Editorial
Por Curadoria Revista TAE
Edição Nº 81 - Outubro/Novembro de 2024 - Ano 14
O mundo vive situações difíceis como as mudanças climáticas, enchentes, secas, alterações bruscas na temperatura, tempestades e tantas outras situações que, muitas vezes, são frutos dos desmandos dos homens em relação à natureza
Gaia e Deméter, o exemplo que vem dos gregos
O mundo vive situações difíceis como as mudanças climáticas, enchentes, secas, alterações bruscas na temperatura, tempestades e tantas outras situações que, muitas vezes, são frutos dos desmandos dos homens em relação à natureza.
Na antiguidade, os gregos já entendiam e pregavam o respeito e a convivência harmônica entre as pessoas, o planeta e o meio ambiente. Na mitologia grega, Gaia é considerada a deusa primordial da Terra e a mãe de todos os seres vivos, sendo representada pelo próprio planeta. Já a natureza era personificada por Deméter, deusa da agricultura, da colheita e da fertilidade da Terra.
Cientes da importância da preservação do planeta e da própria natureza como condições essenciais à vida, os gregos realizavam festas e cultos especiais para celebrar as deusas. O respeito à natureza era tanto, que um dos mitos mais famosos acerca de Deméter – responsável por garantir a abundância das colheitas e o curso natural das estações do ano – conta que sua filha, Perséfone, foi raptada por Hades e levada para o submundo. Durante a busca pela filha, a tristeza de Deméter era tanta que deixou de cumprir suas obrigações e a Terra foi ficando estéril.
Diante da gravidade da situação, Zeus procurou Hades para que devolvesse Perséfone. Porém, ela havia comido um grão de romã no submundo, o que impedia o seu retorno em definitivo. Assim, Zeus e Hades fizeram um acordo que permitiu que Perséfone passasse parte do ano com a mãe, e a outra parte, no submundo. Essa história simboliza as estações do ano, pois quando Perséfone estava longe, Deméter ficava triste, as colheitas enfraqueciam e ocorria o inverno; quando ela estava com a mãe, as colheitas retornavam em abundância, simbolizando a primavera. Ou seja, era a forma dos gregos mostrarem a importância da preservação da natureza e os efeitos danosos de quando ocorria o inverso, um exemplo muito atual e que tem muito a ensinar a todos nós.
Nas matérias desta edição, trazemos como matéria de capa, as estações de tratamento para poços artesianos; como eliminar sílica na água; a Fenasan 2024, com expectativa de receber mais de 22 mil visitantes; as leis de Economia Circular e Reciclagem; a importância dos filtros para cabine de pintura; a remoção biológica na redução da poluição por excesso de fósforo em rios, lagos e oceanos e muito mais. Boa leitura!
Rogéria Sene Cortese Moura - Editora
Revista TAE