6ª Reunião de Acompanhamento das Condições de Operação do Sistema Hídrico do Rio São Francisco
Assessoria de Comunicação Social (ASCOM) Agência Nacional de Águas (ANA) -
Durante a videoconferência o ONS apresentou a proposta para realizar a operação do reservatório da hidrelétrica de Sobradinho (BA)
Nesta terça-feira, 2 de junho, aconteceu a 6ª Reunião de Acompanhamento das Condições de Operação do Sistema Hídrico do Rio São Francisco. Durante a videoconferência o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou a proposta para realizar a operação do reservatório da hidrelétrica de Sobradinho (BA) com defluência média diária de 1500m³/s em 3 de junho e 1600m³/s a partir do dia 4. A medida busca encher o reservatório da hidrelétrica de Itaparica (ou Luiz Gonzaga), entre a Bahia e Pernambuco, até que ele atinja 90% de seu volume útil.
Durante essa operação a defluência da hidrelétrica de Xingó (AL/SE) permanecerá em 1100m³/s. Quando Itaparica chegar a 90%, a hidrelétrica de Sobradinho voltará ao patamar de liberação necessário atender à política de defluências da hidrelétrica de Xingó, que deve manter vazões médias mensais de 1100m³/s, conforme estabelece a Resolução ANA nº 2081/2017.
No caso de Três Marias, a operação será com uma defluência média de 450m³/s de 2 de junho a 31 de julho. O patamar médio subirá para 600m³/s entre 1º de agosto e 30 de setembro. Com essa operação, a previsão do ONS é que o reservatório chegue a 72% de seu volume útil até o fim de setembro no pior cenário. Para Sobradinho, a previsão é de chegar ao fim de setembro com 75,4% de seu armazenamento. Já o Reservatório Equivalente – formado por Três Marias, Sobradinho e Itaparica – deverá chegar a 75,5% de seu armazenamento em 30 de setembro.
Em 2 de junho Itaparica estava com 59,85% de seu volume útil, enquanto Três Marias e Sobradinho registravam respectivamente 95,22% e 93,29%. Os três formam o Reservatório Equivalente da Bacia do Rio São Francisco, que estava com 91,46% de seu armazenamento na última terça-feira. Para acompanhar a situação do armazenamento da bacia do São Francisco, acesse: www.ana.gov.br/sala-de-situacao/sao-francisco.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) informou sobre a ausência de chuvas na bacia do São Francisco para os próximos sete dias, o que é normal para este período do ano. Entre outubro de 2019 e março de 2020, período chuvoso mais recente, houve um acumulado de 1326mm – 11% acima da média histórica da região. As vazões entre novembro de 2019 e abril de 2020 foram de 1003m³/s, o que representa 2% acima da média histórica.
A 6ª Reunião contou com participantes representando órgãos gestores de recursos hídricos e serviços meteorológicos de estados da bacia do São Francisco; órgãos federais; usuários de água; órgãos ambientais e do setor elétrico; além de instituições que realizam o monitoramento e previsão meteorológicos.
Rio São Francisco
O rio São Francisco nasce na Serra da Canastra (MG), e chega à sua foz, no Oceano Atlântico, entre Alagoas e Sergipe, percorrendo cerca de 2.800km, passando por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O Velho Chico é o rio 100% nacional com maior extensão. A bacia possui 503 municípios e engloba parte do Semiárido, que corresponde a aproximadamente 58% desta região hidrográfica, que está dividida em quatro unidades: Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco.
Salas de Crise
A ANA coordena salas de crise em bacias e regiões que atravessam situações de secas ou cheias que colocam em risco os usos múltiplos da água. Atualmente, estão em operação as salas de crise das bacias do Tocantins, do Paranapanema, da Hidrovia Tietê-Paraná e da Região Sul, devido a déficit hídrico. Também estão em atividade a Sala de Acompanhamento do Sistema Hídrico do Rio São Francisco e a Sala de Acompanhamento da Bacia do Paranaíba. Após as reuniões, os vídeos são disponibilizados no canal da Agência Nacional de Águas no YouTube: www.youtube.com/anagovbr.