“Saúde e Biodiversidade": encontro aborda importância das políticas públicas na relação da saúde humana e a conservação da biodiversidade
Secretaria da Infraestrutura e do Meio Ambiente de São Paulo -
Projeto é da SIMA com a CFB e ocorre por meio de videoconferências
A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) por meio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB) promoveu nesta terça-feira, 9 de junho, a primeira edição da série de videoconferências que vai discutir o tema de Saúde Única (One Health) no contexto da pandemia do Covid-19. Intitulado “Saúde e Biodiversidade”, o encontro abordou a importância das políticas públicas na relação da saúde humana com a saúde animal e a conservação da biodiversidade.
Para o subsecretário de Meio Ambiente da SIMA, Eduardo Trani, o distanciamento do homem com a biodiversidade e o planeta tem gerado consequências para a população. “Precisamos melhorar a relação com o nosso habitat para a sociedade ser mais resiliente. Esse tema é essencial para a vida humana, um campo cada vez mais importante, é necessário avançar nessa política do conhecimento humano e fauna silvestre”, disse Trani.
“Saúde é um direito humano básico e a perda da biodiversidade afeta todos os serviços ecossistêmicos. Existe um espaço enorme de oportunidade para o Brasil desenvolver”, comentou a professora da Universidade de Brasília, Mercedes Bustamante, durante sua apresentação sobre a relação entre saúde e biodiversidade , que abriu o bloco de discussão sobre a vigilância de saúde silvestre como prevenção de doenças infecciosas emergentes.
Durante o encontro temas como perda de habitats naturais, mudanças climáticas, intervenção humana, proteção da biodiversidade e o principais desafios foram abordados. A técnica do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, Leila Del Castillo Saad, destacou que é preciso manter uma rede cada vez mais articulada e proativa de vigilância sanitária. “Dois anos atrás tivemos o caso da febre amarela, agora o Covid-19, por isso é preciso ser proativo, trabalhar uma vigilância cada vez mais integrada com a capacitação de equipes e avaliação dos riscos, pois o Brasil possui um potencial enorme de emergência e reemergência de doenças infecciosas”, destacou a Castillo.
A próxima edição do evento de “Saúde e Biodiversidade” acontecerá na terça-feira, 16 de junho. Dessa vez, o foco será o possível impacto da pandemia sobre a conservação da fauna silvestre. Já a terceira e última edição (23) aprofundará a discussão sobre a vigilância da saúde animal e a prevenção de novas pandemias. As transmissões iniciam sempre às 13:30.
O encontro contou ainda com a apresentação da Márcia Chame, da Fiocruz, sobre o “SISS-Geo como ferramenta para a vigilância de zoonoses no Brasil”; da Natália Fernandes, do Instituto Adolf Lutz, sobre o “Projeto piloto de vigilância laboratorial de fauna silvestre”; das técnicas da SIMA, Monicque Silva Pereira e Hélia Maria Piedade, sobre “Interface Saúde-Biodiversidade no Estado: do conflito à coexistência e conservação da fauna silvestre”; do membro da Superintendência de Controle de Endemias da Secretaria Estadual de Saúde, Adriano Pinter, sobre “Dispersão da Febre Amarela e SP e impactos sobre os Primatas”; do professor do Instituto de Biociências da USP, Jean Paul Metzger, sobre “Soluções baseadas na natureza aplicadas a doenças zoonóticas”; além da participação da coordenadora de Educação Ambiental da SIMA, Maria de Lourdes Rocha Freire; do coordenador da CFB, Sérgio Marçon; e da diretora do Departamento de Fauna/CFB Vilma Clarice Geraldi.
Para conferir o vídeo do evento clique aqui.