Legados das Águas conclui o balanço do segundo ano de monitoramento

Reserva privada apresenta avanços nos indicadores com destaque para a geração de emprego e renda para comunidade local, proteção da biodiversidade


O Legados das Águas – maior reserva privada de Mata Atlântica do país, concluiu o balanço do segundo ano de monitoramento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). A Reserva divulgou um relatório que mede a efetividade de seu modelo de negócio, aliando prioridades de atuação, indicadores, compromissos e metas do negócio aos ODS. Os destaques foram para o cumprimento de ODS ligados à geração de emprego e renda, com 78% da mão de obra composta por moradores do Vale do Ribeira, proteção da biodiversidade, com a produção de quase 100 mil mudas para projetos de paisagismo, e ações socioambientais, com mais de 24 mil pessoas impactadas positivamente.

O Relatório de Progresso está disponível clicando aqui.

Dentre os principais avanços, Daniela Gerdenits, gerente do Legado das Águas, destaca a geração de emprego e renda para as comunidades locais (ODS 1 e 8). Além de 78% do total da mão de obra ser de moradores locais, 100% das equipes de guias que atuam nas atividades de ecoturismo e na área de monitoramento ambiental da Reserva são das cidades do Vale do Ribeira. “Não há conservação se não tiver oportunidade para quem mora na floresta ou perto dela. É indispensável unir conservação e atuação social. Desde a criação do Legado das Águas, há 10 anos, buscamos, de forma contínua, ampliar as oportunidades para as comunidades onde a Reserva está inserida. Além de oferta de emprego e renda, investimos em diversas capacitações e treinamentos, de forma a preparar uma mão-de-obra que possa atender a nossa demanda, mas também a do mercado, valorizando as vocações e cultura locais”, explica a gerente.

Ainda em relação à geração de emprego e renda, outro ODS que se destaca é o 5, que tem objetivos e metas para a promoção da igualdade de gênero. Do total da mão de obra do Legado das Águas, 58% é feminina. Além disso, a média é de 67% de mulheres em cargos de liderança.

Atuação socioambiental

As ações, programas e projetos na frente de atuação de Educação Ambiental, que integram o Programa de Atuação Socioambiental do Legado das Águas, também tiveram avanços significativos nos indicadores de ODS monitorados na Reserva. Somente em 2022, 16,5 mil pessoas foram impactadas positivamente.

Já as ações, programas e projetos socioambientais, nas frentes de saúde, educação, esporte, cultura e lazer, foram 7.555 pessoas beneficiadas diretamente, entre crianças, jovens, adultos e idosos.

Os destaques foram para: o Programa Portas Abertas, que proporciona para escolas públicas e instituições sem fins lucrativos, um dia de imersão do Legado das Águas, como o objetivo de proporcionar momentos de diversão, conhecimento e muito contato com a natureza, que na edição de 2022 recebeu 8 instituições; projeto Legado dos Pássaros, iniciativa inédita de teatro com comunidade indígenas; projeto Cine Autorama, com 14 sessões de cinemas realizadas entre os municípios de Tapiraí, Juquiá, Miracatu e Registo, com 2793 pessoas beneficiadas; e o projeto “Buzum!”, com 56 sessões realizadas entre os municípios de Tapiraí, Juquiá, Miracatu e Registro, beneficiando 2641 pessoas.

Por meio do Programa de Atuação Socioambiental, o Legado das Águas contribuiu diretamente com metas da maioria dos 17 ODS, principalmente os que tratam de Educação de Qualidade, Água Potável e Saneamento, Consumo e Produção Responsáveis, Ação Contra a Mudança Global do Clima e Vida Terrestre.

Proteção da biodiversidade

A pesquisa científica, desde a fundação do Legado das Águas em 2012, sempre foi uma das frentes de atuação com grande destaque. A biodiversidade dos 31 mil hectares de floresta em alto grau de conservação da Reserva resultou em algumas das descobertas mais relevantes para a Mata Atlântica nos últimos 10 anos. Em 2022, foram firmadas três novas parcerias com iniciativas e instituições de pesquisa e ensino.

Essas novas parcerias somam-se aos outros 43 programas e projetos que já foram realizados no território da Reserva nos anos anteriores.

Outro importante avanço na proteção da biodiversidade está na produção de mudas de espécies nativas no Centro de Biodiversidade do Legado, local que alia a expertise das pesquisas científicas realizadas no território à produção inteligente de espécies nativas da flora atlântica para comercialização, com foco em paisagismo e reflorestamento de áreas degradas. Em 2022, foram produzidas 98.429 mudas para paisagismo, contribuindo para levar a Mata Atlântica de volta para os centros urbanos.

Além disso, todos os anos, com monitoramento constante de fauna e proteção da área florestal da Reserva, o Legado das Águas protege cerca de 13% de fauna ameaçada de extinção na Mata Atlântica. Com a conservação de 31 mil hectares de floresta, o Legado das Águas já contribui diretamente para o ODS 13, de Ação contra a mudança global do clima, e o 15, de Vida terrestre selvagem.

Monitoramento dos ODS

Atualmente, são 17 ODS, 169 metas e aproximadamente 250 indicadores que, integrados e indivisíveis, equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. Eles balizam como os países signatários do Pacto Global da ONU devem enfrentar os desafios da sociedade, de forma a garantir que a população mundial de nove bilhões de pessoas previstas para 2030, tenha seus direitos básico assegurados, bem-estar, qualidade de vida e, ao mesmo tempo, garanta a proteção do meio ambiente. No Brasil, aproximadamente 120 dos 250 indicadores são monitorados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse controle proporciona uma referência para trabalhar os objetivos no país.

O Legado das Águas contribui com 14 dos 17 objetivos: Erradicação da pobreza (1); Fome zero e agricultura sustentável (2); Saúde e bem-estar (3); Educação de qualidade (4); Igualdade de gênero (5); Água potável e saneamento (6); Trabalho decente e crescimento econômico (8); Indústria, inovação e infraestrutura (9); Redução das desigualdades (10); Cidades e comunidades sustentáveis (11); Consumo e produção responsável (12); Ação contra a mudança global do clima (13); Vida terrestre (15) e Parcerias e meios de implementação (17).

O processo de monitorar os ODS na Reserva começou em 2019, com um mapeamento das possíveis sinergias entre as metas e indicadores dos ODS monitorados pelo IBGE, frente aos processos de cada área do Legado. Em 2020, foram estruturados indicadores que refletissem os resultados das áreas e, ao mesmo tempo, contribuíssem com os ODS. Em 2021, esses indicadores passaram a ser monitorados.

Agência Terra Comunicação

Laila Rebecca | lailarebecca@agenciaterracomunicacao.com 

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