Ranking de melhores municípios avaliados nas questões de saneamento básico no Brasil
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Nos indicadores analisados, além da capital paulista, cidades do Grande ABC como São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema
No Brasil, as cem maiores cidades do país perdem, em média, 36% de água tratada, enquanto o índice nacional é de 40%. Dados divulgados pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO no estudo Ranking de Saneamento 2023, apontam que dos municípios analisados, apenas 35 possuem 100% de serviços universalizados em atendimento à água. Na primeira amostragem, o estudo qualifica os melhores e piores no Indicador de Atendimento Total da Água.
O documento analisa os indicadores de saneamento das 100 maiores cidades do país, que concentram aproximadamente 40% da população brasileira, e faz um ranking com base nos serviços oferecidos e em indicadores de eficiência.
Dos 100 mais bem posicionados destacam-se no estado de São Paulo: São Paulo, Guarulhos, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Santo André, Osasco, São José do Rio Preto, Santos, Diadema, Piracicaba, Carapicuíba, Bauru, Itaquaquecetuba, Franca, Taubaté, Suzano e Taboão da Serra.
Outro levantamento importante é o Índice de Atendimento Urbano, este indicador mostra qual a porcentagem da população urbana do município é atendida com abastecimento de água. Na amostra de 100 municípios, mais da metade (51) possui 100% de atendimento urbano de água, ou seja, possuem serviços universalizados em atendimento de água. Note que há mais municípios com atendimento de água universalizado na área urbana do que municípios com água universalizada no total do município.As cidades do estado de São Paulo mais bem posicionadas são: São Paulo, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Santo André, Ribeirão Preto, Santos, Diadema, Piracicaba, Carapicuíba, Bauru, Itaquaquecetuba, Franca, Taubaté, Suzano e Taboão da Serra.
Fernando Silva, empresário e CEO da PWTech, startup de purificação de água contaminada, presente em diversas crises humanitárias, explica que, comunidades concentradas em regiões periféricas e de difícil acesso são as mais afetadas pela falta de desenvolvimento social. “É preciso mapear quais são as necessidades básicas dos municípios, para que as instituições públicas avancem de forma estratégica e revertam a situação. Em regiões que convivem com a falta de saneamento básico e coleta de esgoto, as oscilações climáticas podem ter um grave efeito sobre sua população, já que a falta de infraestrutura pode desencadear em fortes alagamentos e deslizamentos de terra, aumentando o índice de viroses e doenças infecciosas”, explica.
No que se refere a coleta de esgoto do município, utilizou-se o IN056 – Índice de Atendimento Total de Esgoto. Esse indicador mostra qual a porcentagem da população total do município tem esgoto coletado. Assim, quanto maior for essa porcentagem, melhor deve ser a colocação do município no Ranking. O Quadro 10 traz as estatísticas descritivas relevantes para retratar, para este indicador, a situação dos 100 municípios considerados no estudo. Um total de dez municípios da amostra possuem 100% de coleta de esgoto. Outros 28 municípios possuem índice de coleta superior ou igual a 90% e, portanto, podem também ser considerados universalizados de acordo com a legislação.
Investimentos em Saneamento nos municípios
Observa-se que mais de 2 /3 dos municípios (68) investem menos de 30% do valor arrecadado em saneamento. Somente nove municípios investem mais de 60% de sua arrecadação em saneamento. Santo André é o município que mais investe em saneamento.
O CEO reforça que a universalização do acesso ao saneamento básico de qualidade, promove o desenvolvimento dos setores da saúde, turismo e imobiliário, a partir da despoluição dos rios e mares e da melhoria das condições de saneamento em regiões afastadas, o que aumenta o interesse de turistas e a explosão de construções em locais, antes, não valorizados pelo mercado.
Os 100 municípios considerados no Ranking possuem níveis de atendimento de água em áreas urbanas um pouco superiores à média brasileira, que, de acordo com o SNIS (2021), foi de 93,46%. O Quadro 8 traz o histograma para o indicador urbano de água, ou seja, mostra a frequência dos municípios por faixas de atendimento de 20%.
Fábio Bouças
Coordenador de Comunicação
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