Com a chegada do período de chuvas do final de verão, que se inicia em março, as Defesas Civis de cidades historicamente afetadas por grandes precipitações se mantêm em alerta. Mesmo com a desocupação das escolas em regiões atingidas por tragédias provocadas pelos elevados índices pluviométricos no interior de São Paulo, como ocorreu no último sábado (4), no município de São Sebastião-SP, é preciso permanecer atento aos alertas de temporais e, principalmente, à qualidade da água destas localidades.

Em Petrópolis-RJ, cidade que foi atingida por um grande temporal em 2022, deixando um total de 231 mortos, a preocupação com a qualidade da água persiste. Ainda existem locais onde a água, proveniente de minas naturais, encontra-se contaminada pelo movimento do solo e o esgoto, sobretudo em comunidades carentes, como o Morro da Oficina, na região do Alto da Serra.

De acordo com Fernando Silva, CEO da PWTech, startup paulistana referência em sistemas de filtragem, o acompanhamento da qualidade da água e a utilização da tecnologia podem ser importantes soluções para municípios atingidos por esse tipo de tragédia. "É necessário que a qualidade da água desses municípios seja acompanhada de perto, com extrema cautela e atenção. Também é importante que os municípios tenham as condições necessárias para melhorar o acesso à água potável, com atenção à poluição, principalmente por bactérias e coliformes, que podem gerar problemas para o sistema de saúde do município a longo prazo", afirmou o executivo.

Segundo dados da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), 48,6% da população brasileira não têm acesso a serviços de coleta de esgoto e apenas 46,3% do esgoto gerado no país é tratado. Esse cenário de falta de saneamento básico, aliado às condições climáticas adversas, tem gerado consequências desastrosas para a qualidade da água em diversas regiões do país.

Nesse sentido, empresas como a PWTech têm desenvolvido soluções tecnológicas para ajudar na melhoria da qualidade da água, como sistemas de filtragem de alta performance e monitoramento em tempo real. Além disso, a empresa tem atuado em parceria com governos municipais para promover ações que visam à melhoria das condições sanitárias e de saúde pública das regiões afetadas por eventos climáticos extremos.

"A tecnologia pode ser uma importante aliada na busca por soluções sustentáveis para a gestão da água e do meio ambiente em geral. Nesse sentido, é fundamental que as empresas estejam engajadas em iniciativas que visam à melhoria da qualidade de vida das comunidades afetadas por tragédias climáticas", concluiu Silva.

Lançado em 2019, o PW5660, purificador de água construído pela startup em parceria com duas universidades de renome brasileiras, Ufscar e USP,  utiliza de tecnologias de fácil acesso, para a remoção de 100% de bactérias e vírus e reduz em 95 % a turbidez e cor da água. Isso é possível graças ao seu sistema combinado de Pré-Filtragem e Membranas UF, que garantem ao PW5660 a purificação de águas de rios, lagos, poços, chuva; águas classe 1 e 2, com turbidez de até 15 NTU.

O equipamento já esteve presente em diversos países em crise humanitária, como a Ucrânia, Haiti, Madagascar, Síria e Kiribati. No Brasil, a solução está concentrada na região norte, em comunidades Yanomamis e ribeirinhas. No total, mais de 200 mil pessoas foram auxiliadas pela tecnologia.

De acordo com a Defesa Civil do Estado de São Paulo, os aproximadamente 1 mil desabrigados do litoral norte foram transferidos para hotéis e pousadas das regiões de Juquehy, Sahy e Boiçucanga, com a intenção de que as aulas possam retornar nas escolas que estavam servindo de abrigo até agora. O número de óbitos confirmados subiu para 65, sendo 64 em São Sebastião e um em Ubatuba. Até o momento, foram identificadas e liberadas para o sepultamento 57 pessoas, entre elas 21 homens adultos, 17 mulheres adultas e 19 crianças.

Fábio Bouças
Coordenador de Comunicação
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