A falta de saneamento básico e o tratamento de esgoto ainda são alguns dos maiores problemas do Brasil
Abcon Sindcon -
Segundo dados do Instituto Trata Brasil, apenas 46% do esgoto produzido no país é tratado.
Que a falta de tratamento de esgoto pode ser um causador de doenças, não é novidade. Afinal, hepatite A, poliomielite, esquistossomose e febre tifoide são apenas algumas das enfermidades que podem acometer a população que tenha contato com o esgoto.
A falta de saneamento básico e o tratamento de esgoto ainda são alguns dos maiores problemas do Brasil. Segundo dados do Instituto Trata Brasil, apenas 46% do esgoto produzido no país é tratado.
De acordo com Antonio Carlos dos Santos, diretor da Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ), o despejo de materiais sem o devido tratamento pode implicar de forma negativa na preservação no meio ambiente. “Quem sofre é a população com problemas de saúde e a dificuldade em usufruir de um espaço comum de qualidade, por exemplo”.
Jundiaí é um exemplo positivo em meio a este cenário. O município investiu no planejamento e execução de ações que fizeram com que, desde 1998, a cidade tratasse todo o esgoto que é coletado. “Hoje tratamos todo o esgoto que chega à Estação de Tratamento de Esgoto de Jundiaí, a ETEJ. Isso mostra que o município tem investido corretamente seus esforços no bem-estar da população e que a CSJ consegue executar seu trabalho de forma eficaz”, explica Antonio Carlos.
Tratar o esgoto de forma adequada reflete diretamente no meio ambiente. “Com o despejo de resíduos, coleta de esgoto e tratamento adequados, podemos garantir a preservação do meio ambiente e, com isso, uma qualidade de vida muito melhor à população” “O exemplo de Jundiaí é um reflexo de todo esse esforço. O trabalho da CSJ em conjunto com o município resultou na melhoria considerável da qualidade da água do Rio Jundiaí, que voltou a ter peixes e possibilitou o uso das suas águas para abastecimento público por outros municípios”, completa Antonio Carlos.
ETEJ e Covid-19
Com a pandemia causada pelo Covid-19, a CSJ reforçou ainda mais os cuidados que já eram tomados anteriormente. O uso correto dos EPIs foi reforçado em treinamento para todos os colaboradores e diariamente todos que passam pela ETEJ são inspecionados. “Todos os colaboradores passaram novamente por treinamento sobre a forma correta de usar, conservar e descartar seus EPIs e passou a ser obrigatório o uso de máscaras dentro da ETEJ, conforme recomendação das autoridades e da OMS. Ainda, parte da equipe está trabalhando de casa. Redobramos os cuidados para manter todos em segurança e garantir que o serviço de tratamento de esgoto continue sendo prestado de forma contínua e com excelência”.
Sobre CSJ
Fundada em 1996, a Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ) construiu a Estação de Tratamento de Esgotos de Jundiaí (ETEJ), com o objetivo de tratar todo o esgoto do município, coletado pela DAE Água e Esgoto S/A. Este tratamento de esgotos teve uma participação fundamental na melhora da qualidade do Rio Jundiaí, que voltou a ter peixes, e foi reclassificado em 2017, permitindo a captação de suas águas para abastecimento público.
O Rio Jundiaí foi o primeiro rio brasileiro a melhorar de classe. Com o mesmo cuidado com o meio ambiente, o lodo produzido no processo é convertido em fertilizante para uso seguro na agricultura, em culturas que não são de consumo direto da população.
A CSJ foi contratada em uma concorrência pública pela menor tarifa e passou a tratar o esgoto doméstico e industrial da cidade de Jundiaí, procurando sempre aprimorar sua operação, além de desenvolver projetos sociais de profissionalização, educação e conscientização.