Conferência das Nações Unidas 2023 une o mundo pela água
Cristina Bighetti -
O evento, que teve como base a Agenda de Ação da Água (Water Act Agenda) revisou os compromissos voluntários acordados pelos países membros para a Década
Finalmente uma boa notícia: o mundo volta sua atenção para água e trabalha por políticas públicas para preservar e priorizar o bem essencial para toda a humanidade.
As Nações Unidas, em conjunto com os governos do Tajiquistão e Holanda, realizou em março ( 22 e 24) em sua sede em Nova Iorque (EUA), a Conferência Mundial da Água, que reuniu chefes de Estado, delegados e todos os representantes dos países em torno do tema.
O evento, que teve como base a Agenda de Ação da Água (Water Act Agenda) revisou os compromissos voluntários acordados pelos países membros para a Década da Água 2018-2028. Propõe a aceleração imediata dos compromissos de forma a aumentar os impactos para alcançar o ODS6 (Água e Saneamento) para além da abordagem das estratégias baseadas no “negócio como de costume” e buscando um mundo mais sustentável, equânime e seguro.
A ABAS - Associação Brasileira de Águas Subterrâneas [https://www.abas.org/] estave presente, representada pelo seu Presidente José Paulo Netto e pelo Vice-presidente Ricardo Hirata, que também fazia parte da comitiva da Universidade de São Paulo (USP), coordenada por Patrícia Iglesias (ex-presidente da CETESB). Na equipe estava ainda Lorena de Oliveira da ENGEPER, empresa parceira da ABAS.
A Conferência Mundial da Água revisou os compromissos voluntários acordados pelos países membros para a Década da Água 2018-2028. “É um documento inspiracional, e muito objetivo que propoe ações concretas por parte de governos, da sociedade e das empresas, nas várias escalas, desde organizações globais até locais. Como a água está totalmente relacionada a todas as atividades humanas, não havia como não discutir a segurança alimentar, as mudanças climáticas globais, o nexo energia-água, a equidade de gênero, a saúde e o combate a pobreza”, diz o presidente da ABAS, José Paulo Netto.O evento contou com a presença do Secretário Geral dasNações Unidas, António Guterres, e foi estruturado em seis plenárias e cinco diálogos interativos com multi-stakeholders, ademais de sessões especiais e paralelas, organizadas pelas Nações Unidas, estados membros e ONGs internacionais.
Além da participação nas várias atividades oficiais, a ABAS teve a oportunidade de se reunir com vários profissionais brasileiros e estrangeiros do setor água. Entre elas, a nova Superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo, Mara Ramos, e a Chefe do Setor de Águas Subterrâneas da UNESCO, Alice Aureli.
“Tivemos ainda reuniões técnicas extremamente produtivas e importantes com os professores Roy Brouwer e Philippe van Cappellen da Universidade de Waterloo do Canadá, nos marcos do Projeto Temático Fapesp SACRE e o Projeto Universal do CNPq, coordenados pela USP,”relata Ricardo Hirata, vice-presidente da ABAS e membro da comitiva da USP.
“Avançamos muito, diz José Paulo Netto.” “Foi de extrema importância para o Brasil e especialmente para ABAS participar de um evento histórico e dessa envergadura em que pudemos contribuir da melhor maneira possível para a busca de ações cada vez mais urgentes e efetivas, não apenas no nosso país mas em todo o planeta.”
Cristina Bighetti
ABAS – Associação Brasileira de Águas Subterrâneas
Geólogo José Paulo Netto Presidente - jp@maxiagua.com)
Prof. Ricardo Hirata (rhirata@usp.br) – vice- presidente