DAE Jundiaí realiza ações para garantir a a segurança hídrica do município
Consórcio PCJ -
Ações estão em consonância com as Metas da Sustentabilidade Hídrica do Consórcio PCJ
Referência nacional em saneamento e segurança hídrica, Jundiaí realiza obras para ampliar em 50% a reservação de água tratada: os atuais 53 reservatórios da cidade – o mais recente inaugurado em março de 2020 – vão ganhar um reforço com a entrega de mais quatro equipamentos, fazendo com que a autonomia do sistema salte de seis para dez horas.
Além disso, o município já conta com mais água bruta, em função de intervenções no vertedouro da represa de Acumulação, que aumentaram a capacidade de armazenamento em 12%. Hoje, é possível reservar até 9,3 bilhões de litros de água, um bilhão a mais do que no passado.
Juntos, os cinco reservatórios somam mais 26 mil m³ de água tratada. O primeiro deles já está em funcionamento no bairro Cecap e dobrou o armazenamento na região, que passou para 2 mil m³. Em fase final de construção, há mais três – dentro da Estação de Tratamento de Água do Anhangabaú (com 10 mil m³ de capacidade), no Jardim Carlos Gomes (5 mil m³) e no FazGran (5 mil m³) – e um em reforma, o R13, localizado no Distrito Industrial de Jundiaí.
Segundo o diretor presidente da DAE, Eduardo Santos Palhares, estas iniciativas visam, tal como outras ações desenvolvidas pela empresa, a segurança hídrica do município. “A DAE realizou obras no vertedouro da represa, que ampliaram a reservação em um bilhão de litros de água. Agora estamos investindo em mais água tratada, o que é importante principalmente em momentos de manutenção na rede”, disse. Apenas os reservatórios somam um investimento total de R$ 19,5 milhões.
As iniciativas estão em consonância com a meta número 9, que trata da ampliação de água bruta e de água tratada, do projeto “Metas para a Sustentabilidade Hídrica Futura frente aos Desafios Climáticos (MSHF)”, realizado pelo Consórcio PCJ.
“Essas metas buscam transformar a sociedade e prepará-la para a ocorrência de eventos hidrológicos extremos, tema inserido neste novo horizonte de planejamento da entidade, e que tendem a ser cada vez mais recorrentes devido às mudanças climáticas”, explica Francisco Carlos Castro Lahóz, Secretário Executivo do Consórcio PCJ.
Novas redes de água e esgoto
Com o objetivo de levar redes de água e esgoto a regiões ainda não atendidas no município e atingir a universalização do saneamento, a DAE Jundiaí deu início ao plano altimétrico cadastral para elaboração dos projetos executivos de extensão de interceptor, rede coletora de esgoto, redes de distribuição de água e adutoras no município.
A ação também consta como Meta do Consórcio PCJ (nº 1 – Alcançar a Universalização do Saneamento – 100% de coleta e tratamento de esgoto e 100% de tratamento de água).
Todos os bairros e ruas públicas que ainda não contam com redes de água e esgoto, no presente momento, serão incluídos no levantamento. “Jundiaí tem se mantido no topo dos principais rankings de saneamento nacional, o que demonstra a efetividade dos investimentos colocados em prática ao longo dos anos. Não fugimos dessa responsabilidade: de 2017 até agora, investimos R$ 34 milhões para a implantação de novas redes”, aponta o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado.
Atualmente, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), de 2018, 99,07% da população de Jundiaí conta com rede de água, já em relação à rede de esgoto, o benefício chega a 98,23% dos moradores. Além disso, 100% do esgoto coletado passa por tratamento. Em extensão, a rede de abastecimento de água da cidade tem 1.922,80 quilômetros e a de esgoto, 983,45 quilômetros. “A ideia do projeto é exatamente entendermos com precisão o que será necessário para chegar a estes locais, levando água e esgoto a porta da casa destes moradores”, afirma Palhares.
É o caso das obras realizadas nas regiões dos bairros Champirra e Mato Dentro, onde estão em implantação 16 quilômetros de emissários, além do projeto executivo de 23 quilômetros de redes coletoras.
Moradores dos bairros Santa Fé, Vivenda, Maltoni, Espelho d’Água, Antenor Azzoni, São Jorge, Piemonte, Recanto Florestal, São Pedro e Chácara Itamar serão beneficiados. Entre eles, está a dona de casa Maria Rodrigues de Melo Citrangolo, que mora no Mato Dentro há mais de 20 anos e batalhou pela conquista.
“Deixar a fossa e ter a rede de esgoto é ganhar saúde e qualidade de vida. Foi uma luta grande, mas é uma necessidade e uma obra muito importantes. Toda melhoria de infraestrutura que sai aqui tem o meu dedo. O pessoal está contente”, conta.
Em conjunto, a DAE ainda vai começar as obras de implantação de sete quilômetros de adutoras e de uma Estação Elevatória de Água, com recursos próprios. Já as redes de distribuição de água, que terão dez quilômetros, serão feitas em parceria com a população local.
Plano Municipal de Recursos Hídricos
A DAE também trabalha na elaboração do Plano Municipal de Recursos Hídricos (PMRH), documento que vai traçar um panorama sobre a disponibilidade hídrica da cidade, avaliando os cenários de demanda atual e futura, além de ser uma das diretrizes, dentro do Plano Diretor do Município, para o desenvolvimento e a gestão ambiental do município.
O Plano vai abordar o abastecimento da cidade em diversos pontos, incluindo a previsão das vazões de captação de água superficial e subterrânea para abastecimento urbano dentro de um período de 20 anos, redução de perdas, racionalização dos recursos e quantidade de carga poluidora, além de também conter mapas de riscos e de proteção das áreas de mananciais. O documento deve ser finalizado no primeiro semestre de 2020.
As 22 Metas da Sustentabilidade Hídrica Futura
Com o objetivo de tornar os municípios mais resilientes a ocorrência dos eventos climáticos extremos, o Consórcio PCJ elaborou as 22 Metas da Sustentabilidade Hídrica Futura, tendo como horizonte os próximos 30 anos. A iniciativa busca assegurar água em quantidade e qualidade para o abastecimento público, industrial e rural frente aos Desafios Climáticos.
Dentre as 22 metas destacam-se a redução das perdas hídricas para patamares abaixo de 20%, a implantação de Saneamento 100%, ou seja, 100% de tratamento e coleta de esgoto, e 100% de abastecimento de água potável. Também se estabeleceu como meta a redução do consumo de água para 110 litros por habitante/dia, esse índice atualmente nas Bacias PCJ está acima de 200 litros. O documento ainda sugere que o tema água seja tratado como assunto de segurança nacional nas políticas voltadas à gestão de recursos hídricos e incentiva a construção de reservatórios municipais, bacias de retenção em áreas rurais e piscinões ecológicos na área urbana. Mais detalhes podem ser obtidos clicando aqui.