Obras de esgotamento sanitário do Novo Rio Pinheiros

Os quatro contratos assinados somam R$ 459 milhões e vão ampliar a coleta e o tratamento do esgoto de 164 mil imóveis localizados nas sub-bacias Cordeiro


A Sabesp assinou os últimos quatro contratos para execução de obras de esgotamento sanitário do Novo Rio Pinheiros, o programa que prevê intervenções de saneamento e socioambientais com o objetivo de devolver o rio Pinheiros limpo à população até 2022. Somados aos outros 12 já em execução, esses contratos abrem, juntos, mais de 3,7 mil vagas de trabalho. Ao todo, os serviços foram divididos em 16 licitações. 

Os quatro contratos assinados somam R$ 459 milhões e vão ampliar a coleta e o tratamento do esgoto de 164 mil imóveis localizados nas sub-bacias Cordeiro, Cachoeira/Morro do “S”, Baixo Pirajussara-Antonico e Pirajussara-Poá/Taboão. As obras vão beneficiar diretamente uma população de quase 490 mil pessoas em todo o entorno.

Por se tratar de um programa essencial para a melhoria da qualidade de vida da população, as atividades do Novo Rio Pinheiros não foram paralisadas durante a quarentena pela pandemia da Covid-19 e têm contribuído para a geração de emprego num momento em que vários setores da economia sofrem os efeitos da crise. 

Em maio passado, outros seis contratos foram assinados pela Sabesp e pelo Governo do Estado de São Paulo para realização de obras de saneamento do Novo Rio Pinheiros, no valor de R$ 681 milhões. Eles vão ampliar a coleta e tratamento do esgoto de 280 mil imóveis localizados nas sub-bacias Ribeirão Jaguaré, Alto Pirajussara, Baixo Pirajussara, Cidade Jardim/Morumbi, Águas Espraiadas e Pouso Alegre/Santo Amaro/Poli. Os trabalhos já foram iniciados e vão beneficiar diretamente uma população de quase 840 mil pessoas em todo o entorno.

Desde o final do ano passado, seis lotes já têm obras em execução e estão localizados nas sub-bacias dos córregos Corujas/Rebouças, Ponte Baixa/Socorro, Aterrado/Zavuvus e Pedreira/Olaria e também na implantação dos coletores-tronco Pirajussara e Joaquim Cachoeira e da rede coletora do Jardim Tramontano, na região do Morumbi. No valor de R$ 292 milhões, as obras vão ampliar a coleta e o tratamento de esgoto de 88 mil imóveis e atender uma população de 260 mil pessoas.

As obras e ações estão sendo contratadas na modalidade de performance. Com esse modelo, a empresa que vence a licitação fica responsável por todas as obras de ampliação e adequação do sistema de esgotamento sanitário e sua remuneração depende do resultado obtido. Para avaliar a performance, serão consideradas metas como o total de novos imóveis conectados ao sistema de tratamento de esgoto e a qualidade da água do córrego. 

A próxima etapa é o processo de contração de unidades de recuperação da qualidade da água de córregos, chamadas de URQs. Elas serão implantadas para tratar o esgoto de áreas informais, onde a ocupação não deixou espaço para a instalação de infraestrutura de coleta. Com isso, a previsão é atingir, no total, 4,1 mil postos de trabalho. 

Com investimento total estimado em R$ 1,7 bilhão, as obras do Novo Rio Pinheiros vão beneficiar cerca de 3,3 milhões de pessoas que moram em locais abrangidos pela bacia do rio Pinheiros, uma área de 271 km² que inclui bairros nos municípios de São Paulo, Embu das Artes e Taboão da Serra. Serão ligados à rede coletora de esgoto 532 mil imóveis, no total. Por meio da implantação de coletores-tronco, redes coletoras e ligações, entre outras medidas, a iniciativa vai elevar o tratamento de esgoto na região em 2.800 litros por segundo, passando dos atuais 4.600 litros por segundo para 7.400 l/s em 2022.

Novo Rio Pinheiros

A coleta e o tratamento de esgoto formam um dos eixos do Novo Rio Pinheiros, programa coordenado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente que contempla ainda ações de desassoreamento e aprofundamento do rio, coleta e destinação dos resíduos sólidos, revitalização das margens e educação ambiental. Também haverá ações para orientar os moradores a fazer a conexão de seus imóveis à rede de esgoto disponível, como determina a legislação. Em áreas de alta vulnerabilidade social, a conexão poderá ser feita nos moldes do Se Liga na Rede, o programa da Sabesp que executa obras gratuitamente dentro de imóveis de famílias de baixa renda, permitindo que as casas sejam ligadas à rede de coleta de esgoto.

Publicidade