Saneago e BRK Ambiental lançam campanha “Rede de esgoto não é lixeira”
Saneago -
Objetivo é orientar a população sobre o uso correto da rede de esgoto e os problemas que a má utilização pode acarretar
Mensalmente, cerca de 5 toneladas de lixo são retiradas das redes de esgoto de Aparecida de Goiânia. Em Rio Verde, Jataí e Trindade essa média também se repete. Até mesmo animais vivos, como um jabuti, foram encontrados na tubulação, nos últimos meses. Com o objetivo de orientar a população sobre o uso correto da rede de esgoto e reduzir a quantidade de vazamentos, sobretudo agora no período chuvoso, quando o volume na tubulação aumenta, a Saneago e a BRK Ambiental estão veiculando a campanha educativa “Rede de esgoto não é lixeira”.
Os clientes vêm sendo alertados sobre os transtornos causados pelo lançamento indevido de lixo, óleo e água da chuva na rede. A BRK Ambiental é a empresa subdelegada da Saneago para a gestão do esgotamento sanitário e execução de obras nestas cidades. Cerca de 80% das solicitações de reparos de vazamento de esgoto são causadas pelo lançamento de lixo e água pluvial na rede. Entretanto, em Rio Verde, o índice de problemas resultantes do uso indevido da rede chega a 98%.
A prática de direcionar a água da chuva para a rede coletora sobrecarrega o sistema e colabora para o retorno do esgoto em vias públicas e estabelecimentos, pelos ralos e vasos sanitários, além de danificar o sistema de coleta e transporte, e interferir nas estações de tratamento de esgoto. As ETEs são projetadas para receber um certo volume de resíduos e, caso a água da chuva siga para o tratamento, pode ocorrer o aumento desproporcional da vazão, o que gera dificuldades no processo.
Vilões
Embora a rede coletora seja projetada para receber apenas 1% de sólidos e 99% de material líquido, todos os dias as equipes retiram objetos da tubulação. Dentro de um imóvel, estão conectados à rede de esgoto o vaso sanitário, as pias e lavatórios da cozinha e banheiro e o ralo do chuveiro, locais que deveriam receber apenas a água usada nessas atividades, mas que acabam recebendo uma grande quantidade de lixo. Entre os itens indevidamente descartados nas redes estão absorventes, preservativos, roupas íntimas, fronhas, lençóis, tijolos e até mesmo pneus.
Diariamente, os operadores das ETEs encontram diversos tipos de lixo que chegam às estações, onde o resíduo é separado no primeiro processo, chamado gradeamento, e depois é encaminhado ao aterro sanitário. Mas, o problema ocorre antes mesmo da chegada do lixo às estações. Durante o percurso na tubulação, todo esse material pode obstruir a rede de esgoto e até mesmo rompê-la, causando os extravasamentos.
A campanha educativa da Saneago e BRK Ambiental chama a atenção, de forma especial, para dois itens frequentemente descartados nos ralos, e que são os grandes vilões dos entupimentos das tubulações nos imóveis: as sobras de óleo e os fios de cabelo, que, quando acumulados criam uma espécie de barreira impedindo o fluxo natural do esgoto.
Cuidados
Para prevenir problemas no processo, as equipes realizam manutenções periódicas nas redes, com o uso de tecnologias que desobstruem a passagem do esgoto. No entanto, a colaboração da população é fundamental para evitar entupimentos e vazamentos, e este é o ponto central da campanha de orientação. Basta levar em consideração a dica que é fornecida nos materiais de divulgação: a água da chuva não deve ser direcionada para os ralos e qualquer tipo de embalagem, materiais sólidos, óleo ou fios de cabelo também não devem ser descartados na rede de esgoto. O lixo deve ser jogado no lixo.