Quais as dificuldades de ampliar a rede de esgoto para atender ao Marco Legal do Saneamento

Principais nomes do setor de saneamento se reuniram, nesta quinta-feira, no Utilities Summit, para falar sobre inovações, Marco Legal do Saneamento


"Durante muitos anos, o esgoto foi deixado de lado". Foi o que argumentou Eduardo Bustamante, coordenador de geoprocessamento de análises geoespaciais Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão – CAEMA, em palestra realizada, no Utilities Summit, evento organizado pela Imagem Geosistemas. O executivo, que falou sobre as dificuldades de ampliar a rede de esgoto para atender ao Marco Legal do Saneamento, também contou sobre como a CAEMA tem realizado um trabalho de monitoramento de balneabilidade das praias, com resultados já expressivos.

De acordo com as metas do Marco Legal do Saneamento, as regiões devem alcançar 90% de coleta e tratamento de esgotos e 99% de abastecimento de água. Quando analisamos os índices de cobertura da CAEMA, é possível ver uma diferença grande entre os dois objetivos: hoje a Companhia conta com 76,3% de cobertura de água e 32,5% de cobertura de esgoto.

"Todo mundo se preocupou em levar água para todos os lugares, mas a rede de esgoto também é necessária – e custa muito mais caro. Agora, temos pela frente o desafio de expandir uma área, que hoje tem uma porcentagem bastante baixa, e levar para 90%. E não é só levar até a porta do cliente, é tratar e devolver de forma sustentável para o meio ambiente", explica Bustamante.

Hoje, a empresa conta com o ArcGis, sistema desenvolvido pelo gigante norte-americana Esri e distribuída com exclusividade pela Imagem Geosistemas, para coleta de informações, mapeamento de áreas e redes já instaladas, análises de público, dentre muitas outras funcionalidades que podem auxiliar, inclusive, as equipes de campo para que a extensão da cobertura de esgoto seja realizada o mais rápido e efetivamente possível. 

"O ArcGis é uma grata surpresa e não sabíamos o quão poderosa era essa ferramenta até começarmos a usar. Utilizamos nos mais variados setores e, por meio da democratização da informação, conseguimos dar a devida importância para cada pequeno detalhe, que antes não daríamos", comenta o executivo da CAEMA. Hoje a empresa considera como principais ganhos a otimização e melhorias de processos de expansão, qualidade ambiental, redução de perdas e faturamento e arrecadação.

Além disso, o ArcGis é utilizado também pela empresa no monitoramento da balneabilidade das praias. Com o processamento mais eficiente dos dados coletados, já foi possível atualizar a base cadastral de mais de 300 imóveis, aumentar a produtividade das ações e, o mais importante, já é possível afirmar que há melhoria nos indicadores de qualidade ambiental.

Monitoramento e correção de irregularidades
 
Já para a Effico Saneamento - empresa que também palestrou ao longo do Utilities Summit, o uso do ArcGIS permite a identificação e a solução rápida de irregularidades em seus sistemas, além de ajudar na identificação de falhas, como o fluxo de águas pluviais pela rede, permite ações como a integração de plataformas e até a análise de mercado.

Para Danilo Henrique,  Coordenador de Projetos na Effico Saneamento, com a tecnologia, foi possível fazer análise de diagnóstico, classificação do tipo do uso do imóvel, coleta de informações cadastrais e registro de imagens para a tomada de decisões. "Visitamos mais de 18 mil imóveis e inspecionamos mais de 12 mil deles", revela.

Entre os principais resultados e benefícios da inteligência geográfica nesse setor estão a redução de custo na operação de coleta/ tratamento dos dados, o aumento na agilidade, assertividade na geração de informação e a integração de informações para as melhores tomadas de decisões.

Anna Cortez - Idee Corporativa <anna@ideecorporativa.com.br>

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