Monitor de Secas

Áreas com seca diminuíram em nove e desapareceram em três das 24 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas entre dezembro e janeiro


Entre dezembro e janeiro, em termos de severidade da seca, houve uma intensificação do fenômeno no Amazonas, Rio Grande do Sul e Rondônia, conforme o Monitor de Secas. Em outros sete estados, a seca ficou mais branda: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Tocantins. Sete unidades da Federação ficaram livres do fenômeno em janeiro: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe. A seca ficou estável em termos de severidade em seis estados: Acre, Ceará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Já em Alagoas a seca voltou a ser registrada em janeiro. 

Monitor de Secas 

Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Nordeste registrou seca fraca em apenas 2% de seu território no mês passado. O Sul teve a maior intensidade do fenômeno com seca extrema em 11% de sua área. Tanto no Sudeste quanto no Centro-Oeste houve um abrandamento do fenômeno entre dezembro e janeiro. 

Monitor de Secas 

Na comparação entre os dois meses, nove estados registraram a diminuição da área com seca: Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. Na Bahia, Distrito Federal e Espírito Santo o fenômeno deixou de ser registrado em janeiro e as três unidades da Federação se juntaram a quatro estados nordestinos que seguiram livres de seca: Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe. No Acre, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina as áreas com seca se mantiveram estáveis em janeiro, enquanto a extensão do fenômeno se ampliou no Rio Grande do Norte e em Rondônia. Em Alagoas a seca voltou a ser registrada após seis meses sem registro do fenômeno no estado.

Monitor de Secas

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE 

Dois estados registraram seca em 100% do território em janeiro: Acre e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. 

Monitor de Secas

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE 

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de janeiro, seguido por Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo. No total, entre dezembro e janeiro, a área com o fenômeno caiu de 3,67 milhões para 3,23 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a 38% do território brasileiro. 

 Monitor de Secas

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE 

Situação por UF 

UF ÁREA SEVERIDADE DA SECA
Acre Estabilidade da área com seca em 100% do Acre entre novembro e janeiro Estabilidade da seca grave, moderada e fraca no estado entre novembro e janeiro, que representa todo período de monitoramento do estado pelo Monitor de Secas
Alagoas Entre dezembro e janeiro, a seca voltou a ser registrada em Alagoas, o que não acontecia desde junho de 2022. Em janeiro houve seca em 18% do estado, maior área desde os 40% registrados em Alagoas em abril de 2022 Surgimento da seca fraca em 18% de Alagoas em janeiro. Fenômeno não era registrado no estado desde junho de 2022
Amazonas Diminuição da área com seca de 66% para 63% do Amazonas entre dezembro e janeiro Avanço da seca grave de 2% para 4% do Amazonas entre dezembro e janeiro
Bahia Área com seca diminuiu de 1% para 0% (desaparecimento do fenômeno) na Bahia entre dezembro e janeiro. A Bahia não registrou seca pela primeira vez desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014 Melhor condição da Bahia desde julho de 2014
Ceará Entre dezembro e janeiro a área com seca recuou de 15% para 11% do Ceará. Menor área com seca no estado desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014 O estado segue somente com a categoria mais branda de seca desde março de 2022
Distrito Federal Recuo da seca de 4% para 0% (desaparecimento do fenômeno) no Distrito Federal entre dezembro e janeiro. Primeira vez, desde março de 2022, que o DF fica livre de seca Entre dezembro e janeiro a seca deixou de ser registrada no DF. É a melhor condição desde março de 2022, quando o Distrito Federal ficou livre do fenômeno pela última vez
Espírito Santo Recuo da seca de 55% para 0% (desaparecimento do fenômeno) no Espírito Santo entre dezembro e janeiro. Estado livre de seca pela primeira vez desde março de 2022 Desaparecimento da seca no Espírito Santo entre dezembro e janeiro. Melhor condição do ES desde março de 2022
Goiás Recuo da seca de 72% para 60% de Goiás entre dezembro e janeiro. Menor área com seca desde a entrada de Goiás no Mapa do Monitor em junho de 2020 A seca extrema deixou de ser registrada no território goiano, o que não acontecia desde outubro de 2020. Com os 30% de seca grave no estado, é a condição menos severa do fenômeno desde os 25% de seca grave registrados em julho de 2020
Maranhão Entre dezembro e janeiro o Maranhão ficou livre de seca. Desde o início do Monitor de Secas, em julho de 2014, esta é a primeira vez que o estado não registra seca por dois meses consecutivos O Maranhão esteve livre de seca em dezembro e janeiro, que é a melhor condição do estado desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014
Mato Grosso Recuo da seca de 80% para 71% do estado entre dezembro e janeiro. Menor percentual de área com seca em MT desde abril de 2022 (68%) Seca extrema deixou de ser registrada em MT em janeiro. Esse fato indica a menor severidade da seca em Mato Grosso desde sua entrada no Mapa do Monitor em junho de 2021
Mato Grosso do Sul Estabilidade da área com seca em 67% de Mato Grosso do Sul entre dezembro e janeiro. É a menor área com seca em MS desde sua entrada no Mapa do Monitor em julho de 2020 Redução da seca extrema de 7% para 1% do estado entre dezembro e janeiro. Condição menos severa no estado desde fevereiro de 2021, quando houve seca extrema em menos de 1% de MS
Minas Gerais Forte recuo da seca de 67% para 32% de Minas Gerais entre dezembro e janeiro. Menor área com seca em MG desde os 27% registrados em novembro de 2018, primeiro mês do estado no Mapa do Monitor Seca extrema deixou de ser registrada em janeiro. Menor severidade do fenômeno no estado desde abril de 2020
Paraíba Estabilidade da área com seca em 7% do estado entre dezembro e janeiro. Menor área com seca na PB desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014 Entre dezembro e janeiro a Paraíba seguiu com 2% de seca moderada e 5% de seca fraca. É a menor severidade da seca na Paraíba desde julho de 2020, quando foi registrada somente seca fraca no estado
Paraná Diminuição da área com seca de 31% para 22% do Paraná entre dezembro e janeiro. É a menor área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em agosto de 2020 Redução da seca moderada de 18% para 4% do Paraná entre dezembro e janeiro. É a melhor condição do estado desde sua entrada no Mapa do Monitor de Secas em agosto de 2020
Pernambuco Pernambuco ficou livre de seca entre novembro e janeiro. Desde o início do Monitor de Secas, em julho de 2014, é a primeira vez que o estado não registra o fenômeno em três meses consecutivos Pernambuco esteve livre de seca entre novembro e janeiro, o que é a melhor condição do estado desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014
Piauí Entre dezembro e janeiro a seca não foi registrada no Piauí. É a primeira vez que o estado fica livre de seca por dois meses consecutivos desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014 Piauí esteve livre de seca em dezembro e janeiro, o que é a melhor condição do estado desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014
Rio de Janeiro Redução da área com seca no Rio de Janeiro de 20% para 7% do estado entre dezembro e janeiro. Menor área com seca no RJ desde maio de 2020 (0%), quando o estado passou a fazer parte do Mapa do Monitor Entre dezembro e janeiro a severidade do fenômeno no estado se manteve estável com registro somente de seca fraca, a categoria mais branda na escala do Monitor
Rio Grande do Norte Aumento da área com seca de 14% para 22% do Rio Grande do Norte entre dezembro e janeiro. É a maior área com seca no estado desde maio de 2022 (42%) Estabilidade da área com seca moderada em 4% do RN entre dezembro e janeiro. Outros 18% do território potiguar tiveram seca fraca em janeiro. Pior situação em janeiro entre os estados nordestinos
Rio Grande do Sul Estabilidade da área com seca em 100% do Rio Grande do Sul entre dezembro e janeiro Seca extrema voltou a ser registrada em 21% do RS em janeiro, grau de severidade que não acontecia no estado desde março de 2022. Situação mais severa no Brasil em janeiro (maior área percentual com seca extrema no País)
Rondônia Avanço da seca de 62% para 70% do estado entre dezembro e janeiro Aparecimento da seca grave em 10% de Rondônia entre dezembro e janeiro. Condição mais severa da seca em Rondônia desde sua entrada no Mapa do Monitor em agosto de 2022
Santa Catarina Estabilidade da área com seca em 28% de Santa Catarina entre dezembro e janeiro. Maior área com seca no estado desde maio de 2022 (68%) Entre dezembro e janeiro houve somente o registro de seca fraca em SC. Condição mais branda entre os estados do Sul
São Paulo Diminuição da área com seca de 87% para 84% do estado entre dezembro e janeiro. É o menor percentual com seca em SP desde a entrada do estado no Mapa do Monitor em novembro de 2020 Redução da seca extrema de 8% para 3% de São Paulo entre dezembro e janeiro. É a condição menos severa desde a entrada de SP no Mapa do Monitor em novembro de 2020
Sergipe Entre dezembro e janeiro, Sergipe ficou livre de seca. É a primeira vez que o estado fica livre de seca por dois meses consecutivos desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014 Sergipe esteve livre de seca em dezembro e janeiro, o que é a melhor condição do estado desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014
Tocantins Diminuição da área com seca de 31% para 19% de Tocantins entre dezembro e janeiro. Menor área com seca no estado desde janeiro de 2022 (18%) Desaparecimento da seca grave em Tocantins entre dezembro e janeiro. É a condição mais branda da seca em TO desde julho de 2022

O Monitor de Secas 

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS. 

O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá, Pará e Roraima neste ano. 

O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 23 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido. 

A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região. 

Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)

Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)

(61) 2109-5129/5495/5103

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