Resultado do diagnósticos de Prestação dos Serviços de Saneamento Básico
Infraroi -
Mais de 16% da população ainda não tem acesso a água tratada e 46% não tem coleta de esgoto
As ligações às redes de abastecimento de água cresceram de 57,2 milhões, em 2018, para 59,1 milhões (3,3% a mais) no ano passado. A população atendida é de 170,8 milhões de pessoas, o que corresponde a 83,7% dos brasileiros. Já a coleta de esgoto atende 54,1% da população, em uma rede de 354,3 mil km. Em relação a 2018, são 8,1% a mais.
Os números são do Diagnósticos de Prestação dos Serviços de Saneamento Básico 2019, levantados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e divulgados nesta semana pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). O levantamento foi realizado com base em informações de 10.229 empresas de água, esgotos, manejo de resíduos sólidos urbanos e drenagem e manejo de águas pluviais de todo o Brasil.
O consumo médio de água no País registrou queda. Em 2019, foi de 153,9 litros ao dia por habitante – uma redução de 0,6% em comparação a 2018. Os consumos variam regionalmente de 120,6 litros diários por habitante na Região Nordeste a 177,4 litros na Região Sudeste.
Outro dado apresentado pelo SNIS é o índice de perdas na distribuição de água, que aponta a diferença entre o volume de água distribuído e o que é efetivamente contabilizado como consumo por parte da população. O indicador contempla o percentual das perdas resultantes de vazamentos, ligações irregulares ou falhas na medição. Em 2019, as perdas alcançaram 39,3% (0,8% a mais que o registrado em 2018).
Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
O diagnóstico de manejo de resíduos sólidos urbanos reuniu informações de 3.172 municípios, com população total de 154,2 milhões de pessoas (82,7% da população total). A cobertura de coleta domiciliar atendeu 98,8% da população urbana, com recolhimento estimado de 65,1 milhões de tonelada, o que corresponde a 990g diárias por habitante. Desse total, 1,6 milhão foi coletado de forma seletiva.
Em relação à destinação dos resíduos sólidos, 75,1% (64,05 milhões de toneladas) foram dispostos em aterros sanitários e 24,9% (15,92 milhões de toneladas), em unidades de disposição final consideradas inadequadas, como aterros controlados e lixões.