Itaipu Binacional investe em Unidades de Valorização de Recicláveis e no Reciclômetro para incentivar a gestão correta de resíduos sólidos
Portal Fator Brasil -
União das ferramentas traz ganhos para o meio ambiente e para a economia local
A redução de danos nos aspectos ambientais de uma destinação correta de resíduos é inquestionável, mas um benefício mais palpável desta prática é a geração de renda e postos de trabalho, com consequente crescimento da economia local. Este é um dos motivos pelos quais a Itaipu Binacional investe em Unidades de Valorização de Recicláveis (UVRs) e em boas práticas de gestão de resíduos nos municípios de sua região de atuação, com apoio técnico do Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR).
Somente em 2019, foram gerados R$ 10,8 milhões de receita na operação das UVRs nos 55 municípios da área de atuação da Itaipu, envolvendo diretamente 860 postos ativos de trabalho. Mais de 13,3 mil toneladas de materiais recicláveis foram comercializados no ano pelas UVRs e desviadas dos aterros, gerando uma economia de R$ 4 milhões às prefeituras. Os dados estão disponíveis a partir do Painel Reciclômetro, ferramenta apresentada aos técnicos das unidades e servidores das prefeituras em um webinar, na terça-feira, dia18.
O Reciclômetro é uma ferramenta que permite o monitoramento de dados registrados pelos técnicos das UVRs sobre a coleta, produção e comercialização dos resíduos sólidos recicláveis. O sistema possibilita a exportação de gráficos e relatórios sobre os resultados econômicos sociais e ambientais das unidades – informações fundamentais para o planejamento de ações para a melhoria da eficiência produtiva -, contidas no novo painel.
O desenvolvimento do Reciclômetro partiu da necessidade da Itaipu em mensurar os benefícios gerados na região a partir dos investimentos em gestão de recicláveis.
A ferramenta foi criada em 2013 pela Divisão de Ação Ambiental, responsável pelos projetos de gestão de resíduos na Itaipu e, inicialmente, consistia em planilhas que continham o cálculo de indicadores.
Em 2018, houve a ampliação de investimentos em infraestrutura das UVRs e o apoio da Superintendência de Obras da Itaipu e da equipe de técnicos regionais do PTI, pelo projeto de Fortalecimento da Gestão Pública. A partir de então, as antigas planilhas foram atualizadas e informatizadas, possibilitando a criação de um banco de dados sobre a gestão dos resíduos na região.
Para a melhor utilização de tais dados pela Divisão de Ação Ambiental, o Reciclômetro recebeu suporte também da Superintendência de Informática da Itaipu e, novamente, do PTI, pelo Centro de Tecnologias Abertas e Internet das Coisas. Foram criados painéis on-line que demonstram os históricos dos dados em gráficos. O sistema é alimentado com as informações fornecidas pelos técnicos das unidades e/ou das prefeituras, que auxiliam na organização das UVR e das organizações de catadores.
As UVRs — Atualmente, os 55 municípios da área de atuação da Itaipu possuem 33 Unidades de Valorização de Recicláveis finalizadas e outras 31 em execução. A partir da finalização de cada unidade, um planejamento operacional passa a vigorar na orientação do trabalho interno, com o acompanhamento dos técnicos regionais e locais.
Popularmente chamadas de barracões, as UVRs são espaços físicos onde as associações e ou cooperativas de catadores recebem os resíduos sólidos recicláveis advindos da coleta seletiva para as etapas de triagem, enfardamento e posterior comercialização dos materiais às indústrias, completando o ciclo de reciclagem. A implantação das unidades é feita em uma parceria entre a Itaipu e os municípios, com o apoio do PTI.
Desde o início dos acompanhamentos locais, em outubro de 2018, até os dias atuais, os indicadores demonstram resultados positivos dos investimentos e do apoio técnico, apontando um acréscimo de 45% no total de toneladas comercializadas por mês (de 527 t/mês para 763 t/mês).
O reflexo disso é o incremento de 21% nos postos de trabalho e o alcance de uma renda média por trabalhador de R$ 1.366, representando 49% de aumento se comparados o início do monitoramento, em outubro de 2018, a julho de 2020.