GT Paranapanema realiza seu primeiro encontro por videoconferência
Assessoria de Comunicação Social (ASCOM) Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) -
Grupo de Trabalho do Paranapanema é coordenado pelo diretor da Área de Hidrologia, Vitor Saback, e busca elaborar proposta de condições de operação
Nesta quarta-feira, 3 de fevereiro, o Grupo de Trabalho do Paranapanema (GT Paranapanema) realizou seu primeiro encontro por videoconferência, que contou com representantes da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e demais instituições que integram o GT: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema (CBH Paranapanema), Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) e Instituto Água e Terra do Paraná (IAT).
Criado pela Portaria ANA nº 361/2021, o Grupo de Trabalho do Paranapanema é coordenado pelo diretor da Área de Hidrologia, Vitor Saback, e busca elaborar proposta de condições de operação para os reservatórios das hidrelétricas instaladas no rio Paranapanema, que passa por São Paulo e Paraná. Nesse sentido, na reunião de instalação do GT a temática da operação dos reservatórios como alternativa para aumentar a segurança hídrica da bacia hidrográfica foi debatida.
Durante o primeiro encontro, aconteceu uma apresentação para contextualizar as atribuições legais quanto à gestão de recursos hídricos, assim como uma caracterização geral da bacia do rio Paranapanema e dos aproveitamentos hidrelétricos instalados nela.
A região vem enfrentando condições hidrometeorológicas e de armazenamento desfavoráveis, devido a chuvas e afluências abaixo da média – o que tem prejudicado a recuperação dos volumes de água armazenados nos reservatórios. Nesse contexto, a implementação de condições de operação para os reservatórios do Sistema Hídrico do Rio Paranapanema pode proporcionar o aumento da resiliência da bacia em condições hidrológicas desfavoráveis, como a atual. A próxima reunião está prevista para o início de março.
Além de ter criado o GT Paranapanema, a ANA iniciou as atividades da Sala de Crise do Paranapanema em 1º de março de 2019, quando a bacia já passava por seca. O grupo acompanha as condições de operação dos reservatórios das hidrelétricas de Jurumirim (SP), Chavantes (PR/SP), Capivara (PR/SP) e Mauá (PR) para conciliar a geração de energia e outros usos – especialmente o turismo. As reuniões podem ser assistidas por meio do canal da ANA no YouTube e os boletins diários de monitoramento estão disponíveis no site da Agência.
Bacia do rio Paranapanema
O rio Paranapanema nasce na Serra Agudos Grandes, em Capão Bonito (SP) e percorre 929 km até desaguar no rio Paraná. O curso d’água é usado para abastecimento, irrigação, navegação, geração de energia elétrica, criação de peixes, lazer, entre outros usos. Mais do que uma divisa entre Paraná e São Paulo, o rio Paranapanema é um eixo de integração entre duas regiões homogêneas em termos de identidade social, cultural e econômica.
A bacia do Paranapanema abrange o sul de São Paulo e o norte do Paraná com uma área de 106.554,534km², 247 municípios (115 em São Paulo e 132 no Paraná) e população de mais de 4,7 milhões de habitantes. Do Produto Interno Bruto (PIB) total dos municípios da bacia (R$ 76,5 bilhões, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2011), aproximadamente 24% (R$ 18,3 bilhões) referem-se às atividades industriais, 13% (R$ 10,1 bilhões) à agropecuária e 63% (R$ 48,1 bilhões) aos serviços.