Sigla ESG passa a fazer parte do mundo corporativo
Vocali -
Metas ambientais, sociais e de governança estão sob os olhares de toda a sociedade
Um conceito que pode ser sinônimo de solidez nos negócios, comprometimento com o meio ambiente e com todos que contribuem diariamente para o crescimento de uma empresa. Há mais de uma década, a sigla ESG (environmental, social and governance) passou a fazer parte do mundo corporativo, levando o mercado a adotar critérios ambientais, sociais e de governança. O termo surgiu em 2004 na publicação do Pacto Global, em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins. Desde então, empresas de todo o mundo vêm tentando cumprir metas que estejam alinhadas a esses padrões.
De acordo com o Climate Change and Sustainability Services, da Ernest Young, as informações ESG são essenciais hoje para a tomada de decisões dos investidores. Além disso, os critérios ESG estão totalmente relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma agenda adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em 2015, composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030.
Atenção da sociedade
Os critérios ambientais, sociais e de governança estão sendo acompanhados não só pelas empresas e investidores, mas também pela sociedade como um todo. Um estudo elaborado pela Teads, plataforma global de mídia, em conjunto com a Kantar, empresa de dados, insights e consultoria com presença mundial, revelou que 9 em cada 10 brasileiros apoiam a pauta ESG. Além disso, o estudo apontou que 8 em cada 10 brasileiros afirmam que buscam informações sobre práticas sustentáveis das companhias das quais compram produtos ou serviços.
Já no setor industrial, uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 58% das empresas que têm ESG na estratégica ou estão planejando a integração contam com área específica que responde ao nível estratégico da organização, o que mostra que as instituições estão cada vez mais inserindo esses critérios como parte fundamental das tomadas de decisões.
Boas práticas
Localizada na cidade de Pomerode (SC), a ANDRITZ Separation tem atuado para cumprir os critérios ESG e o trabalho de todo time já atingiu resultados notáveis. Em 2022, a empresa ganhou pelo segundo ano consecutivo o prêmio Great Place to Work, além de ter melhorado consideravelmente seu desempenho ambiental.
"Nossa empresa considera o cuidado com as pessoas e a natureza parte fundamental de nossa missão. Estamos felizes porque nossos esforços contínuos tiveram um efeito positivo", afirma o Diretor de Operações da ANDRITZ Pomerode, Paulo Araldi.
Já em relação aos critérios ambientais, a empresa utiliza a captação de água da chuva para uso não potável, além de ter desenvolvido o Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). "Nossas instalações margeiam um rio, e o entorno dele estava ambientalmente degradado. Em 2021, iniciamos um projeto de recuperação dessa área com duração de três anos, com plantio de mudas, adubação e cuidados necessários", explica a gerente de QSMS da ANDRITZ Pomerode, Karina Olivier.
Entre outras medidas para economia de recursos está o uso de torneiras automáticas com limitador de curso, que visam a redução do consumo de água, e a substituição de lâmpadas para poupar o uso de eletricidade. "Substituímos lâmpadas fluorescentes por lâmpadas LED, instalamos sensores de presença em áreas comuns e melhoramos a manutenção e limpeza de nossos sistemas de ar condicionado", afirma Karina Olivier, gerente de QSMS da ANDRITZ Pomerode. "Isso nos ajudou a reduzir nosso consumo de eletricidade em cerca de 15% entre 2019 e 2021."
Os resultados, impactos e a realidade revelam que o ESG continuará sendo uma certeza para o futuro. A atuação responsável das empresas com o meio ambiente e com a sociedade resultará em benefícios não só para essas companhias, como também contribuirá para a realidade desta e das próximas gerações.
Lorene Lima <lorene@vocali.com.br>