ANA lança manual com orientações para medição de fluídos em tubulações

Publicação é voltada para projetistas, construtores e usuários de sistemas de medição de água bruta


Nesta quarta-feira, 24 de junho, a Agência Nacional de Águas (ANA) lança o Manual Orientativo para Sistemas de Medição de Vazão de Água em Condutos Forçados. O objetivo da publicação é apresentar os princípios básicos e orientações técnicas sobre medição de vazão de fluidos para os usuários de recursos hídricos e profissionais da área de maneira que eles possam realizar adequadamente o monitoramento de usos da água, por meio da medição de vazão de água em condutos forçados, como tubulações. A vazão é o volume ou massa que passa por uma secção transversal durante um determinado período e pode ser medida em litros por segundo (l/s), metros cúbicos por segundo (m³/s) ou metros cúbicos por hora (m³/h), por exemplo. 

Produzida em parceira com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), essa publicação da ANA é voltada para projetistas, construtores e usuários de sistemas de medição de água bruta sobretudo dos segmentos de captação, transporte e distribuição de água. O material serve, ainda, de referência para usuários de recursos hídricos que devem implantar e manter sistemas de mediação de vazão, conforme a Resolução nº 16/2001 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) e em conformidade com resoluções da ANA que regulamentam a Declaração Anual de Uso de Recursos Hídricos (DAURH).

Outro público-alvo do Manual Orientativo é formado por profissionais que atuam no suprimento de água para plantas industriais. Além disso, o material visa a disponibilizar informações principalmente para técnicos que atuam na gestão de recursos hídricos de modo que eles possam definir diretrizes para a medição de água em tubulações.

O Manual aborda aspectos relacionados ao dimensionamento, projeto, construção, instalação e operação de sistemas de medição de vazão de água bruta em condutos forçados. A própria ANA utiliza os conceitos abordados pela publicação em suas atividades de fiscalização de usos de recursos hídricos de domínio da União – interestaduais, transfronteiriços e reservatórios federais. A medição de vazão de fluidos também é empregada no controle das vazões e dos volumes de água produzidos, transportados e distribuídos por empresas de saneamento, indústrias ou irrigantes.

O Manual Orientativo foi elaborado considerando os principais fundamentos científicos aplicados à atividade, a normatização nacional e internacional existente sobre o tema, as recomendações de fabricantes e de laboratórios de calibração de medidores de vazão, além das tecnologias atualmente disponíveis no mercado.

Segundo o Manual, um sistema de medição de vazão de água deve fornecer medidas de vazão consistentes, confiáveis e representativas do escoamento medido. Para que a medição da vazão de um fluido seja confiável e precisa, é necessário cumprir um conjunto de atividades técnicas, que envolvem as etapas de seleção, instalação, operação e manutenção do instrumento ou sistema de medição, assim como a interpretação correta dos resultados obtidos.

O Manual aborda inicialmente os fundamentos e princípios básicos para medição de vazão de água em condutos forçados. Na sequência o enfoque é dado para o dimensionamento e o projeto do sistema de medição. Outro capítulo trata da seleção de medidores de vazão de fluidos para condutos forçados. Em seguida há explicações sobre a instalação do sensor, medidor e acessórios. O capítulo sobre operação e manutenção do sistema de medição encerra a publicação, que ainda conta com um anexo sobre as características metrológicas dos instrumentos de medição e outro sobre termos e definições acerca do tema.

A correta instalação e operação de sistemas de monitoramento de uso da água é fundamental para o controle e a gestão de recursos hídricos, especialmente em bacias e sistemas hídricos críticos em função da alta demanda e da baixa disponibilidade hídrica. Esses sistemas de monitoramento permitem o acompanhamento contínuo de vazões e volumes extraídos dos corpos d'água tanto pelos usuários do recurso quanto pelos órgãos gestores. Assim, é possível verificar o cumprimento de regras de uso da água vigentes para que a quantidade utilizada esteja sempre dentro de limites sustentáveis.

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