Programa “Novo Rio Pinheiros” expande número de imóveis conectados à rede coletora e de tratamento de esgoto

Programa encerrou o ano de 2020 com 120 mil imóveis conectados e previsão é que até 2022 mais de 500 mil conexões sejam realizadas


O Programa “Novo Rio Pinheiros”, do Governo do Estado de SP, encerra o ano de 2020 com mais de 120 mil imóveis conectados à rede para coleta e tratamento de esgoto (o que equivale ao esgoto coletado numa cidade de 360 mil habitantes, como Franca). A previsão é que até 2022, mais de 500 mil conexões sejam realizadas dentro do projeto. A expansão do serviço de saneamento promovida pela Sabesp vai beneficiar mais de 3 milhões de pessoas e evitar que todo o resíduo orgânico desses locais chegue até o rio.

O serviço de saneamento básico, principal ação para despoluição do Pinheiros, está distribuído em 16 contratos já assinados e com todas as obras previstas em andamento. Três deles estão com mais de 70% de execução: Pedreira/Olaria, Ribeirão Aterrado/Zavuvus e Ponte Baixa/Socorro. Também já estão assinados os contratos para as Unidades de Recuperação de Qualidade da Água, que vão recuperar os afluentes diretamente nos córregos.

“Nosso foco em 2019 foi preparar todos os contratos, emitir as licenças necessárias, realizar um trabalho de comunicação junto à população para conscientizar sobre a importância da regularização da rede, bem como o descarte correto de lixo. Logo depois iniciamos as obras de saneamento e, em pouco mais de um ano, já contamos com números expressivos que propiciaram a melhoria da qualidade da água dos córregos que se conectam ao rio Pinheiros”, explica o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), Marcos Penido.

As obras de saneamento básico do projeto Novo Rio Pinheiros devem ser concluídas em abril de 2022 e após esse período será realizada “operação assistida” para avaliar o funcionamento completo do sistema implantado.

“O Rio Pinheiros é um cartão-postal de São Paulo e o objetivo do programa é reintegrá-lo à vida dos paulistanos. Além desse ganho coletivo, há um benefício direto para essa população que passará a ter a coleta e o tratamento de esgoto. Elas terão mais qualidade de vida e saúde”, diz o diretor-presidente da Sabesp, Benedito Braga.

Além da expansão da rede de coleta de esgoto, o programa conta ainda com os eixos de manutenção, revitalização, educação ambiental e tratamento dos resíduos sólidos.

A revitalização do canal e de todo o seu entorno tem como objetivo aproximar a população do rio por meio dos espaços de lazer e entretenimento, propiciando mais saúde e qualidade de vida a todos.

Revitalização
Em novembro foi realizada a assinatura do contrato para revitalização da antiga Usina da Traição, agora rebatizada Usina São Paulo. A licitação promovida pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. (EMAE) teve como ganhador o consórcio Usina São Paulo SPE S.A, que será responsável por implementar espaços de uso público na área de 29.804 metros quadrados, incluindo a cobertura do prédio e o entorno. A ideia é que o espaço abrigue cafés, bares, restaurantes e lojas para transformar o local em um novo cartão postal da cidade.

Já a área da ciclofaixa, que é de responsabilidade da CPTM, passou por melhorias com o apoio da iniciativa privada, como novas sinalizações de pontos, placas de orientações, guaritas de alvenaria com banheiro e ar condicionado. O asfalto danificado foi refeito, além da retirada de lombadas para garantir a acessibilidade a bicicletas adaptadas para pessoas com deficiência.

A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente publicou em novembro um chamamento público para implantação de um parque linear às margens do canal oeste do Pinheiros. A parceria abrange o trecho entre a sede do Pomar Urbano e a Ponte Cidade Jardim, com aproximadamente 8,2 mil metros de extensão. Estão previstos pista de caminhada, ciclovia, pontos de alimentação, banheiros, além de novos acessos para interligação com o transporte público. Todas as estruturas e atrativos serão de uso público e gratuito.

Manutenção
Paralelamente ocorrem também os trabalhos de manutenção das margens, aprofundamento e retirada do lixo do rio. Até o momento foram retirados 240 mil m³ de sedimentos por meio do desassoreamento, o que equivale a 15 mil caminhões basculante.

Os resíduos sólidos estão sendo retirado por meio de barcos, redes e boias. Até 24 de novembro de 2020, foram removidas mais de 18 mil toneladas, entre eles garrafas pet, bicicletas, pneus, plásticos, entre outros.

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