Redução no volume de água em rios, minas e poços é o reflexo da longa estiagem que atinge o Paraná
Sanepar -
Sistemas de abastecimento operam no limite da capacidade e correm risco de não atender a demanda por falta de água para produzir
A redução no volume de água em rios, minas e poços é o reflexo da longa estiagem que atinge o Paraná no primeiro quadrimestre deste ano. A diminuição da quantidade de água nos mananciais de abastecimento está colocando em risco o fornecimento em algumas cidades da região Oeste. Para se ter uma ideia, a Coopavel registra em sua estação de monitoramento o acumulado de 377 milímetros de chuvas nos 120 primeiros dias de 2020. Esse é o menor volume registrado desde 2004, quando choveu no mesmo período 337 milímetros.
Os rios que abastecem a cidade estão com seus níveis em queda de mais de 30%. Já foi necessário abrir em 40% o registro do Lago Municipal para contribuir com o aumento no volume de água do Rio Cascavel. Além de abrir em sua totalidade esse registro, a Sanepar não descarta a possibilidade de implantação de rodízio no abastecimento.
ALERTA – O sinal de alerta já acendeu em Guaraniaçu e Céu Azul, que podem apresentar problemas para o fornecimento de água nos próximos dias. Além dessas, as cidades de Santa Tereza do Oeste, Santa Lúcia, Lindoeste e Campo Bonito estão tendo complemento de água com caminhões-pipa para atender a demanda. O mesmo ocorre nos distritos de Ibiracema, em Catanduvas, e Santa Maria, em Santa Tereza do Oeste.
Sem previsões de chuvas significativas só existe uma alternativa: todos devem economizar a água. O uso deve ser priorizado para alimentação e higiene pessoal. Limpezas mais pesadas, lavagem de carros, calçadas e fachadas devem ser suspensas. A gerente regional Rita Camana alerta que só com a colaboração de todos será possível vencer o difícil momento por que passa o Paraná. “A crise hídrica está dando sinal em todas as regiões do Estado. Se não economizarmos a água poderemos enfrentar problemas mais sérios e não termos o produto para atender as necessidades básicas das pessoas”, destaca.
ESTIAGEM – É necessário lembrar que as chuvas do ano passado na região Oeste ficaram abaixo da média. A defasagem chega à casa dos 500 milímetros em relação aos anos anteriores. Os rios tiveram uma pequena recuperação com as poucas chuvas, porém os poços, que são mananciais subterrâneos, não tiveram a recarga necessária para manter sua vazão em níveis próximos da normalidade.