Consumidores residenciais da Região Metropolitana de Curitiba reduziram em 20% o consumo de água
Sanepar -
Sanepar agradece empenho da população e reitera importância da manutenção do uso econômico da água
A META20 foi atingida em outubro, segundo levantamento da Sanepar. A combinação dessa economia com o rodízio e as captações emergenciais de água permite que a Companhia garanta o abastecimento mesmo na crise hídrica, que nesta quarta-feira (11) chegou ao seu pior cenário, com 26,7% de reservação, o mais baixo da história de medição das barragens que compõem o Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana.
A Sanepar também fez uma projeção de como estariam os níveis das barragens sem as ações mitigatórias de rodízio, captações emergenciais e META20. Os cálculos mostram que, sem essas medidas, o sistema entraria em colapso no dia 29 de novembro. Ou seja, a partir desse dia, não haveria mais água disponível para o abastecimento público. No dia de hoje (11), os níveis que estão em 26,7% estariam em torno de 7%.
“Por isso, agradecemos a colaboração da população que tem compreendido a situação e atendido ao nosso apelo e pedimos que mantenham essa receita do uso racional da água. O rodízio e a META20 requerem empenho de todos, e são essas ações que vão garantir abastecimento a todos de forma igualitária”, afirma o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile.
A campanha META20 foi lançada em agosto quando foi alterado o modelo de rodízio para 36 horas de fornecimento de água por 36 horas sem água devido à tendência de queda mais acentuada dos níveis das barragens. Se os níveis de reservação caírem para 25%, a Sanepar poderá implantar modelo mais rígido de 24 horas com água e 48 horas sem água.
O Paraná passou a integrar em agosto o Monitor da Seca, criado devido à estiagem severa do Nordeste em 2012. Dados do observatório mostram que 62% do território paranaense estão afetados pela seca e 8%, incluindo a Região Metropolitana de Curitiba, enquadra-se em seca severa.
Dados meteorológicos preveem o prolongamento da estiagem, com chuvas abaixo da média, até o primeiro trimestre de 2021. “Nossos reservatórios dependem essencialmente das chuvas para que seus níveis voltem à normalidade. E isso reforça a importância da colaboração de todos”, destaca o presidente.
Além do rodízio, a Sanepar implementou ações de captações de água em cavas e pedreiras e transposição de rios para incrementar o volume de água das barragens.