeitura.sp.gov.br