Nova Estação de Tratamento de Caconde irá tratar o esgoto de 100% do município

Obra foi entregue pelo Governo do Estado de São Paulo e faz parte do projeto Água Limpa, que traz tratamento de esgoto para locais que não possuem


O Governo do Estado inaugurou nesta quinta-feira (13), a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) da Estância Climática de Caconde. As obras foram executadas pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), por meio do programa Água Limpa, e representam um investimento de R$ 11,9 milhões.

A ETE tem capacidade para tratar o esgoto de 100% do município, beneficiando mais de 14,5 mil moradores (população prevista para 2030). Além disso, permite a revitalização do córrego São Miguel, afluente do rio Pardo, com a remoção de aproximadamente 26 toneladas por mês de carga orgânica proveniente do esgoto doméstico lançado in natura.

“Hoje estamos comemorando uma obra importantíssima para a população de Caconde. Isso traz dignidade e mostra que a cidade é ambientalmente correta, que se importa com o meio ambiente”, declarou o Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.

O equipamento tem, também, um importante papel como agente de prevenção na saúde, reduzindo o risco de disseminação de doenças hídricas.

“Essa estação possibilita a eliminação de mais de 90% de matéria orgânica que era lançada no córrego São Miguel, beneficiando toda a bacia do Rio Pardo”, lembrou o Diretor regional do DAEE na Bacia do Pardo Grande, Carlos Eduardo Nascimento Alencastre.

Ficha técnica

Localizada no quilômetro 297 da Rodovia Deputado Cunha Bueno, sentido Dutra-Campinas, a ETE de Caconde opera com um conjunto de quatro lagoas de tratamento (duas aeradas e duas de sedimentação), sistema que permite a remoção de mais de 90% da matéria orgânica.
O conjunto inclui duas Estações Elevatórias de Esgoto, emissário bruto com 617 metros de extensão; 38 metros de emissário final; além de proteção das margens do rio Bom Jesus e do córrego São Miguel.

Água Limpa

Programa Água Limpa foi criado em 2005, por meio de uma ação conjunta da então Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, DAEE e Secretaria da Saúde, com objetivo de implantar sistemas de tratamento de esgoto em municípios com até 50 mil habitantes não atendidos pela Sabesp ou serviços autônomos.

A iniciativa já investiu R$ 607 milhões na construção de 128 estações em 121 municípios, beneficiando mais de 2,8 milhões de habitantes e retirando, aproximadamente, 3,6 mil toneladas por mês de carga orgânica dos rios paulistas.

Atualmente, o Governo do Estado está investindo mais R$ 21,4 milhões na construção de ETEs nos municípios de São Joaquim da Barra e Presidente Venceslau, que vão tratar os esgotos de mais de 96 mil habitantes.

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