Mauá irá produzir energia elétrica através dos resíduos sólidos urbanos

Unidade de Recuperação Energética será instalada para beneficiar Mauá e mais oito cidades


Transformar material não reciclável em energia, gerando produtos de valor agregado. Esse e o objetivo da Unidade de Recuperação Energética de Mauá, que teve o parecer técnico da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) aprovado Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Consema). A 390 Reunião Ordinária foi realizada nesta quarta-feira, 29 de julho, por vídeo conferência, por conta da pandemia da Covid-19.

“O tema de resíduos sólidos é prioritário para o governo do estado de São Paulo. O material reciclável é muito importante e o que não é reciclável precisa ser transformado em energia e gerar emprego e renda. Não podemos mais enterrar essa oportunidade. É responsabilidade do Consema defender empreendimentos e ações que gerem emprego e renda, que seja viável do ponto de vista ambiental e nos permita avançar na gestão dos resíduos sólidos”, destacou o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente e presidente do Consema Marcos Penido.

O projeto da URE será implantado em Mauá e contribuirá para prolongar a vida útil do aterro da Lara. Também deverá produzir 80 megawats de energia, através do biogás, a cada hora, o que deve abastecer cerca de 250 mil residências. A ideia é que a usina trate os resíduos sólidos urbanos dos municípios de Mauá, Diadema, Ferraz de Vasconcelos, Itanhaém, Juquiá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.

Também na pauta, o Estudo de Impacto Ambiental – Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) do Acesso Rodoviário entre os bairros Colinas do Anhanguera e Cidade São Pedro, em Santana de Parnaíba, teve voto favorável dos conselheiros. A construção do acesso viário dará maior fluidez ao trânsito, reduzirá o tempo de deslocamento e será uma rota alternativa para a população da região.

Para encerrar a reunião, o Consema aprovou a permissão de uso a título precário e gratuito, pelo prazo de 30 anos da Floresta Estadual de Bebedouro para o município de Bebedouro. De acordo com o diretor geral do Instituto Florestal Luis Alberto Bucci, as pesquisas realizadas no local estão asseguradas e o Horto Florestal, como é conhecido, terá atividades de uso público, educação, recreação, lazer e turismo para a população e geridas pelo município.

Floresta Estadual de Bebedouro

A Unidade de Conservação, administrada pelo Instituto Florestal, possui 94,27 hectares. Sua biodiversidade crescente devido à regeneração natural de sua vegetação nativa, que protege parte do Córrego do Retiro. A Floresta é a única unidade de conservação estadual da Bacia do Baixo Pardo Grande, sendo utilizada também como um dos locais de soltura de animais silvestres, principalmente aves. Lá, já foram soltas espécies como trinca-ferros, pássaros-pretos e canários-da-terra.

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