A água das piscinas precisa ser tratada com frequência para que o banhista tenha segurança em sua recreação. A qualidade da água das piscinas de academias, clubes, hotéis, condomínios e residências é fundamental para manter a saúde e o bem-estar dos banhistas. Para manter esta qualidade, filtragem, remoção de materiais em suspensão,  aspiração, escovação e limpeza da borda; análise e correção dos parâmetros de alcalinidade, pH, dureza cálcica e cloro; e aplicação de produtos para manutenção, como algistático e clarificante devem ser realizados. O principal produto deste processo químico é o cloro. Manter o cloro residual entre 1 ppm e 3 ppm (partículas por milhão), conforme norma ABNT, protege a água da piscina contra contaminações.  
São comuns os mitos criados em relação ao cloro utilizado no tratamento da água de piscinas. Segundo Junior Galinari, gerente de marketing e vendas da HidroAll, propagandas divulgam o tratamento de piscinas sem cloro. “O que nem todos sabem é que o cloro é muito importante no tratamento das piscinas. Quando o tratamento é realizado de forma correta, mantendo o teor de cloro entre 1 ppm e 3 ppm, é o único que realmente mantém a água protegida de bactérias e microrganismos causadores de doenças durante as 24 horas do dia” – aponta. 
Os métodos alternativos ao cloro convencional, raios ultravioletas, ozonizadores e ionizadores, entre outros, segundo Galinari, são apenas coadjuvantes e eficazes como tratamentos auxiliares associados aos derivados clorados, únicos que mantêm residual de cloro na água. “Esses métodos apenas desinfetam a água que passa naquele momento pelo equipamento. Não criam residual de proteção na água como o cloro faz. Caso algum agente infeccioso entre em contato com a água da piscina, ele não será eliminado, trazendo riscos à saúde dos banhistas” – explica. Os derivados clorados da HidroAll, por exemplo, incluem estabilizador que protege a piscina por muito mais tempo. 
Para o gerente, uma piscina tratada com cloro é ”sinônimo de manutenção da saúde”. ”O cloro desinfeta a água, não irrita a pele e os olhos quando usado de maneira e em quantidade adequadas e elimina qualquer microrganismo prejudicial à saúde” – afirma Galinari.

Tecnologias caras
As tecnologias digitais com conectividade ainda são muito caras para este mercado. Nenhuma tecnologia automatiza 100% o tratamento da piscina. ”A dosagem do cloro é automatizada, mas ainda é preciso trazer os insumos para o local, medir e ajustar a alcalinidade, dureza cálcica e outros parâmetros químicos. E para automatizar a regulagem do pH, é preciso continuar alimentando o recipiente de dosagem“ – diz Rodrigo Gosser, instrutor no depto. de marketing da Panozon Ambiental.
O ozônio desinfecta e oxida a matéria orgânica de modo sustentável e renovável, seu subproduto é o gás oxigênio, e age como bactericida, fungicida e viricida. ”O gerador de ozônio com dosador de cloro de passagem por pastilhas é a forma mais saudável, simples e barata de ajudar a automatizar a desinfecção e a oxidação da piscina“ – enfatiza.
Em sua maioria, a automação não existe na tecnologia do filtro também, ainda é muito cara. “Mas é possível automatizar por recursos e dispositivos independentes, como timer e válvulas automáticas, e instalar equipamentos que conectam os dispositivos da casa de máquinas da piscina com automação e controle remoto“ – ressalta Gosser.

Ionização com timer
Outro tipo de tratamento é a ionização com íons prata e cobre. “Tratar a água da piscina com o ionizador é 100% seguro para a saúde das pessoas e não tem qualquer tipo de contraindicação, já que é isento de produtos químicos“ – menciona Vinicius Ciocci, diretor de marketing da Pure Water. Desenvolvido pela Nasa, segundo ele, o tratamento para água por ionização foi utilizado nas missões tripuladas ao espaço – Apollo – e, hoje, é usado no mundo todo.
Os ionizadores mantêm a água cristalina e saudável. “Os íons permanecem agindo contra os microrganismos na água mesmo no intervalo que o sistema de filtragem fica desligado. A ação residual permite que a filtração diária seja a mínima necessária“ – comenta Ciocci. 

Dos tratamentos alternativos, a Ionização é a que menos consome energia. “O Pure Water é um aparelho simples, mas automático e com muita tecnologia embarcada. Os íons de cobre e prata são lançados na água, na quantidade ideal, eliminando algas, vírus, bactérias e fungos“ – destaca Ciocci.
O painel eletrônico aplica energia sobre eletrodos de cobre e prata que liberam automático os íons em quantias mínimas predeterminadas. Fitas de teste verificam semanalmente os níveis de íons cobre/prata e o pH. O ionizador liga e desliga a bomba pelo timer, não altera o pH nem a alcalinidade da água. Basta aspirar o fundo da piscina para remover folhas e poeira. 

Etapas 
Etapas para tratamento da água da piscina: 
Na casa de máquinas, são realizadas a filtragem para retirar resíduos sólidos, a desinfecção e a oxidação dos contaminantes. Veja o esquema abaixo:

• Inicia-se com a limpeza física da água para retirar a sujeira do fundo da piscina, folhas e insetos da superfície, do skimmer (coadeira) e do filtro;
• A filtração remove os sólidos da água que deixam a piscina com alta turbidez;
• Cabelos, folhas, pedras, gravetos, entre outros, são removidos por pré-filtro ou filtro. O pré-filtro da bomba retém as maiores sujeiras em seu cesto (ver foto ao lado); 
• Impurezas sólidas menores, como insetos, poeira e terra, são retidos no filtro de areia (ver foto abaixo);

• O meio filtrante mais comum na manutenção da água de piscina é o quartzo (areia). Os outros tipos de meios filtrantes são zeólitas, diatomitas e filtros de poliéster;
• Depois, repor o nível da água e analisar os parâmetros de alcalinidade, pH e dureza total com Kits de Testes e, caso necessário, corrigi-los;
• São dosagens de produtos químicos para corrigir o pH da água, de coagulantes para  remover sujidades e de produtos químicos para desinfecção;
• A desinfecção inativa os microrganismos, tornando a água segura e saudável ao banhista;
• Todos os contaminantes encontrados na água são oxidados (ver foto);
• Matéria orgânica: urina, suor e pele morta; 
• Contaminantes químicos: protetores solares, bronzeadores e maquiagens;
• Microrganismos: bactérias e vírus;

• No tanque, é feito o balanceamento químico da água: alcalinidade, pH e residual de saneante mantido para proteger a água; 
• Além de fazer manutenções periódicas: peneirar, escovar, decantar e regular outros parâmetros químicos.
Fonte: ProMinent, HidroAll e Panozon.
É necessário saber o volume correto da piscina para que as dosagens para tratamento da água sejam precisas – a ferramenta de Cálculo de Volume do site da HidroAll, www.hidroall.com.br, calcula o volume e as dosagens de produtos.

Alcalinidade e pH
Alcalinidade são substâncias na água que neutralizam ácidos e evita variações. Para uma piscina, o ideal é mantê-la entre 80 e 120 ppm. O pH indica a acidez na água da piscina e o ideal é ficar entre 7,2 e 7,6, próximo do pH da água pura. Quando o pH está abaixo de 7,0 (ácido), a água irrita os olhos e as mucosas e aumenta a corrosão nas tubulações e equipamentos. O pH acima de 7,8 interfere na desinfecção, deixa a água turva e provoca incrustações. A HidroAll indica como fazer os ajustes:
• Alcalinidade abaixo de 80 ppm e pH abaixo de 7,2:
Usar produto que elevador da alcalinidade, estabilizando o pH.
• Alcalinidade acima de 200 ppm* e/ou pH alto (acima de 7,6):
Aplique um redutor.
• Alcalinidade correta e pH baixo:
Utilize um neutralizador de acidez.
* Corrigir a alcalinidade acima de 200 ppm porque alguns fatores contribuem para sua redução espontânea.
 
Dureza 
A dureza é a medida de sais de cálcio e magnésio na água e corrigi-la previne manchas e incrustações, desgaste de rejuntes e desprende pastilhas e azulejos. A HidroAll orienta que para aumentá-la, adicionar sal à base de cálcio, e para reduzi-la, substituir parte da água, escoando e abastecendo-a com água nova até que a dureza do cálcio fique ideal. Após ajuste dos parâmetros, a água está balanceada e pronta para a desinfecção com o cloro.

Cloraminas
Geradas pela reação do cloro com as impurezas da piscina, suor, bronzeadores e cremes, as cloraminas são irritantes e agridem as mucosas e estragam roupas de banho de piscinas tratadas com cloro. Além disso, resseca cabelos e pele, arde os olhos, irrita as vias respiratórias e problemas alérgicos.

Fonte: https://panozon.com.br/wp-content/uploads/2022/09/Guia-Pratico-de-Tratamento-de-Piscinas-com-Ozonio.pdf

  
Perigo da água não tratada
Uma piscina mal cuidada pode conter microrganismos patógenos que causam mal à saúde dos banhistas. “Esta piscina também pode conter subprodutos de desinfecção, cloroaminas, por exemplo, que causam problemas de pele e irritação nos olhos“ – diz Camboci Schreiber, gerente de projetos do depto. de vendas da ProMinent.
Além do aspecto da água da piscina, existe a importância sanitária. “É quando a utilização da piscina coloca a saúde dos banhistas em risco. Porque envolve a transmissão de doenças causadas por microrganismos e bactérias por ingestão e contato com água contaminada e de insetos que se desenvolvem na água” – adverte Galinari, da HidroAll.
A principal consequência da água não tratada é o risco iminente à saúde do banhista. “A água transmite doenças se não for tratada corretamente, desde uma simples conjuntivite, micoses, candidíase e até hepatite“ – pontua Gosser, da Panozon.
Outra negligência com o tratamento da água é o esverdeamento devido à proliferação de algas. ”Uma piscina com água cristalina não é sinônimo de uma piscina com água saudável. Quando ela fica verde por algas, é claramente identificável. Mas se a água está cristalina, porém contaminada com microrganismos patogênicos, não são vistos a olho nu. Por isso, a água da piscina precisa ser tratada com parâmetros corretos – alerta Gosser.

“É essencial que a água da piscina esteja tratada e haja manutenção regular, com parâmetros sempre ajustados e residual de cloro constante para garantir a saúde e a segurança dos banhistas” – orienta Galinari.
O custo é muito maior para recuperar a água da piscina do que o custo de manutenção periódica. “A água precisará de muito mais produtos e tempo para ser recuperada, além do risco de entupimento e avaria dos equipamentos” – salienta Galinari.
A Pure Water alerta as consequências de não cuidar da água da piscina:
• Risco de doenças e infecções: o perigo da água não tratada de uma piscina é a contaminação porque permite que todo tipo de microrganismo se desenvolva. No caso de microrganismos patológicos, ao engolir a água, o banhista pode contrair doenças e/ou infecções, por exemplo, do tipo E. coli, ou por contato da pele com fungos etc. Entre as doenças na água recreativa, estão infecções de pele, como dermatites, de ouvido (otitis), disenterias etc. As disenterias são as doenças mais relatadas e são causadas por germes, principalmente fecais;
• Crescimento de algas: uma piscina sem tratamento por duas semanas começa a ficar verde devido às algas que se reproduzem rápido e favorecem proliferar bactérias perigosas no ambiente. Além disso, as algas causam danos ao revestimento da piscina.
• Desenvolvimento de larvas de mosquitos: água da piscina não tratada é condição propícia para a reprodução de mosquitos que podem depositar seus ovos na água e se proliferarem. Por serem vetores de doenças, o aumento dos mosquitos potencializa a  transmissão de dengue, chikungunya, zika, febre amarela, entre outras, para a família e quem mora próximo.
• Danos à piscina: piscinas com pH, alcalinidade ou dureza desajustados sofrem danos, como corrosão ou incrustações. Partes da piscina que ficam danificadas: revestimentos, rejuntes e partes metálicas, como registros, refletores, acessórios, parafusos, escadas e a própria bomba.

Frequência de limpeza   
É essencial seguir uma frequência de limpeza da água da piscina para mantê-la ideal para banho. As dicas de limpeza abaixo facilitam cuidar da água da piscina. 
O tratamento da água da piscina precisa ser constante e diário. “Não existe ‘só tratar a piscina quando for usar´ porque consome mais tempo e eleva os custos de manutenção.“ As normas ajudam o usuário a fazer o tratamento corretamente. “A norma de qualidade de água diz que é necessário filtrar toda a água da piscina diariamente, além de manter residual constante de um saneante na água“ – diz Gosser, da Panozon.
A água deve ser filtrada de seis a oito vezes o volume total da piscina por dia. “Deve ser dosado produto para a correção de pH, coagulante para remover sólidos e sujidades e a água desinfetada com solução de cloro, ozônio ou radiação UV para eliminar microrganismos que causam doenças“ – recomenda Schreiber. Todos os equipamentos da empresa são automatizados com dados on-line da qualidade da água na piscina. Segundo ele, a ProMinent tratou a água das piscinas das Olimpíadas de Munique, Sidney, Athenas e Beijing.
Para uma piscina tratada durante todo o ano, é preciso estabelecer uma rotina de manutenção completa e periódica – no mínimo, semanal. O tratamento da piscina com ionização Pure Water, com timer incluso, por exemplo, é diário e automatizado. “O dono da piscina se preocupará muito menos para manter a água limpa, cristalina e saudável. O próprio painel do ionizador, programado ao ligar, aciona, simultaneamente, a bomba de filtragem, adicionando íons de prata e cobre à água enquanto filtra a piscina“ – expõe Ciocci. 
Dependendo da utilização e do número de banhistas, cada piscina possui um intervalo diferente para a manutenção, que pode ser diária, a cada dois dias ou mais. “Outros fatores, como o vento, a chuva e as plantas ao redor, também interferem no intervalo de manutenção da piscina. Quanto menor a quantidade de impurezas/sujeiras, maior será a durabilidade dos produtos e intervalo entre as aplicações” – explica Galinari, da HidroAll.

Roteiro de manutenção 
Roteiro sugerido pela HidroAll para a manutenção da água da piscina:

Diariamente
• Aplicações de cloro diárias ou conforme necessidade. Residual deve ser mantido entre 1 ppm e 3 ppm;
• Filtre a água diariamente e uma única vez. O período, em média, é de 4 a 6 horas.

Semanalmente
• Analise a alcalinidade e o pH semanalmente. Após estabilizá-los, a análise poderá ser quinzenal;
• Aplique uma vez por semana algicida para prevenir algas e verde da água;
• Aplique semanalmente clarificante e auxiliar de filtração;
• Utilize um limpa-bordas para limpar as bordas das piscinas;
• Aplique um oxidante para eliminar resíduos de protetor solar, hidratante, suor etc., recuperar o brilho da água e potencializar a ação do cloro;
• Aspirar o fundo da piscina, filtrando uma vez por semana, evita acúmulo de material.

Quinzenalmente
A lavagem do filtro previne acúmulo de resíduos da filtração, sem alterar sua capacidade. Em piscinas de uso coletivo, o intervalo poderá ser reduzido.

Como tratar água verde
O problema mais comum é a água da piscina ficar verde, o que, normalmente, é simples de resolver, segundo Gosser, da Panozon. O principal motivo da água ficar verde é a proliferação de algas devido à falta de um saneante residual, como o cloro. Quando chove muito ou se a piscina fica parada, as algas aumentam.  
E também quando os parâmetros da água da piscina estão desregulados. Para evitar uma piscina esverdeada, é preciso conferir se os parâmetros químicos da água estão equilibrados. Se a alcalinidade está muito baixa, a água tende a formar algas. 
Em piscinas tratadas com ozônio ou outro método, por exemplo, reduzir a dosagem de cloro para mantê-lo apenas como saneante residual e verificar se o equipamento está produzindo ozônio e com sucção adequada. 
Algicida e clarificante recuperam em menos de 24 horas a piscina com a água verde. 
Veja os passos: 
• Escove as paredes da piscina para “despregar” as algas;
• Coloque algicida na piscina e deixe agir para matar as algas;
• Utilize clarificante para decantar o verde. A sujeira desce para o fundo;
• Depois, é só aspirar e drenar toda a sujeira da piscina;
• Produtos auxiliares ajudam o filtro a reter partículas de sujeira. 
 

Contato das empresas
HidroAll: www.hidroall.com.br 
Panozon: www.panozon.com.br 
ProMinent: www.prominent.com.br
Pure Water: www.purewater.com.br