Sanepar contabiliza quatro bilhões de litros de água incorporados ao Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC)
Sanepar -
Crise hídrica levou a Sanepar a adotar mais de 20 medidas para compensar queda na vazão dos rios e poços e das barragens do Sistema de Abastecimento
Com o encerramento da captação emergencial de água na Pedreira Orleans, na primeira semana de dezembro, a Sanepar contabilizou cerca de quatro bilhões de litros de água incorporados ao Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC). A operação na Pedreira Orleans, em Campo Magro, teve início em julho com o lançamento de 150 litros de água por segundo ao Rio Passaúna, melhorando a performance da barragem.
Desde o início da crise hídrica, que registrou os índices pluviométricos mais baixos das últimas décadas, a Sanepar executou mais de 20 medidas para compensar a queda na vazão de rios e poços que impactou drasticamente a produção de água para o abastecimento público.
Em março, com a queda nos níveis do Rio Despique e do Rio Miringuava, que abastecem bairros da região Sul de Curitiba e cidades também ao sul da Região Metropolitana, foi implantado rodízio para garantir a distribuição da água de forma igualitária para todos os moradores.
No fim de abril, a Sanepar antecipou obras de interligação do Reservatório Corte Branco, em Curitiba, para reforçar a distribuição de água nas regiões mais afetadas. Em 2 de maio, a Sanepar colocou em funcionamento uma captação emergencial em Fazenda Rio Grande, com o bombeamento de 40 litros de água por segundo de cavas de extração de areia até o Rio Despique.
Com o agravamento da estiagem, em 7 de maio, o governador Carlos Massa Ratinho Júnior decretou situação de emergência hídrica no Estado por 180 dias, estabelecendo o uso prioritário da água para abastecimento humano. O período de emergência hídrica foi prorrogado em 30 de outubro.
E, em 18 de maio, a Sanepar estendeu o rodízio para toda a população de Curitiba e 11 cidades da Região Metropolitana, com a divisão das áreas em cinco grupos, que recebiam água durante quatro dias, com 24 horas sem água.
Também em maio, entrou em operação mais uma captação emergencial de água, em São José dos Pinhais, com bomba flutuante em lagoa formada na Pedreira Malhada. Em meados de julho, o sistema foi esgotado, depois de a Sanepar retirar 500 milhões de litros de água.
No último dia de julho, a Sanepar passou a fazer a transposição de 130 litros por segundo do Rio Pequeno até um afluente do Rio Miringuava.
Mesmo com todas as medidas até então adotadas, as chuvas continuaram insuficientes para repor os índices de reservação. Em agosto, os níveis das barragens chegaram a 28%, o que levou a Sanepar a adotar um novo modelo de rodízio no fornecimento de água com a redução do intervalo entre a suspensão e a retomada do abastecimento. Dividida em três grupos de bairros, a população passou a ficar um dia e meio sem água e um dia e meio com água (36 horas X 36 horas). Além disso, a Companhia lançou a campanha Meta20 que visa a economia de 20% do consumo de água.
Outra medida foi a distribuição e a instalação de caixas d’água de 500 litros para famílias inscritas na Tarifa Social e que moram em áreas de rodízio. Essa ação teve parceria com a indústria Tigre, a empresa ferroviária Rumo, o Exército e o Corpo de Bombeiros.
Em outubro, passou a funcionar a transposição do Rio Miringuava Mirim que leva 170 litros por segundo em 2,7 km de tubulação até um afluente do Rio Miringuava.
Em outubro, a população atingiu a Meta20 de redução de 20% no consumo de água, campanha iniciada junto com a nova fase do rodízio, em agosto.