Investimentos em saneamento estão diretamente ligados à qualidade de vida. No Paraná, que já possui uma média de 80,7% de atendimento nos municípios com rede coletora de esgoto, as cidades com os melhores índices de acesso à água tratada e de coleta e tratamento de esgoto também apareceram nas listas das melhores cidades para se viver. Maringá lidera o Ranking Macroplan 2021, que apresenta os Desafios da Gestão Municipal, da Revista Exame, e  tem no serviço da Sanepar uma das bases que garantem essa posição. A “Cidade Canção” tem 99% de Índice de Atendimento com Rede Coletora de Esgoto (IARCE) e 100% da população tem acesso à água tratada de qualidade.

Curitiba aparece na liderança no ranking entre as capitais e tem números praticamente iguais aos de Maringá. A capital paranaense tem 96% da população com acesso à rede coletora de esgoto e 100% de atendimento com água potável. 

Mas a lista inclui outros municípios entre os melhores do Brasil, todos atendidos pela Sanepar. Cascavel ocupa a sétima posição no ranking do Trata Brasil e é a única cidade que teve nota máxima nos indicadores de água e de coleta e tratamento de esgoto. No ranking da Revista Exame, é indicada como a 11.ª melhor cidade para se viver. Graças ao saneamento, Cascavel subiu 24 posições na última década. No ranking nacional, nas 20 primeiras posições, seis são cidades paranaenses.

UNIVERSALIZAÇÃO

Pequenas cidades do interior também tiveram melhora nos indicadores de saúde e qualidade de vida após a implantação do serviço de coleta e tratamento de esgoto. Em Diamante do Norte, na Região Noroeste, o reflexo da rede instalada em 2017 já veio no ano seguinte. O Índice Ipardes de Desenvolvimento Municipal (IPDM) na dimensão saúde saltou de 0,84 para 0,86 em apenas um ano quando a cidade alcançou índice de atendimento com rede coletora em torno de 55%.

O município de Nova Aurora, na Região Oeste, teve significativa melhoria com a redução de doenças diarreicas. Quando o serviço de esgoto foi implantado em 2014 o município constatou 897 casos em um ano. Em 2020, com mais de 60% da população atendida com coleta de esgoto, a cidade registrou apenas 162 casos de acordo com relatório do Sistema Único de Saúde (SUS). 

O Paraná caminha para a universalização dos serviços de saneamento, prevista no novo marco do saneamento e que estipula o prazo de até 2033 para que 90% da população tenha acesso aos serviços de coleta e tratamento de esgoto.

Os investimentos da Sanepar estão orientados para essa meta. Em 2020 foram R$ 968,9 milhões, sendo R$ 420 milhões em água, R$ 473 milhões em esgoto e cerca de R$ 77 milhões em obras administrativas e outros.

Para 2021, o Plano Plurianual de Investimentos (PPI) prevê R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 688 milhões em água, R$ 653,3 milhões em esgoto e R$ 78,6 milhões em obras administrativas e outros.

No item de abastecimento de água, o Paraná já alcançou a meta do marco de saneamento que é de 99% em 2033. Em todos os municípios atendidos pela Sanepar, 100% da população urbana tem acesso a água tratada.