Novos caminhos na prática da Filantropia e da Responsabilidade Social durante a pandemia
Assessoria de imprensa -
Além das leis de incentivos tributários, entidades sociais promovem campanhas de doações e participam de eventos virtuais, entre outras ações
O atual cenário da filantropia e da responsabilidade social é desafiador. A desigualdade social ganhou maior visibilidade durante a pandemia e também criou diferenças sociais antes não perceptíveis. Por outro lado, o tema se tornou pauta em diversos canais de comunicação globalmente. “As empresas e a sociedade também devem participar das ações em prol da transformação social e não só o governo ser o protagonista. Com a pandemia o senso de responsabilidade social foi ampliado”, comentou Douglas Nicolau, fundador e CEO da Incentiv.me, no dia 2 de setembro, no “Programa Filtra Ação”, canal de conteúdo online da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais e das revistas Meio Filtrante e TAE.
O CEO explicou que a startup de inovação tributária Incentiv.me foi criada porque as pessoas e as empresas acreditam que 100% dos impostos vão para o governo, mas, o que a grande maioria não sabe é que parte desta quantia pode ser revertida para a sociedade por meio das leis de incentivos – de inovação tecnológica e de inovação social, e outras leis estaduais, que aproveitam parte do ICMS e impostos municipais, como o ISS e IPTU. “Há desafios a vencer, como a falta de conhecimento das leis e a burocracia, bem como dores no mercado, pois mais de 60% dos projetos morrem no papel, mais de 90% das empresas não aproveitam todo o potencial da legislação”, afirmou o fundador da startup, acrescentando que só de pessoas físicas há R$ 9,3 bilhões em potencial inexplorado.
Entre os caminhos para investir em filantropia, Nicolau citou alguns produtos da startup: Diagnóstico, com levantamento de dados tributários e mapeamento de potencial de investimento usando as leis; Conexão, solução que auxilia a construir o portfólio de projetos da empresa para gerar inovação tecnológica e inovação social; Ferramenta de Transparência Social, gestão do investimento incentivado, monitoramento dos projetos, bem como a mensuração do ROI.
Instituições sociais e pandemia – Francisco Neves, superintendente institucional do Ronald McDonald, explicou que a instituição sem fins lucrativos tem como missão promover a saúde e a qualidade de vida de crianças e adolescentes com câncer. “Atuamos antes, durante e o pós- tratamento de câncer infantojuvenil, ou seja, no diagnóstico precoce, encaminhamento, acolhimento, tratamento e todo o suporte para que o paciente não largue o tratamento”, comentou.
Entre os programas da instituição citou a Casa Ronald McDonald, “uma casa longe de casa” para o público que está em tratamento fora de suas cidades de origem, que oferece gratuitamente hospedagem, alimentação, transporte e suporte psicossocial para os jovens e acompanhantes. Hoje, presente em 21 estados e Distrito Federal. Uma destas casas é a Associação Projeto Crescer do ABC. Nelson Tadeu, presidente da Casa Ronald McDonald ABC, disse que, em 2019, foram atendidas 168 famílias, que resultaram em 14.526 hospedagens, 85.686 refeições servidas e 2.616 transportes realizados. “Os recursos para manter a casa vêm grande parte do McDia Feliz (31% em 2019), Nota Fiscal Paulista e FUMCAD (13% cada) e do Bazar (18%) e outros”, esclareceu. Ressaltou que, em 2020, devido à pandemia, o McDia Feliz será promovido no dia 21 de novembro, e que as empresas podem ser parceiras no projeto, comprando tíquetes do lanche e patrocinando produtos. “Já que em função da COVID-19 é preciso evitar aglomerações em festa de fim de ano, a empresa tem a opção de comprar tíquetes e distribuir aos colaboradores”, comentou.
Outra iniciativa voltada ao tratamento de jovens com câncer é a Associação Helena Piccardi de Andrade Silva – AHPAS, fundada em 2000, que atua com serviço de transporte gratuito da residência do paciente até o hospital e respectivo retorno, aliado a ações de apoio sociofamiliar. Até setembro de 2019, já foram realizados 7.500 atendimentos. “As crianças são encaminhadas pela assistência social de hospitais”, explicou. Celso Rodrigues, presidente da AHPAS, enfatizou que com a pandemia dificultou arrecadar recursos por meio do bazar e eventos.
Idealizada em 1964, pelo proprietário da Termomecanica São Paulo S.A., a Fundação Salvador Arena, que herdou todo o patrimônio de Salvador, conta com projetos nas áreas de educação, assistência social, saúde e habitação popular. Sergio Loyola, gerente de desenvolvimento e promoção social da Fundação Salvador Arena, explicou que entre as atividades oferecidas à comunidade 100% gratuitas e com recursos próprios, há o Centro Educacional da Fundação Salvador Arena – CEFSA, constituído pelo Colégio Termomecanica, pelas Faculdades de Tecnologia Termomecanica e outras estruturas de apoio. “Mais de 1,2 bilhões de reais já foram investidos em gratuidades sociais de 1998 a 2019 e beneficiou diretamente mais de 1,7 milhões de pessoas e mais de 3,2 milhões de pessoas indiretamente”, relatou Loyola, comentando alguns dos resultados da fundação, que apoia e tem projetos com entidades de saúde e habitação.
Ary Silveira Bueno, diretor da APAE Santo André, falou que a entidade, que completa 57 anos e visa promover bem-estar e inclusão social, assiste diretamente cerca de 400 jovens e adultos com deficiências físicas, intelectuais ou múltiplas e mais de 800 indiretos com atividades sociais, educacional e saúde.
Em função da pandemia, tanto Bueno quanto Rodrigues ressaltaram que a arrecadação ficou prejudicada. Diversos eventos presenciais para angariar fundos não puderam ser promovidos e nem o bazar pôde funcionar. Atualmente, entre as iniciativas do novo normal, além das campanhas de doações, Rodrigues participa de eventos virtuais e alimentam muito mais as plataformas digitais.
Ao final da live, a assistente social Cristiane Rubim destacou o papel dos profissionais da área. “Hoje, o assistente social precisa sair daquela consciência ingênua para uma crítica, de transformação, para tornar o indivíduo um cidadão, saindo um pouco só do assistencialismo”, falou. Como proposta para melhorar a imagem do setor, criou um curso de marketing do Serviço Social que aborda a construção da imagem da área, os obstáculos e oportunidades. “É preciso melhorar imagem do assistente social na sociedade para que todos entendam o seu papel”, explicou. Também lançou jornais sobre o tema.
Segundo João Moura, presidente da Abrafiltros “fizemos questão de abrir este espaço para um assunto de tamanha relevância e que têm sido fundamental na vida de tantas pessoas e suas famílias. Nosso convite é para que as empresas conheçam e apoiem estes projetos”.
Para mais informações sobre o tema, basta acessar o programa na íntegra na TV Filtros, no YouTube (www.youtube.com.br/tvfiltros), ou ouvir o podcast no Spotify.
Sobre a Abrafiltros:
Criada em 2006, a Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial e tratamento de água e efluentes – ETA e ETE, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.