Roda do Saneamento 2023

Na ocasião, as organizações associadas da seção apresentaram os avanços das tecnologias e dos serviços que contribuem para ampliar os horizontes


O segundo encontro programa “Roda do Saneamento 2023”, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Seção São Paulo (ABES-SP), no dia 27 de abril, trouxe representantes das organizações associadas Enops Engenharia; Improv Equipamentos e da Fabhat – Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê para apresentarem seus cases de sucesso em prol do saneamento urbano e rural. O evento aconteceu no auditório da ABES-SP e online, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube.

O programa é um evento interativo com palestras exclusivas de empresas associadas e aberto ao público em geral. Roseane Garcia, diretora da ABES-SP e coordenadora das Câmaras Técnicas de Saúde Ambiental e Resíduos Sólidos, abriu os trabalhos desta edição, ressaltando que a iniciativa tem como objetivo estimular o conhecimento, a informação, a conscientização e colaborar com as questões relativas ao saneamento ambiental, com o intuito de alcançar a universalização do saneamento, alinhada com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

A programação foi iniciada com a apresentação do tema “Modelos de Contratação para Redução de Perdas de Água”, proferida por Carlos Berenhauser, diretor-presidente da Enops Engenharia. O executivo, que também é diretor da ABES-SP, destacou que este assunto está muito em voga e o setor de saneamento está começando a discutir a questão das perdas. “Temos visto, inclusive, uma maior interação com a sociedade sobre a importância do controle de perdas e a eficiência dos sistemas de abastecimento”, informou.

O especialista apresentou o histórico das perdas no Brasil com base em pesquisas entre 2012 e 2020 e algumas ações para medir melhor esses índices e a busca para reduzir as perdas com desenvolvimento de projetos mais eficientes, maior fiscalização, entre outros fatores operacionais. “O desafio para implementar as metas de perdas para os próximos é muito grande e envolve diversas vertentes”, disse Berenhauser, detalhando as principais no país e apontando alguns modelos e seus benefícios.


Na sequência foi apresentado o tema “Sistema de Bombeamento em Linha para Esgoto (SBL) Booster de Esgoto”, da Improv Equipamentos, com a participação de Fábio Cesar David, diretor técnico, que fez uma breve apresentação sobre a empresa, com sede em Santa Bárbara d’Oeste, interior paulista, e sua experiência de mais de 10 anos na fabricação de equipamentos do tipo SBL para bombeamento de esgoto direto em linha.

O executivo explicou o modelo de trabalho da Improv e seu compromisso com a inovação. “Como fabricantes, prezamos pelo monitoramento remoto. Com tecnologia 100% nacional, hoje, por exemplo, todo o equipamento que sai da fábrica atende a tecnologia 3G e podemos adequá-lo para as necessidades do cliente, proporcionando um ambiente seguro”, ressaltou

O diretor da Improv destacou os diversos detalhes de projeto, como instalação do equipamento, solução para contenção emergencial, todo o escopo da engenharia de desenvolvimento e fabricação interna, fez um comparativo de investimento entre uma estação convencional e a do sistema em linha, mostrou o sistema SBL-TRI, com três bombas; e o modelo Mini-SBL para pequenas aplicações, entre outras informações.


A terceira e última palestra deste segundo encontro da Roda do Saneamento abordou o tema “A Importância do Saneamento Rural nas Áreas Mananciais – Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, a convite da Fabhat – Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, apresentada por Solange Wuo, representante do Município de Suzano no Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.

A bióloga, com especialização em Gestão Ambiental da Administração Pública, discorreu sobre as evoluções dos trabalhos dentro do Comitê de Bacias, composto por dois grupos de estudo voltados para o saneamento rural nas áreas de mananciais. “A área de recuperação e de proteção de mananciais foi instituída e regulamentada na década de 1970, mas somente com a nova política de mananciais, em 1997, com a Lei. 9866, é que foi trazida a nova dinâmica com o olhar para cada bacia e sub-bacia específica e também com o plano de desenvolvimento de proteção ambiental para cada local”, contou, entre outras informações que mostram os trabalhos voltados para a implantação do saneamento ambiental dentro das áreas rurais que estão nas regiões de mananciais da Bacia do Alto Tietê.

Ao final das palestras os participantes (online e presenciais) puderam fazer perguntas aos palestrantes. Roseane Garcia destacou a importância do espaço que a ABES dá para as apresentações das empresas associadas aos profissionais do setor de saneamento. “É uma oportunidade para reconhecermos que as empresas de saneamento, sejam elas de equipamentos sejam serviços, estão altamente capacitadas para prestar serviços para o setor de saneamento urbano e rural e que tanto precisamos no Brasil. Reconhecemos os avanços das tecnologias e dos serviços e as contribuições dessas empresas para ampliar os horizontes no setor de saneamento”, pontuou.

A coordenadora das Câmaras Técnicas de Saúde Ambiental e Resíduos Sólidos lembrou ainda a importância de dar visibilidade a todos os atores do saneamento em razão da meta para atingir a universalização em 2033. “Todas as empresas que prestam esses serviços e oferecem tecnologias precisam estar juntas. A meta da universalização não é institucional. É uma meta de todos. Portanto, nossa união é fundamental para atingirmos a universalização com eficiência e qualidade”, enfatizou a executiva.

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